9- a despedida

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Já faziam dois dias em que eu estava na casa de Noah, bom mais ou menos, contando todas as vezes que eu acabei me arrependendo e fugindo dele, mas eu planejava ir embora hoje, já que de acordo com o meu pai ele teria q ir embora hoje, e eu vou poder finalmente voltar pra casa. As mensagens dele continuavam, e todas as suas ligações também, tinha medo dele acabar chamando a polícia e isso causar algum problema para o Noah, mas óbvio que ele não chamou, pois assim todos na cidade saberiam e a reputação dele iria por água abaixo, o que obviamente é extremamente mais importante que a filha perdida dele.

Mas por algum motivo isso me deixava triste, sair da casa de Noah e voltar para a minha, por algum motivo eu me sentia segura lá com ele, eu me sentia em cada acima de tudo, mais do que na minha própria casa, por que eu tenho com quem ficar, e não sofrer tanto sozinha.

Pra você que pode estar se perguntando, eu continuo chorando sempre, ou me lembrando de tudo, ainda mais com as mensagens cada vez mais frias do meu pai, e com o dia que eu tenho que voltar a escola mais próximo.

E a cada vez fico mais pensativa e triste, pois falta um mês para as férias, onde provavelmente eu vou passar na minha avó que mora longe da gente e das minhas melhores amigas de infância, Ana Paula e Manu, o que me deixa muito animada, por que eles sim se importam comigo, e me fazem lembrar de como tudo era antes, se é que eu lembro. Mas depois vem mais seis meses de tortura até o fim do ensino médio, se é que eu vou conseguir chegar lá. Mas pelo menos até agora tenho Noah.

Levanto da cama depois de pensar tudo isso, e sim, eu e Noah continuamos dormindo na mesma cama, mas acho que já me acostumei, quer dizer, mais ou menos, acho que nunca me acostumaria com aquele garoto tão lindo dormindo no mesmo lugar que eu.

PORQUE EU NÃO PARO DE PENSAR NISSO E NELE???

Coloco uma blusa que o Noah me emprestou, que ficava praticamente um vestido em mim, é uma bermuda dele também.

Sentei naquela poltrona e pego um livro, eu amo fazer isso, enquanto Noah está na aula esse é o meu melhor refúgio, e eu não tenho o que reclamar dele.
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Noah chegou e trouxe comida, já que se eu sair do quarto dele sua irmã pode me ver e contar tudo para mãe deles.

Comemos e jogamos um pouco, e depois me preparei psicologicamente, porque pelo horário e o que conheço do meu pai, ele já teria ido embora e pego o voo.

- Noah, acho que já está na hora. Digo guardando o jogo e olhando para ele.

- Hora do que? Ah isso já está ficando mais difícil do que eu imaginei que seria.

- De eu ir embora, Noah, com certeza meu pai já foi embora! Digo caminhando até ele

- Ou, verdade, me desculpe. Disse ele levantando e caminhando até mim

- Obrigado por tudo, e saiba que pode ficar aqui de novo quando precisar e pelo tempo que precisar, ou sempre que você precisar de um ombro amigo, pode vir todo dia até se quiser, um faz companhia pra o outro kkkkkkkk

- Obrigada, de verdade mesmo, eu que não tenho como agradecer o que você está fazendo por mim!

- Ora ora, quem é essa, Noahzinho?!
Ah Deus, por que?

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