Sozinho

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Minha tia me ajudou a carregar Mari para a cama quando chegamos em casa. Ela tinha dormido durante todo o caminho de volta, e não parecia que ela ia acordar tão cedo. Me despedi da minha tia, tomei um banho rápido e tomei posse total do sofá para uma noite de sono longa e merecida. Eu só não queria ir pra escola na manhã seguinte...

[...]

Acordei 10 minutos antes do despertador tocar. Me sentia reconstruído depois daquela noite, apesar de ainda não ter vontade de ir pra escola. Me arrumei e fui preparar o café, e aproveitei para averiguar se Mari havia acordado também, ela estava do mesmo jeito que eu me lembrava de colocá-la... Eu só desejava que ela estivesse viva...

Voltei pra cozinha, cortei algumas fatias de bolo e ouvi o despertador tocar. Mari estava viva, para meu alívio. Ouvi ela se dirigir ao banheiro, e logo preparei o café dela, deixando tudo arrumado para comermos. Me sentei do outro lado para tomar meu café, e em seguida Mari apareceu.

- Meu Deus, você está viva! Café? - Ofereci, apontando para a cadeira da frente.

- Bom dia também, obrigada. - Se sentou mal-humorada e bebeu um pouco do café.

- Eu achei que você tinha morrido, você não se mexia. - Me expliquei, tentando descontrair.

- Que exagero... Eu não sou assim. - Apesar da resposta, Mari ficou um tanto desconcertada.

-Nãao! Você dormiu por quase 12 horas! Quer mesmo falar em exagero?

- Eu estava cansada, ok? Eu merecia... - Respondeu constrangida.

- Sim, sim. Agora termina de comer pra gente ir pra escola.

[...]

Fomos direto pra sala quando chegamos na escola, ficamos desenhando na lousa durante o tempo antes da aula.

- Mari, você vai ficar na sala no fim da aula? - Perguntei mesmo sabendo da resposta afirmativa. - Você poderia fazer uma "prova" pra mim sobre alguma matéria? - Pedi.

Durante nosso caminho pra cá, tive essa ideia estranha pra saber se nossos estudos extras estavam dando certo comigo.

- Já vi que vou ser professora no futuro... - Mari respondeu divertida.

- Por favor! Pode ser de matemática ou de português, estou melhorando nessas matérias. - O que era verdade.

Meu drama deu certo, e Mari concordou em criar duas provinhas.

- Bom dia! - O professor havia chegado um pouco mais cedo.

- Bom dia. - Eu e Mari respondemos juntos. - Está feliz hoje, professor? - Mari brincou. - Vai ter algo diferente hoje?

- Ficou tão evidente? - O professor respondeu no mesmo tom de brincadeira. - Vocês vão fazer uma...

- POR FAVOR, PROVA SURPRESA NÃO! - Pedi em um tom de voz um pouco mais alto do que eu esperava.

Ter uma prova surpresa era sempre motivo de estresse e nervosismo pra mim. Me lembro de um vez em que deixei uma prova inteira sem responder, por não me lembrar de nada, e acabei a rasgando no momento em que a professora ia recolher. Minha mãe foi chamada na escola, por não ter sido a primeira vez que eu fazia algo sob estresse devido à provas surpresas.

Your Guardian AngelOnde histórias criam vida. Descubra agora