BLOOD AND SOUL (LARRY VERSION)

SWEET BUT PSYCHO

1690

A corte das Fadas estava majestosa, vagalumes pontilhavam o salão. Trepadeiras forravam as paredes de Fanério. A rainha chamou pelo guerreiro - e seu filho, flores enfeitavam sua cabeça, plantas e seu cabelo ruivo estavam trançados de uma maneira humanamente impossível. Seu corpo era escultural, raízes enroladas tapavam-lhe os seios e finas raízes saiam dessa espécie rústica de sutiã e desciam em volta da cintura, descendo tortuosas até seus pés e se conectando por um tecido transparente e brilhante.

- O que desejas, Majestosa Rainha? - perguntou o guerreiro se ajoelhando aos pés de sua Rainha.

- Levante bravo guerreiro, hoje a sorte lhe sorriu. Tens uma missão invejável.

- Diga, Minha Rainha. Já estás a me deixar nervoso - disse Zabian ansioso.

- Você terá de matar um certo... mortal, pode se dizer? - Ela perguntou ao guarda ao lado, que assentiu. - Por enquanto, até onde sabemos, um mortal em transição para imortalidade. - disse Ela voltando a olhar seu fil-guerreiro Zabian com seus olhos ora castanhos, ora flamejantes.

- Mortal em transição? Como assim, Grandiosa Rainha? Não estou a entender? Pode explicar a seu mero servo? - disse ele, colocando a mão no peito.

- Claro. Esse mortal descobriu um segredo muito perigoso. Uma maneira de manter sua jovialidade eternamente. Quero que extraia o segredo desse mortal e depois... o mate.

- Como quer que eu faça isso? O torturando?

- Não seja tolo - disse Ela rispidamente - Ele tem certas proteções que nos impedem de nos aproximar dele. Você deve se aproximar dele e fazê-lo retira-las. Eu quero que você, com sua lábia e charme, o encante... não de uma forma mágica, claro. Quando digo encantá-lo é faze-lo se apaixonar por você.

Zabian arregalou os olhos. Claro, ele já conquistou algumas belas feiticeiras, mas sempre mulheres. Nunca um homem. Ele deu um sorriso malicioso. Seria uma nova experiencia.

- Como quiser, Poderosa Rainha. - disse ele, se virando para o portão, já pronto para partir para a Missão.

- Espere - disse a Rainha - Demorará dias até chegar à superfície. Chegue mais perto - falou a Rainha - Dê-me o Livro - dirigiu-se para um guarda que estava com um grande livro com folhas de papiro em mãos.

Zabian se aproximou, hesitante. Nem mesmo em situações muito especiais, como a derrota e expurgo dos elfos do subsolo, Ela deixava ele chegar perto.

A Rainha pegou o livro em mãos. Ver o soldado Zabian tão perto já lhe embrulhava o estomago. Mas ela precisava daquele feitiço o mais rápido possível. Ela ficou assombrada ao saber que havia uma magia que não conhecia. Ela. A Representação da própria magia. Ela precisava absorver aquele feitiço para retornar a plenitude de uma Entidade que sabe todos os segredos da magia.

A Rainha era gananciosa em relação a poder.

Os hieróglifos lhe pareciam tão familiares. E eram. Lhe transportavam para um tempo, agora longínquo. Quando Ela começou sua ascensão como Rainha das Fadas. Apenas uma inocente fadinha com tantos sonhos, com seu primeiro amor. Que, por acaso, tinha lhe dado esse livro. O livro com os primeiros feitiços. Feitiços básicos, como teleporte, ou levitação. Ela podia teletransportar seu guerreiro com um estalar de dedos. Mas ela gostava da sensação de segurar o seu primeiro livro de feitiços. Ela sempre arrumava uma desculpa para usá-lo. Não que ela já tivesse admitido isso.

As palavras ao saírem da boca da Rainha, tremeram o subsolo. Era o peso do uso dos primeiros feitiços. As primeiras palavras com significado mágico eram muito fortes.