5 - Hunting season

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Antes de começarmos, alguns recadinhos da Laís:

- Poker Face agora também está no Spirit! Caso alguém aqui se interesse, meu user lá é Miss_Cutie;

- Aconselho vocês ouvirem a playlist da fic enquanto lêem, em especial as músicas Naughty (das seulrene) e Dirty Mind;

- Não esqueçam de usar a #POKERFACEFIC no twitter, eu adoro interagir com vocês :)

Boa leitura!

Boa leitura!

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WRATH BEAR

Vocês já viram aquele meme "o início de um sonho/deu tudo errado"? Pois bem, acho que poderia dizer que minha vida estava exatamente daquele jeito.

Sério, bastava uma coisa boa acontecer, que outra triplamente ruim acontecia em seguida. Não que eu acredite em reencarnação ou algo do tipo, mas depois daquela reunião com Wendy e Rosé, tive a mais plena certeza que atirei uma pedra na cruz, fui amiga de Hitler e matei o presidente em vidas anteriores, porque não era possível estar numa onda de azar tão grande. Sei que já devo ter dito isso milhares de vezes, mas não dá para não surtar na situação em que me encontro. Parece até que sou daquele país lá, o Brasil, onde só rola desgraça. Pobre, com fome e irritada: tem coisa pior que isso?

Na verdade, tem sim.

Sempre tem.

— Por que diabos eu tive que vir com você? — no banco do carona, a entidade demoníaca de estimação que eu nomeei como Yeri perguntou, claramente insatisfeita. — Eu poderia estar tentando descobrir quem entrou na conta da Wendy, sabia?

— E eu com isso? — respondi ácida, sentindo vontade de rir ao vê-la, pelo canto do olho, revirar os olhos e cruzar os braços. — Não vou enfrentar a rainha do gelo sozinha.

— Kang Seulgi: uma das mulheres mais ricas de Vegas, proprietária de um dos cassinos mais famosos, fodona pra caralho, porém com medo de mulher bonita — deu uma risada alta. — Que ironia, não é mesmo?

— Vá à merda, Yeri, e me respeita porque o teto que você dorme debaixo ainda é meu. — resmunguei. — E você sabe tão bem quanto eu que Lisa é complicada de lidar.

Naquele quesito a pentelha teve que concordar comigo, mesmo que com um silencioso revirar de olhos. Diferentemente de Wendy e Irene, com Lisa eu não conseguia resolver minhas pendências do jeito convencional — ou seja, na cama. Sempre tínhamos que marcar uma reunião chata, e ficávamos enfunadas no escritório dela, conversando sobre finanças, termos e números complicados. Se eu soubesse que ter o próprio negócio era tão chato, tinha jogado tudo para o ar e me mudado para o Havaí.

Poderia ser pior, tenho consciência disso. Felizmente, tenho várias pessoas na equipe que me auxiliam a cuidar de tudo, sem contar com a enorme quantidade de funcionários do cassino. Mas ainda assim, eu gostaria de pelo menos tirar umas férias prolongadas numa praia ou em qualquer outro lugar que não fosse a porra do estado de Nevada. O clima era seco demais, não fazia bem para a minha pele.

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