No dia seguinte eles se encontraram no hall do hotel.
Era o último dia de viagem deles.
Tinham que planejar algo para o último dia ali.
Então resolveram passear por toda à Itália, eles foram em todas as cidades que tinha na belíssima Itália.No fim do passeio eles foram para um pequeno museu, para apreciar alguns fatos históricos da cidade.
Peter ficou encantado com tudo o que via, e saiu andando para tudo o que lado.
Khalil olhou para Peter, mas não deu muita importância para o rapaz, apenas gritou:__ Não toque em nada Peter!
__ O que você acha que eu sou? - o mesmo fechou a cara para Khalil.
__ Eu acho, ou melhor, tenho certeza de que você é descuidado! - Khalil lhe lançou um olhar vitorioso e Peter lhe fez língua.
__ E você é um jovem autoritário que parece um velho de 80 anos - Peter sussurrou para si mesmo.
__ Eu ouvi isso!?! - Khalil disse saindo, sem ter ouvido uma palavra do que Peter realmente tinha dito.
__ "Eu ouvi isso!?!" - Peter remedou Khalil e foi para o outro lado do museu.
Quando ele chegou lá, foi direto para perto das jóias antigas que estavam expostas na vitrine.
Ele estava muito empolgado com tudo o que via, aquele Museu da Prata em Florença deve valer uma fortuna.
Peter não resistiu à tentação quando viu um colar magnífico na vitrine, e para o desepero dos amigos tocou no colar fazendo os alarmes soarem por todo o Museu.
Os guardas logo vieram correndo para ver o que acontecia e quando viram Peter um deles gritou:__ Peguem aquele delinquente!?!
Peter se assustou com os guardas e saiu correndo, mas quando virou o primeiro corredor ele tropeçou e caiu em algo.
Os guardas não tardaram à acançá-lo.
Peter levantou num pulo e quando olhou no que tinha tropeçado, deu um pulo para trás, era o corpo de uma jovem que estava estirado no chão.__ Meu Deus!! - Peter gritou alarmado.
__ Não pode ser... - uma senhora veio correndo até o local - Victória!?! - ela gritou e se jogou sobre a jovem, ela chorava desesperada - Não, minha Vick não!?! Diz que é mentira!!??!!
A senhora chorava e gritava sem parar. Peter sentia um aperto no coração, mais um inocente que morre sem uma segunda chance para recomeçar. Peter olha para a jovem e perde o resto de esperança que ele tinha, de que o mundo algum dia voltasse a ser um bom lugar.
__ Peter! - Henrry e os amigos chegaram correndo para ajudar o amigo - o que houve? Você tá bem?
Peter não conseguia falar, estava com um nó na garganta, se ele disesse algo começaria a chorar também, e olha que ele nem conhecia a jovem.
__ Moço - um dos seguranças segurou Peter pelo braço- você deve nos acompanhar até a delegacia. - Peter não disse nada, nem uma palavra, ele apenas assentiu silenciosamente com a cabeça, aquilo tinha mexido com ele.
Não muito tempo depois, eles estavam na delegacia, Peter ia ser interrogado e estava apavorado.
__ Qual o seu nome jovem? - um homem alto, de cabelos grisalhos e barba por fazer,lhe perguntou pela terceira vez com sua voz extremamente cansada.
__ Peter.
__ Seu nome todo!
__ Eu... eu não tô conseguindo lembrar... - os olhos de Peter estavam perdendo seu brilho, era como se ele estivesse desistindo de uma vez de tudo aquilo que ainda lhe mantinha vivo.
__ Ok, então Peter, o que você queria no museu?
__ Nada, eu só tava vendo a jóia e não resisti, acabei tocando nela - ele deu de ombros, seu rosto já não tinha mais expressão.
__ E por que você correu?
__ Se você tocou em algo que não devia, o alarme soou e três brutamontes vem pra cima de você gritando:"peguem aquele delinquente" . Você vai ficar parado? Por que eu não. Eu me assustei com eles e sai correndo. Quando virei no corredor tropecei e cai.
__ Entendo. Você conhecia a jovem que foi assassinada?
__ Claro que não. Eu nem sou daqui!
__ Mas você está muito abalado com a morte dela!
__ Lógico! Todos os dias pessoas inocentes morrem e ninguém pode fazer nada, talvez se eu tivesse chegado um pouco mais cedo eu pudesse ter impedido.
__ E você ia fazer o quê? Se jogar na frente da bala? Me poupe, você ia morrer junto com ela!
__ Não faria diferença, talvez ele ou ela se assutasse ao me matar e fugisse... agora quando eu acordar vou ver uma bela de uma notícia dizendo: "Assassinato no Museu da Prata de Florença" - ele esfregou o rosto frustrado - ou, "jovem de tal idade foi assassinada ontem no museu da Prata de Florença e polícia investiga qual poderá ter sido o motivo da morte".
__ Está bem, eu entendo o seu lado, mas você não pode pensar assim, eu já vi várias mortes, mas ninguém falou comigo assim, você se sente culpado, mesmo a culpa não sendo sua! - ele colocou a mão no ombro de Peter - garoto, nem sempre as coisas saem como nós desejamos, e muitas das vezes nos decepcionamos com o rumo que as coisas tomam.
__ Eu compreendo... - ele disse num sussurro.
__ Ao menos você é sensato.
__ Não sou sensato, eu não vou aceitar isso - ele se levanta e olha para o homem à sua frente - já terminamos?
__ Sim - o mesmo suspira - se precisar conversar, ou se lembrar de algo mais me liga!
__ Pode deixar... - dito isso Peter saiu da sala indo para rua. Seus amigos o abordaram com abraços e tentaram o confortar, mas Peter apenas chorou, não fazia sentido ele se sentir culpado, mas era assim que ele se sentia.
__ Vamos embora! - Khalil deu um tapinha nas costas do amigo que apenas assentiu.
__ E eu achando que vindo pra cá viveria um belo romance - Eduardo suspirou pesado e apoiou o amigo.
__ Eu posso até ser egoísta as vezes, mas sei que quando um amigo precisa a gente larga tudo que está fazendo para apoiar ele, pois amigos de verdade não estão conosco apenas nas horas boas, mas em todos os momentos.
Eles se abraçaram e logo foram embora, pois Peter iria precisar de uma boa noite de sono, se bem que eles tinham certeza que Peter não ia conseguir dormir.
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Casamento às cegas
RomanceKhalil O'Kallarhan. Jovem, rico, bonito e promissor. Estudou em uma das melhores universidades dos Estados Unidos da América. Filho único do empresário Malick O'Khallahan e da ex modelo Mônica Corttêz, ele é o herdeiro de tudo. Porém uma palavra de...