Baby Boss | Markson

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Eu acordei alarmado, estava mais atrasado que minha própria vida, tudo por causa daquele vento frio amaldiçoado da noite anterior. Quando cheguei em casa, estava com os clássicos sintomas de um resfriado, (in)felizmente quando adoeço, durmo como uma maldita pedra.

Me arrumei às pressas, já sabendo de cór o sermão que eu iria passar o dia escutando, porra.

Quando cheguei na empresa, atrasado, de calças jeans, camisa clara social e um suéter por cima, com uma máscara escura para completar o lookinho, a primeira coisa que eu vi foi um Jackson Wang com uma cara de poucos amigos e um Dong-Won que deu saltinhos alegres quando me viu.

- Espero que me dê uma boa razão para eu não me levantar e te jogar daqui de cima. - O mais velho falou enquanto Dong corria até mim, abraçando minhas pernas.

- Bodia Markie!

- Bom dia, pequeno. Então, eu estou meio resfriado e acabei me atrasando um pouco por causa disso. - respondi, desconcertado. Wang apenas correu na minha direção, puxando Dong-Won para seu colo.

- Só não te boto para trabalhar lá fora porque o novo funcionário já chegou. Wonie não fique muito perto desse nanico, sim? - quase que eu vi meu cérebro de tanto que rolei meus olhos com a resposta do mais velho dali. Esse idiota acha que é quem?

No meu horário de almoço, eu iria chamar o novo funcionário para comermos juntos, assim teria mais alguém para falar mal do narigudo.

Andei até meu posto, me jogando na cadeira e passando álcool em gel nas mãos. O Wang era meio paranóico com doenças e germes então ele sempre mandava deixar um pote com o gel na mesa de todos os seus funcionários, se eu não estivesse doente, ele nem se importava muito, mas quando eu estava ele fazia questão de sempre vigiar se eu estava passando ou não a droga do álcool em gel.

- Você veio todo desajeitado, Mark. - Jackson disse e eu respirei fundo, reprimindo minha vontade de mandar meu chefe tomar no cu.

- É, eu sei.

- É só que você vem sempre arrumadinho, com os cabelos arrumadinhos, roupas arrumadinhas. - Ele disse e eu o olhei confuso. Desde quando esse narigudo repara se eu venho arrumadinho ou não?

- É o mínimo. Você também tá sempre de terno e cabelinho impecável. - Respondi, observando ele assentir, colocando Dong-Won no chão, que andou até onde seus brinquedos estavam jogados.

- É verdade, eu sou o chefe.

Nós continuamos nossos trabalhos em silêncio, a sala só não estava mergulhada no silêncio por causa dos efeitos sonoros improvisados de Dong-Won, que brincava com carrinhos e desenhava em alguns papéis em branco.

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Saí para o almoço, dessa vez sem o herdeirinho, já que o Wang tinha terminado sua reunião a tempo de levar o menor para almoçar. O mais velho parecia estar bem mais relaxado psicologicamente, ele costumava a chegar sempre estressado e ser facilmente irritável. Hoje eu nem tive que escutar mais de cinco reclamações, é um recorde!

Andei até o balcão onde meu novo colega de trabalho ficava, observando seus cabelos bem penteados e rosto bonito, trajava uma camisa social clara com dois botões abertos, mostrando um cordão dourado brilhante. Parecia concentrado no monitor à sua frente, já que tinha uma pequena ruga pressionada entre suas sobrancelhas bem feitas. Me apoiei no balcão escuro, vendo sua atenção ser voltada para mim, com uma feição relaxada.