[6] soleil et lune

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Morrestes achando que
amava.
Matastes pensando que era
amor.
Dominado pelo egoísmo da
paixão,
nos fez ver que não te
conhecíamos como
deveríamos
e, por tua atitude,
demonstrou que não
conhecias o amor.
Descansem em paz.

(William Shakespeare)

🌙

— De novo, ein Jungkook. 

Foi o que meu pai disse assim que Jimin foi embora correndo, ríspido e seco. E ali, eu senti a respiração parar e eu me lembrei, da porra daquele dia, onde tudo desmoronou. 

Três anos atrás, Seoul.

Era final de tarde, meus pais haviam saído e eu trouxe o meu vizinho pra jogar vídeo game aqui em casa, ele sempre vinha e a gente era amigos a muito tempo, outro fato foi que a gente tinha se descoberto ao mesmo tempo, dois viadinhos pão com ovo, era assim que a gente se chamava, mesmo que ele fique com garotas também. A mão firme e forte do Mingi me chamou a atenção porque ela agora estava na minha coxa, o garoto de cabelos vermelhos deixou um beijinho no meu pescoço.

— Droga, Mingo. Eu perdi por sua causa. — Falei com um biquinho nos lábios e ele aproveitou para dar um beijinho enquanto soltava uma risadinha. 

Olhei manhoso pro garoto que sempre foi muito carinhoso comigo, mas como tínhamos 16 anos, a gente nunca falou sobre namorar, mas eu juro, ele seria o namorado perfeito. Os dedos dele preencheram meu pescoço enquanto o rapaz me devorava com o olhar. 

Agora, eu estou apenas de cueca jogado sobre o meu colchão e ele sem camiseta me dando beijos sobre o meu pescoço. Meu pau doía um pouquinho na cueca e eu não queria implorar por ele está noite, eu realmente não queria. Sua mão firme foi até meu membro o que me fez gemer baixinho. A gente faz isso a um tempinho, então se tornou algo comum e gostoso. 

Sem temor, passei as unhas nas costas do maior e parei com os dedos nos fios vermelhos do seu cabelo, ele murmurou alguma coisa que eu não consegui entender porque meus lábios foram juntados com o dele sem hesitar, era gostoso estar ali. Os lábios carnudos foram direto pra minha barriga e ele ia abaixar minha cueca porém eu bati a mão sem querer no meu abajur ao lado da cama e ele caiu, Mingi deu aquela risada gostosa e voltou a me beijar.

Mas foi quando a merda aconteceu e eu escutei batidas na porta e a voz, do meu pai. 

— Jungkook, que bagulho foi esse? E essa risada? — Ele falou, provavelmente com a mão na maçaneta. Sua voz estava meio receosa. 

— Hm, não foi nada, mas pai, não entra...eu já estou saindo.

Meu Deus, eu não tranquei. Puta que pariu, eu vou morrer muito agora. E eu acho que eu falei tão baixo que ele nem deve ter ouvido e abriu, meu pai abriu a porra da porta, acabou se deparando com um Mingi sem camiseta, seu filho de cueca e os dois de cabelos bagunçados sentados sobre a cama porque foi o máximo que deu pra fazer. Mesmo que meu pai duvidasse de algumas coisas, acho que ele nunca imaginou nada disso, porque eu sou o filho mais comportado do mundo. Sério, eu juro que sou. 

— Ah. — A única coisa que saiu dos lábios dele foi isso e ele fechou a porta, meio desesperado, creio eu.

Escutei os passos apressados sobre as escadas e olhei com os olhos marejados pro meu amigo. Depois daquilo, não tive mais chances alguma pra continuar, por isso pedi que por favor o de cabelos vermelhos fosse embora.

— Eu vou, Gguk, mas, saiba que eu tô aqui, me desculpa qualquer coisa. 

Senti o selar na minha testa e abracei o seu corpo forte antes que ele fosse embora pela minha janela. Eu tive um surto fodido e Taehyung foi lá pra me ajudar, depois o Yoongi chegou, e nós três ficamos vendo Friends até que eles tivessem que ir. Mais tarde, meus pais voltaram, mas como eu estava fingindo que estava dormindo, ninguém veio mexer comigo, porém depois daquilo, meu pai mal falou comigo e seguiu assim por uma semana. 

CHAOS IN PARIS • jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora