V-Penitência

10 1 0
                                    

 Little Havana, Miami, FlóridaQuinta-feira, 07 de maioRepública "Miami High School"16:15 p

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Little Havana, Miami, Flórida
Quinta-feira, 07 de maio
República "Miami High School"
16:15 p.m

               As aulas terminam sem que Cassiel tenha a oportunidade de ver Alexia. Por mais que se orgulhe de seu plano para incluir os "excluídos", não tem certeza se a morena precisa do mesmo tipo de apoio dos outros. Ele consegue sentir a energia estranha e sufocante que vem dela, algo quente de um jeito ruim, principalmente quando está perto dos colegas de time, mas não tem certeza da profundidade desse sentimento.

                Ele caminha pela calçada com a companhia de JD e descobre que o tailandês é seu colega de quarto até o final do semestre, ainda não tem certeza se isso é algo bom ou ruim, mas o amigo parece animado e expõe todas suas ideias de trolagem que pretende fazer com ele.

                 —O que foi? Você parece um morto-vivo.

                 —Energias negativas demais. Demorei um tempo para filtrá-las. -Cassiel balbucia enquanto tenta entender como ligar o Iphone que recebera dos achados e perdidos.

                   —Sua família é hippie? Tipo, aqueles esquisitões que ficam pendurando pedra no pescoço e fazem a dança da chuva e sei lá o quê?

                   —Hum, não. Eu sou um pouco sensitivo, isso é tudo. Só preciso recarregar.

                   —Me dá aqui essa porcaria. -JD puxa o celular da mão do loiro e pressiona o botão ao lado, fazendo a tela do celular acender. —Pronto. Agora me diz, que tipo de recarga? Quando eu fumo maconha na hora da aula de educação física, minha recarga é um pacote de Doritos.

                  —Por que você se recarregaria com Doritos?

                  —Bom, eu sempre gostei disso desde criança, é gostoso.

                  —Sim...algo que te lembre de casa. Por que está morando na república?

                  —Eu me emancipei dos meus pais há quatro anos, não fazia mais sentido viver naquela merda de lugar.

                  —Por que?

           —Eu não recomendo isso.

O anjo franze a testa, confuso.

—Quanto menos saber sobre mim, melhor, loirinha.

                  Cassiel prepara palavras de consolo, mas antes que possa pronunciar algumas delas, o moreno apressa o passo e entra na república, irritado.

                  Assim que põe seu pé no primeiro degrau da construção vintage para acompanhar o novo amigo, o anjo sente um arrepio na espinha e o vento forte quase o derruba. Ao se virar contra seu inimigo, percebe seu irmão Gabriel de pé, apoiado na caixa de correios.

CASSIEL, o príncipe das lágrimas Onde histórias criam vida. Descubra agora