XI-O Pacto

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             Cassiel acorda cedo aquele fim de semana

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Cassiel acorda cedo aquele fim de semana. Ao contrário de todos os dias, na sexta-feira estava tão esgotado que resolveu dormir. Depois dos eventos que levaram a uma inscrição forçada de Alexia ao cargo de presidente do corpo estudantil, os ânimos ainda estão exautados pelos corredores da escola. JD quase foi expulso e até poderia ter sido preso depois de xingar e tentar bater em um dos seguranças que o levaram para fora, foi uma sorte o conselheiro se oferecer para prestar serviços integrais cuidando da saúde mental dele.

                Alexia passou o dia seguinte tentando evitar Cassiel. Depois do que ele disse sobre a biblioteca, o clima entre eles se tornou insustentável. O loiro agiu normalmente e suas demonstrações normais de carinho se transformaram em um empecilho para Alexia, já que não tinha certeza se aqueles sentimentos que havia exposto eram exclusivamente dela, pois Cassiel trata a todos amigavelmente e mantendo o máximo de contato físico. Emma ouviu as explicações e contras explicados pela amiga com tédio, já sabia de toda aquela ladainha de garota confusa desde que Alexia se envolveu com Asher.

               Cassiel olha para a atendente da recepção do hospital, não consegue evitar de tamborilar os dedos no balcão que os separa. Está nervoso e ansioso, não tem notícia de Ben há dias e JD, depois de cada visita, só diz "ele está vivo", para provocar.

              —Terceiro andar, quarto 322. -a recepcionista mal tem tempo de terminar a frase e Cassiel já se apressa na direção dos elevadores.

              Ele começa a apertar todos os botões e as pessoas que embarcam com ele o encaram espantadas. Uma criança que carrega um urso de pelúcia, toca sua mão quando ele suspira para se recompor. Ao ver aqueles minúsculos dedos em volta de seu punho, o anjo franze a testa e aos poucos revela um sorriso aliviado.

               —Quem você está visitando? -o menino pergunta.

                 Cassiel olha para a mãe, que sorri o incentivando a continuar a conversa.

                 —Meu amigo. Ele se chama Ben.

                 —Ele é grande ou pequeno?

                  —Ben estuda na minha escola, somos da mesma turma. Você também tem amigos na escola?

                   O menino baixa o olhar e força um sorriso seguido de uma afirmação.

                   —O que aconteceu com seu amigo? Ele está doente?

                   —Eu... -Cassiel pensa no que dizer, por um momento fica inerte em seus pensamentos.

                    —Não vamos mais incomodar o rapaz, Cole. -a mãe põe uma mão sobre o ombro do menino e ele se envergonha.

                    —Ele não incomoda. Crianças são o que faz o mundo valer a pena, não é?

CASSIEL, o príncipe das lágrimas Onde histórias criam vida. Descubra agora