I-A Fuga do Paraíso

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"Quando um órfão sente que não há futuro, Cassiel sussurra que eles não estão sozinhos

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"Quando um órfão sente que não há futuro, Cassiel sussurra que eles não estão sozinhos.
Quando um pai perde um filho e não consegue enxergar além das lágrimas, Cassiel intercede para ajudar a enxugá-las, para que possam vê-lo no dia seguinte.
E quando uma pessoa sente que não há mais nada para viver, Cassiel as levanta e as leva adiante.
Como espécie defeituosa, a humanidade precisa do amor e do apoio de Cassiel e ele carrega nossos fardos até que possamos nos sustentar novamente."

Miami High School
Little Havana, Miami, Flórida.
Quarta-Feira, 6 de maio, 13:23 p.m.
~Ginásio de basquete.

          —E então, sua piranha, quantas vezes seguidas você daria pra esse cara?

—Cinco. -Alexia morde o lábio inferior, segurando uma risada. —Isso porque teria que sobrar tempo pra um boquete ou uma conchinha.

A ruiva ao seu lado beberica o milkshake de forma provocante enquanto ambas observam das arquibancadas enferrujadas do ginásio o treino do time de basquete masculino.

             —E quem você não pegava nem morta?

             —Kevin Williams. Ouvi dizer que ele tem espinhas nas costas. -Alexia faz uma careta e foca sua atenção no único garoto que está com camisa.

             —Ele tem um rosto bonito. -Emma ergue os olhos representando uma mulher indecisa. —Acho que eu até transaria, mas teria que ser por cima. Acha que Daniel Phillips tem um pênis grande?

            Alexia franze o cenho, considerando.

            —Não sei dizer. Mas tenho certeza que Oliver Dorin tem. Um enorme! Quase uma terceira perna!

            As amigas se olham e no instante seguinte caem na gargalhada, chamando a atenção do pelotão na quadra.

            —Já é a quarta vez que chamo a atenção das duas. Na próxima irão direto pra diretoria! -o treinador arremessa a bola de basquete em direção às duas, que se esquivam, alarmadas.

            —Ei! -Emma se levanta. —Foi ideia desses babacas mudarem o horário do treino! Era para NÓS estarmos aí. O senhor sabe que a equipe de torcida é uma parte crucial dessa instituição?

            Só de ouvir essas últimas palavras, Alexia se encosta no banco e aperta os olhos. Já tinha ouvido milhões de vezes esse discurso de Emma. O mesmo falatório incessante de 23 minutos, sobre como as garotas incentivaram a economia no esporte por meio da arte da ginástica rítmica presentes na equipe de torcida dos jogos. Da última vez que tirou o texto de sua cabeça, resultou nunca briga sangrenta entre os nerds psicopatas por RPG e as garotas da Miami High School, onde quebrou três unhas e teve o pescoço arranhado tão profundamente que pareciam feitos por um coiote.

CASSIEL, o príncipe das lágrimas Onde histórias criam vida. Descubra agora