44

1.5K 158 54
                                    

Dulce

Nós fomos levados para um hotel, onde eu e Christopher ficamos num quarto ao lado do de Alex. Depois de sua conversa ao telefone com Belinda, Alex parecia um pouco ansioso e não parava de falar em como queria dormir para que o dia seguinte começasse logo e pudéssemos voltar para casa.

Enquanto Christopher falava ao telefone com sua mãe, eu fui até o banheiro. Meu cabelo estava todo emaranhado, com partes endurecidas devido ao sangue seco do assassino que morreu ao meu lado na boate. Acho que nunca estive tão suja antes.

Fechei meus olhos e deixei que a água caísse sobre mim, deslizando por todo o meu corpo, como se além das minhas impurezas, também estivesse levando as minhas angústias. O peso daquelas preocupações haviam saído dos meus ombros e era como se eu pudesse respirar de novo.

Senti duas mãos pousarem em meus ombros, começando uma massagem cuidadosa. Soltei um murmúrio prazeroso ao relaxar o meu corpo. As mãos subiram pelo meu pescoço até se embrenharem em meus cabelos molhados e então, Christopher me virou de frente para ele.

Ele me beijou faminto e me posicionou contra a parede, deixando suas mãos passearem pelo meu corpo com toques firmes e fortes. Quando sua boca resolveu passear por meu pescoço, ele me ergueu, fazendo com que eu enrolasse minhas pernas em volta dele. Nossos corpos nus estavam grudados um no outro, numa tensão sexual que esquentava o ambiente.

E então eu senti a sua primeira estocada me invadir. Ele usava a parede de apoio para os seus movimentos, continuando a beijar o meu pescoço, meu queixo, maxilar e, por fim, voltando para a minha boca.

O eco do banheiro deixava nossos gemidos mais altos, mas tudo bem, ninguém poderia nos ouvir. Era bom finalmente poder estar com ele, poder senti-lo dessa forma e provar do doce prazer que só o seu corpo era capaz de me proporcionar. Era como uma recompensa por tudo o que eu tive que suportar nos últimos dias. Esperar por ele valeu a pena, como eu sempre soube que valeria.

Ele me pôs no chão, me virou de costas para ele e então me penetrou novamente, dessa vez com mais pressão e mais rápido. Cravei minhas unhas naquele azulejo e mordi meu lábio inferior, totalmente entregue ao momento. Christopher abraçou o meu corpo e enquanto continuava, encostou sua boca em meu ouvido, permitindo que eu ouvisse seus sussurros de amor por mim.

E enfim eu senti meu ventre pulsar, anunciando a chegada de um orgasmo. Ele foi logo depois de mim. Deixei meus braços caírem ao lado do meu corpo e me virei para ficar de frente para ele novamente. Christopher apoiou sua mão na parede atrás de mim e sorriu com satisfação. Eu sorria de volta, sentindo meu corpo bem relaxado.

— Eu estava com saudades disso. — ele disse.

— Agora a gente pode fazer sempre que quisermos.

— Sim. — acariciou o meu rosto e me olhou com ternura. — Eu te amo.

— Também te amo. — o beijei carinhosamente.

Nós terminamos de tomar banho juntos, sem nada sexual. Apenas ajudamos um ao outro de forma carinhosa, trocando alguns beijinhos vez ou outra. Depois do banho, voltamos para o quarto e vestimos as roupas que o FBI deixou para nós.

— Eles não tem nenhum senso de estilo. — falei olhando a camiseta cinza com a estampa "F.B.I." em azul escuro. Junto com ela, tinha um short com tecido de moletom na cor azul.

— São apenas roupas para dormir. — Christopher disse já vestindo a calça e a camisa que eram praticamente uma combinação masculina das minhas roupas. — Amanhã eles trarão algo mais normal.

— Ainda bem. Odiaria andar pelo aeroporto como se eu fosse uma policial em treinamento, as pessoas iriam ficar achando que sou metida.

— É, você não seria uma boa policial. — ele sentou na cama e me observou vestir as minhas roupas.

Caindo em Tentação Onde histórias criam vida. Descubra agora