O Boy Magia Da Minha omma |• Kaisoo •|

Invisíveis

Se você acha que tá ruim, espere, sempre pode ficar pior, péssimo, horrível, detestável, abominável... Poxa! Na vida passada eu devo ter jogado bosta na cruz, puta que pariu! Ouvir minha mãe me resumir a "complicado" doeu, eu tento nunca deixar transparecer o quanto a opinião dela me afeta, mas dessa vez simplismente eu explodi, eu comecei a transbordar, talvez expelindo todo esse sentimento acumulado desde aquela porra de evento, não, não, melhor dizendo, desde que meu pai determinou que eu ia morar com ela, e está sendo exatamente, ou até pior do que imaginei. E pra piorar ainda vem aquele cara e diz que eu devia respeitar mais a minha mãe, não dizer pra ela que já enfiei minha língua na goela dele já é respeitar bastante né? Ha ha ha sintam o sarcasmo por favor.
Eu estava no terraço do prédio, apoiado no para-peito olhando pro nada, nem sei por que exatamente eu apertei o último andar do elevador e vim parar aqui, mas estava sendo até bom chorar as pitangas finalmente sozinho, até que ouvir a porta de acesso ranger. Enxuguei minhas lágrimas, ia receber bronca do zelador, certeza, e ele é gatinho, então não queria que ele me vesse assim, mesmo sabendo que provavelmente estava todo manchado de tons de vermelho , porque sempre que eu choro eu fico parecendo um pimentão maduro,na situação atual eu diria quase que podre mesmo.

— Oi — ah não... Você não. — Kyungsoo, você está bem? — eu não vou responder, eu não vou responder, não vou responder, não, não, não... — Kyungsoo?

— Não te interessa. — fui grosso?Sim, se eu ligo? Não. — Sério cara, se não percebeu eu quero ficar sozinho. — disse tentando não começar chorar novamente, e pude ouvir um suspiro profundo vindo de Jongin que se pós ao meu lado.

— Eu percebi sim, e me desculpa estar aqui ainda,  mas... — ele exitou, como se buscasse por palavras certas. — Eu sei que você não quer conversar comigo sobre...sobre... — me virei e vi ele passando as mãos pelo rosto, parecia confuso. — Por favor, acredite em mim quando digo que sinto muito por toda essa situação, eu não quero ter que falar com ela sobre o que...

— Você acha que o mundo gira em torno de você né? — perguntei o encarando.

— O que?

— Acha que eu estou chorando por sua causa ? Acha que é tão importante assim pra me ameaçar ? — eu sentia que ia explodir de novo.

— Eu não...

— Eu já te disse isso e vou repetir Kim, você é só mais um pra ela, então para de achar que tudo tem haver com você. — coloquei um dedo apontado bem no peito dele — Você se dar muito valor, deveria ser menos ingênuo, ou parar de ser fingido e tentar dar o golpe em outra pessoa, por que mesmo ela sendo uma mãe de merda, é a minha mãe e eu não vou deixar você sequer pensar que pode nos ameaçar. — eu iria continuar a falar se não tivesse sido interrompido.

— Já chega merda, cala a boca. — ele gritou comigo e tenho certeza que meus olhos estavam arregalados pelo susto — Você não me conhece Kyungsoo, não me conhece pra me ofender dessa forma. — ele falou sério enquanto seu olhar parecia de um felino raivoso, e eu digo raivoso de doença mesmo, com a boca espumando e tudo mais. — Eu estava dizendo que eu não quero ter que falar com ela sobre motivo do nosso desentendimento, eu não quero e sei que você também não quer, porque essa situação é sim horrível. — ele deu um passo pra trás, eu nem tinha percebido que estavamos cara a cara.

— Você...

— Eu não terminei de falar. — fui interrompido novamente e agora senti um arrepio, porque a praga juntou o olhar de felino raivoso assassino a sua voz mais grossa e séria. — Eu não gosto de saber que você pensa essas coisas horríveis de mim, também não sei de onde você tirou essas ideias, sua mãe era minha amiga a um bom tempo e quando eu fiquei com você naquela porra de balada eu não tinha nenhum compromisso com ela, muito menos sabia que você era o filho dela, claro que ela me disse que tinha um filho, mas eu não sabia nem seu nome, eu não devia estar te dando nenhuma explicação já que você já deixou claro que não liga, mas você me ofendeu e isso eu não admito.