20. Daddy's Burial

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𝐘𝐎𝐔

Eu acordei com uma dor de cabeça do cão. Abri os olhos e eu ainda estava no porão...droga. Passei a mão sobre a minha testa e ela estava sangrando, não lembro muito bem o que aconteceu. Olhei para o lado e vi tia Chloe e Miles desmaiados no chão, levantei com dificuldade e corri até meu pai e tentei tirar ele, não sei com que força, mas eu consegui desamarrar ele, o pesado do corpo caiu sobre mim e eu sentei cai no chão.

- Pai, acorda. -- Eu tentei balançar ele. -- por f-favor, n-não me deixa.

Nada adiantava. Eu abracei o corpo dele e comecei a chorar mais, eu não quero isso, por favor, faz parar de doer. Eu não conseguia parar de chorar, e a chuva só piorava lá fora.

- Pai...-- Eu tirei a corda do pescoço dele. Eu não sabia se chorava ou tremia as mãos. -- n-não me deixa, fica comigo.

Agarrei a mão dele e apertei. Eu só queria ir com ele, não quero ficar aqui sem ele do meu lado. Escutei passos vindos da escada, olhei e era a Flora.

- Flora...-- Ela veio correndo e me abraçou, eu não iria parar de chorar tão cedo. -- Eu preciso que você faça o seguinte...

(...)

Eu estava sentada na cadeira do hospital, os médicos levaram Chloe e o Miles para fazer exames e descobrir a causa do desmaio. Eu pedi pra Clara cuidar da Flora, Chosen veio pro hospital o mais rápido possível, assim que ele chegou, eu não consegui mais segurar o choro e ele me abraçou forte.

- E-ele se foi...-- A imagem não saia da minha cabeça.

- E-eu preciso que você fique calma. -- Ele sussurava.

- Não. -- Falei e me afastei dele. -- Eu não vou ter calma, eu perdi uma das pessoas mais importantes pra mim e você me pede calma?

Eu preciso sair daqui, eu não aguento isso.

Eu sai correndo pra fora do corredor e entrei em um dos banheiros. Me tranquei na cabine e a vontade de chorar apertou mais. Droga.

- Droga, droga, droga, droga. -- Eu dava socos na porta. -- Eu o perdi, esse é o pior dia da minha vida.

Encostei na parede e fui escorregando até o chão.

- Eu fiz tudo certo. -- Falava para mim mesmo. -- e-eu não e-entendo.

Escondi meu rosto entre os meus joelhos e comecei a gritar. Eu podia sentir minha mão começar a doer, pelo jeito estava sangrando. Escutei batidas na porta;

- V-vai embora, não quero ver ninguém. -- Falei, minha voz de choro já entregava o tão quebrada eu estava.

- S/n...-- Era o Miles. -- abre, por favor.

- Eu já disse que não vou abrir, Miles. -- Eu só quero morrer. -- me deixa em paz. Eu só quero ficar aqui, me deixa.

A cena dele...aquilo está me matando por dentro.

- E-eu o p-perdi. -- Comecei a falar. -- é o pior d-dia da minha v-vida. Por que não foi eu? Devia ter sido eu, não ele. Eu daria tudo ela ter ele de volta.

OBSESSION, MILES FAIRCHILD + YOUOnde histórias criam vida. Descubra agora