26. The Anniversary Of Terror

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𝐘𝐎𝐔

Adivinha, acordei com uma puta dor na cabeça e no braço. Senti uma mão segurando a minha e abri os olhos, me deparei com Grose e Miles ao meu lado.

- O que aconteceu? -- Perguntei.

Tinha um pano molhado na minha testa e uma vasilha com água na minha escrivaninha. E minhas mãos estavam amarradas...?

- Você acordou...-- Ele chegou mais perto. -- você está bem?

- Eu não sei. -- Coloquei a mão na testa. -- por que eu estou suando tanto?

- S/n, aconteceu uma coisa... -- Grose começou a falar. -- Eu vou deixar o Miles te contar, daqui a pouco vai começar...

Saiu do quarto e escutei ela trancando a porta.

- O que está acontecendo, Miles? -- Ele olhou para baixo e depois olhou pra mim. -- e por que minhas mãos estão amarradas?

Tentei puxar elas.

- S/n, eu acordei de manhã e te vi no chão, Grose me ouviu gritando seu nome e entrou aqui. Ela examinou seu braço e descobriu que havia uma toxina tóxica na bala que te atingiu. -- Ta explicado. -- E bom, como você tecnicamente não pode morrer, a toxina vai causar alucinações.

- Por isso eu estou amarrada que nem uma exorcista? -- Ele me olhou sério. -- que foi?

- Uma situação dessas e você fazendo piada.

- Ue, com humor é a forma como eu lido com a dor. -- Ele revirou os olhos. -- falando sério, você contou algo para Grose?

- Não! Que bom que a bala foi de raspão, isso fez ela acreditar que não tinha toxina suficiente para te matar. -- Me explicou.

- Mais na verdade, tinha. -- Ele assentiu. -- Tá, mas eu não quero ficar amarrada, me solta.

- Não posso. -- Como é?! -- Quando eu digo alucinações, é no nível alto.

- Legal, um ótimo jeito de passar meu aniversário. -- Comentei.

- Nem eu vou poder ficar aqui. -- Levantou.

- O quê? Eu vou ficar sozinha? -- Ele assentiu. -- por quê?

- Grose disse que sua situação pode sair fora do controle... -- Gesticulou com as mãos.

- E eu posso acabar te atacando. -- Ele assentiu. -- Então, por favor, pode ir. Você sabe que eu nunca te machucaria.

- Eu sei, S/n. -- Falou. Chegou mais um pouco perto de mim. -- Eu queria ficar.

- Não, por favor. -- Ele se afastou. -- é para o seu próprio bem, agora vai.

- Tudo bem. -- Foi até a porta e abriu ela com a chave. -- Eu volto quando tudo passar.

- Está bem. -- Ele saiu e trancou por fora. -- Droga de vida.

[...]

Está tudo tranquilo, tirando o frio que estava nessa tarde. As vezes eu fico com sede e sou obrigada a aguentar. Não aguento mais ficar presa nessas correntes, eu preciso levantar, não aguento ficar deitada.

Apoiei as mãos na cama e sentei um pouco.

- Você não sente remorso? -- Levantei o olhar e Chosen estava sentado no pé da minha cama.

É só uma alucinação. Calma, S/n. Isso não é real.

- Eu estou falando com você. -- Gritou. -- não sente remorso de ter matado nossos pais.

OBSESSION, MILES FAIRCHILD + YOUOnde histórias criam vida. Descubra agora