✓ 𝐋𝐏. 𝑸uando Fallon Galloway chegou no Novo México, ela não esperava encontrar o homem que confirmasse todas as suas teorias. Tudo o que ela mais acreditava era em mitologia e tudo o que aquelas histórias fantásticas traziam, mostra...
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O TESSERACT É A CHAVE.
Uma porta foi aberta e Fallon a observava ainda sem entender onde estava. Era como encarar a escuridão e encontrar uma luz no fim do túnel. Uma luz que vinha daquela porta entreaberta. Sem nenhum outro lugar para correr ou ir, ela atravessou aquela clarão se perguntando o que encontraria do outro lado.
O que ela encontrou do outro lado foi sua casa. Não, não aquele apartamento apertado em que vivia em Nova Iorque. Sua primeira casa em Londres, aquela perto dos campos, com um pequeno celeiro nos fundos que seu pai construiu apenas para suas pesquisas. Não era uma mansão, estava longe de ser um lugar enorme, mas para uma Fallon de 8 anos era como viver em um castelo.
Parada na sala de estar, ela pode observar o local, se lembrando de cara memória que criou ali. Pensando em cada pequeno momento que teve, antes de tudo desmoronar. Fallon sentia uma sensação boa, nostálgica e melancólica, se instalar por todo o seu ser. Não era perturbador como a sensação anterior, era calma e convidativa.
Enquanto ela observava as fotos sobre a lareira, momentos de quando tinha 11 anos, aprendendo a andar de bicicleta com seu pai, o natal na casa da sua avó, a foto em família com seus pais, todas aquelas pequenas partes de seu passado que sua mãe levou consigo depois que vendeu aquela casa e se mudou, tudo depois que ela perderá Albert. Era estranho estar ali novamente, ainda mais depois de tanto tempo.
Uma melodia familiar começou a tocar no ambiente. Fallon conhecia aquele som desde que era uma garotinha. Era a mesma melodia que tocava na sua antiga caixinha de música. Uma que ganhou de seu pai quando tinha apenas 8 anos. O som era agradável, suave e clássico. Ela se lembrava de carregar aquela caixa para vários lugares, colocá-la para tocar pela casa. Já fazia tanto tempo que a perdeu que, ouvir aquela música novamente, fez seus olhos se encherem de água.
Antes que pudesse começar a seguir a melodia, pode ouvir o som de uma risada de crianças. Ao olhar para trás avistou a forma de uma menina correndo as escadas rapidamente. Pés descalços sobre a madeira, madeixas castanhas esvoaçantes. Aquela visão era familiar. Sabia que acabou de observar a si mesma quando criança. Foi o suficiente para deixá-la mais confusa sobre o que estava acontecendo. Sem hesitar, Fallon seguiu até às escadas, sua curiosidade e extintos falando mais alto.
Quando chegou ao fim delas, estava de frente para o corredor. 5 portas. 3 na esquerda, 2 na direita. A primeira era aonde estava a pequena Fallon, parada em frente a porta de linóleo e observando algo pela fresta. Seus grandes olhos curiosos focados em algo realmente importante. A própria Fallon se lembrava um pouco daquele momento. Tinha pequenos vislumbres de ter feito isso uma vez, quando era pequena. Estar na porta do quarto de seus pais e escutar a discussão que se desenrolava. Como se para comprovar o que pensava, ela andou até onde sua forma criança estava e parou atrás dela, apenas se inclinando um pouco para também observar pela fresta.
