[7] préliminaire

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Se eu nunca ver você de novo
Eu sempre vou levar você
dentro
fora

na ponta dos meus dedos
e nas bordas do meu cérebro

e em centros
centros
do que eu sou do
que restou.
(Charles Bukowski)

🌙

Depois do jantar, quando eu cheguei, tinha mensagens do Jimin, ele pediu desculpas. Que bom que ele pediu desculpas, porque, se não eu ia ficar todo tristonho por aí e não ia ser legal falar mal dele pro Yoongi.


O convite para ir na casa do garoto me deixou um pouco nervoso, mas mesmo assim, eu quero estar lá e ver o presente que ele tem para me dar, afinal, eu amo receber presentes.

E, eu sinto que eu preciso me despedir do mesmo, porque não tem como simplesmente ir embora, tô torcendo desde já que não doa no peito, mas no final vai doer, eu sei que vai. Desisti de pensar qualquer coisa relacionada aquilo e me esforcei para conseguir dormir.

🌙

Agora, eram duas horas da tarde, e eu estou saindo agora porque foi a hora que minha mãe deixou, eu mandei mensagem pro Jimin apenas pra confirmar porque eu sabia que ele não ia mandar mensagem alguma. Ele é um orgulhosinho do caralho. No meu corpo, estou usando uma calça jeans clara, com um cinto, junto com o meu all star e uma camiseta do AC/DC dentro da calça. Ele disse que era pra gente se encontrar no mesmo lugar que a gente se conheceu e ainda bem que eu tenho uma memória boa, dei um beijo na minha mãe enquanto meu pai estava no banho e sai em caminhada para o local, agora, estou em frente à loja com a mão no rosto por conta do sol que batia ali, comecei a bater meus pés um no outro e escutei um pequeno assovio, olhei para cima e graças aos Deuses, ele não demorou, se não eu juro, eu ia xingar ele.

— Oh mon Dieu, que homem bonito é este?

— Ele sorria com um cigarro pela metade entre os dentes e eu sorri de volta, porém foi um sorriso meio simples o que fez com que ele desmanchasse um pouco o sorriso dele.

O garoto usava uma camiseta preta estampada, muito bonita por sinal, então resolvi elogiar antes que ficasse um clima estranho.

— Gostei da sua camiseta, laranjinha.

— Estou muito agradecido. Agora, vem.

Ri baixinho porque ele começou a me puxar sobre a calçada daquele rua movimentada, a fumaça do cigarro veio em direção ao meu rosto e eu assoprei a mesma para longe, porém, já deve ter impregnado no meu nariz todo, fiquei quietinho enquanto sentia meus dedos serem entrelaçados aos seus, parei para poder olhar nossos dedinhos ali, ele é um idiota e eu sou mais idiota ainda.

Estávamos em frente a bendita cafeteria e ele sorriu grande o que me deixou confuso porque eu achei que a gente ia pra casa dele. Mas antes que eu perguntasse, ele me olhou com os olhos minúsculos por causa do sorriso e disse:

— Eu quero tomar outro chocolate quente com você.

Meu deus, que Jimin fofo é esse que eu não conheço?

— Fofo, mas, tá sol.

O garoto mexeu a cabeça como se estivesse pensando em alguma coisa. Logo, jogou o resto do cigarro no chão e deu leves pisadinhas com sua bota.

— Então, vamos comer uma rosquinha e beber um refrigerante, a coisa quente fica pra mais tarde.

Ele gargalhou alto com a piada de duplo sentido e eu murmurei um idiota, resolvi tentar ser um pouquinho menos duro com o garoto porque ele parecia estar se esforçando, o que eu não estava esperando que ele fizesse, afinal, eu tinha mania de achar muita coisa e achar que tudo que eu sei é o que realmente é. Que bom que Jimin está se esforçando para mostrar as coisas não são como pensei.

CHAOS IN PARIS • jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora