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– Bom dia – A voz do Wang soou com um toque estranho de felicidade, eu estranhei, olhando pra ele com as sobrancelhas franzidas.

– Bom... dia. – Eu disse, desconfiado. Jackson estava sorrindo, em uma segunda feira, às 8:30 da manhã? – Você sabe que hoje é segunda feira, né?

– ...Sim? – Jackson disse, mudando sua feição de sorridente para sério, em fração de segundos. Rolei os olhos, observando ele se sentar em sua cadeira larga. Credo.

– Okay, você chegou bem cedo. Enfim, o Senhor Kim Junmyeon ligou agora à pouco, queria confirmar sua presença no jantar de noivado dele amanhã. Disse que viria aqui de tarde. Não houveram muitas ligações, já que ainda está cedo. – Eu disse, observando ele girar na cadeira, parecendo um idiota.

– Sim, okay. – O mais velho disse brevemente, observando o relógio que ficava em sua mesa. – Quando der dez horas me avise, tenho um compromisso.

– Sim, você tem. Uma reunião com a CEO da BAEBAE, Bae Joohyun, sobre a colaboração entre as marcas. – Eu disse, observando minhas anotações bagunçadas coladas no monitor, em pequenas folhas coloridas.

Ouvi o Wang bufar alto, observando alguns papéis em cima de sua mesa, com a cabeça apoiada em suas mãos.

– Cancele. Remarque. – Wang disse, fazendo um gesto de descaso. Eu suspirei, rolando os olhos. – Não me role os olhos, Mark.

– Essa reunião está marcada há semanas, Senhor Wang. Você sabe como a Senhorita Bae é com esse tipo de compromisso, é uma chance única. – Eu disse, passando minha mão no cabelo, cansado. Esse cara dá muito trabalho.

– Porra. – O narigudo resmungou alto, me fazendo rolar os olhos mais uma vez. Hoje não é meu dia. – Okay, preciso que faça um trabalho extra.

– Tá bom né, caindo mais grana no final do mês, tá ótimo. – Eu respondi, passando tudo que estava colado no monitor, para uma agenda no computador.

– Certo, você vai buscar o Dong-Won, na casa da avó dele. Eu juro, que se ele aparecer com algum tipo de desconforto no rosto, eu acabo com você e com todo o seu futuro. – O Wang disse, com um olhar perigosíssimo em cima de mim, eu apenas assenti.

O pequeno Dong-Won Wang... Como será que ele é? Será que ele tem a personalidade horrível dos pais? Não pense demais nisso, Mark.

– Okay, só preciso do endereço e do nome da avó dele. Não quero parecer mal educado. – respondi, bebendo um gole do meu café já morno, esperando uma resposta do mais velho que não veio.

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Andei lentamente pela rua vazia do bairro residencial de Jung-gu, observando o número das casas até chegar a que eu queria. Estacionei o carro em frente e saí do veículo pequeno, indo até o portão amadeirado. Chique.

Apertei na campainha e depois de alguns minutos, uma mulher que tinha algumas marcas do tempo no rosto apareceu com um sorriso, me observando com um pouco de curiosidade.

– Bom dia, Senhora Choi. Eu sou Mark Tuan, o Sr. Wang me mandou aqui para pegar Dong-Won e as coisas dele. – Eu disse, observando a mulher assentir, dando espaço para eu entrar.

– Ele não pôde vir pessoalmente? Jackson não é o tipo de pessoa que confia nos outros, ainda mais para pegar o Wonnie. – Ela perguntou e eu sorri, observando um garotinho parado na porta, vestindo um macacão bege e um moletom bicolor. Seu rostinho tinha uma expressão curiosa e ele carregava um pequeno bico nos lábios, a criança se parecia muito com o Wang, não dá para negar.

Andei até o garotinho, me abaixando até ficar na sua altura, ele riu um pouco, mas logo voltou a ficar sério, cruzando os bracinhos.

– Quem é, vovó? – Ele perguntou, tirando sua expressão séria e apertando minhas bochechas com suas mãozinhas, me fazendo rir um pouco.

– Esse é o Mark, veio te buscar para ir para a casa do papai. – ouvi a mais velha dizer e assenti, observando a atenção do garoto ir até a sua avó, depois voltar para mim, com um sorriso enorme.

– Olá, Dong-Won. – eu disse, vendo ele ficar eufórico.

– Eu quero ver o papai. – Ele disse indo para dentro da casa correndo.

A senhora Choi tocou meu ombro, indo atrás do garotinho, eu me levantei e a segui, observando a casa grande e bem decorada. Nós chegamos ao quarto grande de Dong-Won e eu o vi guardar seus brinquedos em uma pequena bolsa, vindo até onde estávamos assim que terminou.

– Vamo.

– É vamos, querido. – Sua vó o corrigiu, e o mais novo apenas assentiu. Parecia determinado quando levantou os bracinhos em minha direção, pedindo colo, eu não demorei a colocar ele em meus braços.

– Vamos.

Sua avó riu, indo até onde estavam as duas malas grandes, as pegando e pedindo para eu ir na frente, assim eu o fiz, passando pela casa grande e indo novamente até a calçada da casa. Chegando lá, a senhora Choi pegou Dong-Won no colo por algum tempo, o abraçando fortemente, deixando algumas lágrimas caírem por cima do sorriso que dava ao neto.

Cenas fortes, cenas fortes.

Eu coloquei as malas grandes e pesadas do mais novo dentro do porta malas apertado do meu carro, quando terminei, fiquei observando a despedida dos dois, sentindo meu coração aquecer. Preciso visitar minha mãe depois.

Após algum tempo, ela me entregou o pequeno e eu o coloquei no bebê conforto que o próprio Wang tinha comprado e ele mesmo tinha instalado no "carro pequeno demais que só cabe um anão como Mark".

A Senhora Choi me deu um abraço forte, chorando um pouco no meu ombro. Eu fiquei um pouco em choque, mas depois tentei conforta-la de algum jeito.

– Mark, promete pra mim que ele vai ficar bem, sim? Eu estou confiando em você, porque se o Jackson confiou, eu também posso. – Ela disse, segurando meus ombros e me olhando. – Ele gosta muito de sorvete de limão, mas odeia o suco. Seu suco favorito é de laranja, ele adora comida caseira e ama a batata frita do McDonalds, ele odeia refrigerante, só toma suco. Ele sempre acorda às 7:00 e sempre acorda com fome, ele merenda de novo às 9hrs e gosta de almoçar cedo. De tarde ele sempre gosta de comer biscoitos de leite com sorvete de limão e de noite ele come qualquer coisa. Tenho que te dizer que o Wonnie é uma formiguinha, só tem que cuidar com problemas dentários... Acho que é isso  querido. Cuide dele quando Jackson não puder, sim? Não me decepcione.

Eu sorri com a confiança e preocupação da mulher, me afastando dela e assentindo brevemente. Sem pressão. Sentei no banco do carro e passei o cinto, observando Dong-Won brincar com um pequeno carro pelo retrovisor. 

Ele não parece ser um mimadinho, e também não parece muito ter a personalidade dos pais. Graças à avó. Não vai ser tão difícil quanto eu imaginei.

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Baby Boss | MarksonOnde histórias criam vida. Descubra agora