Bebendo da morte, sinto como se estivesse viva. A morte não me parece uma coisa triste e sim uma libertação.
Anseio pela morte todos os dias, mas quando ela chega me diz que já estou morta a bastante tempo. O que aconteceu jovem moça ? Suas doces palavras ecoam pela minha mente como o canto dos pássaros.
O que irá fazer jovem? Quer se distrair e fingir que não está morta ou se levantar todos os dias com uma felicidade da qual lhe darei mas será limitada? Estas opções parecem ser boa mas prefiro beber e sentir o gosto da qual todos falam. O gosto da morte apertou e a felicidade enfim chegou ao seu limite.
Digo que quero mais disso, quero provar mais do sabor da morte para não lembrar que minha vida está como uma marionete nas mãos de meus queridos e perdi o controle de tudo, mas a morte me diz
- Lhe darei um pouco da felicidade mas terás que retomar a tua felicidade sozinha minha jovem, não poderás viver dependendo sempre de mim.
- Quero que entenda que estou fadada por tomar o sabor da morte, e não ligo se serás a última vez que provarei mas calma, ainda estou resfolegando!
A morte me olhou como se eu estivesse profanando a minha vida.
Após estar exasperada para tomar o gole que a morte a tanto embobinou, o sabor de vida desceu por mim e senti uma lufada de espíritos vindo a mim. Mas o sabor da morte durou mais do que imaginei e então comecei a ver as coisas como um Lampejo, e então perguntei o que estava acontecendo e me disseram
- Este é o preço que pagarás por querer ter felicidade e contrariando o universo, por seres abrupta e tomastes da felicidade constantemente, tomaremos sua vida como uma oferta por todos seus goles.
Tentei repelir todos eles, mas no fim percebi que este era o preço por não ter tentando achar e felicidade sozinha, e aceitei que este seria meu último gole enquanto minha mente divagava olhando para as estrelas com a esperança de velas algum dia.
E a morte chegou a mim com um sorriso e disse
- Está pronta?
- Estou.
E neste momento que aceitei que a morte sempre foi minha melhor amiga.
