Prólogo

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Meus amores, que bom começar outra história para vocês. As postagens são as terças e quintas. Espero que amem demais essa babá doce e inocente, com esse CEO problemático.

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Amanda

A porta foi aberta e o sininho anunciou mais um cliente. Era ele, o mesmo homem de sempre: calado, sério, lindo...

Tudo que sabia sobre o homem misterioso, era que ele era dono da empresa de perfumes que ficava na frente do café onde eu estava trabalhando – temporariamente, já que nem para conseguir um emprego de verdade eu conseguia.

Minha vida estava de ponta cabeça, o que podia fazer? Precisava dar conta de sustentar minha casa, além de ter que cuidar da minha mãe doente. Era complicado ser a única parte da família que precisou desistir dos seus sonhos para poder manter as contas, a saúde de sua mãe e o sustento de sua avó.

— Se ficar babando no senhor silencioso em todos os momentos que ele aparecer aqui, você não vai durar muito tempo nesse serviço. — Helena, a outra garçonete do lugar, comentou.

— Não é como se eu fosse ficar aqui para sempre, só estou cobrindo a outra funcionária que está cumprindo licença-maternidade.

— Ah, bobinha! Muda essa carinha de tristeza. Senão nem o emprego temporário você terá. Já que Carolina odeia funcionários de cara fechada.

Olhei para a mulher de cabelos cacheados, e tentei abrir um sorriso. Ela saiu de perto de mim e foi atender uma mesa com cinco garotas. Aquela hora da manhã só podiam estar matando aula, já que todas estavam de uniforme.

Sobrou para mim atender o senhor silencioso – como sempre –, que só abria a boca para fazer o pedido de sempre. Peguei meu bloquinho de anotações e caminhei até a mesa que o homem já havia se acomodado. Parei ao seu lado e ele nem se prestou a me olhar e me dar um bom dia.

— Bom dia, senhor. Qual vai ser o pedido de hoje? — Como se eu não soubesse.

— Um café expresso, sem açúcar ou adoçante e dois biscoitos de queijo.

Não podia mentir, a voz dele era de fazer qualquer mulher perder a cabeça. No entanto, ele parecia ser daqueles homens chaves de cadeia. Pronto para ferrar com a vida de qualquer uma que tentasse se meter no seu caminho.

— Sim, senhor. — Antes de me afastar ainda o encarei por um tempo.

Tinha os cabelos pretos, jogados para trás, uma leve barba tomava seu rosto, queixo quadrado, mas nunca vi a cor dos seus olhos, já que ele nunca direcionava seu olhar para o meu.

Voltei para trás do balcão e comecei a preparar o que o homem havia me pedido. Assim que estava pronto levei até a sua mesa, depositei a xícara, e a cestinha com os biscoitos a sua frente.

Antes de me afastar por completo, ouvi um leve sussurro, e mesmo que nunca tivesse visto os olhos daquele homem, eu abri um sorriso, pois ele havia dado um primeiro passo.

— Obrigado!

— Por nada!

Depois disso, parei de dar atenção ao homem, já que precisava manter aquele emprego temporário. Até conseguir algum fixo e poder lidar com todas as merdas que a vida estava me dando de presente. 

Uma Babá Inocente - DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora