𝑻𝒉𝒆 𝑷𝒓𝒐𝒑𝒉𝒆𝒄𝒚 ~ 𝑫𝒓𝒂𝒄𝒐 𝑴𝒂𝒍𝒇𝒐𝒚

Parasita

***  pov Draco Malfoy  ***

Eu estava conseguindo, eu sentia Mary, eu estava perto... Mas de repente alguma coisa aconteceu, senti algo estranho... Como se estivesse sido expulso ou expelido.

Tentei novamente, mas era como se ela não respondesse.

Eu não podia aguentar mais... Eles estão fazendo alguma coisa com Mary enquanto eu fico aqui, parado

Ja eram oito na noite, então vou ao encontro de Lectra, Vicente, Gregory e Beth

Andando pelos corredores eu só conseguia focar em minha raiva. Meu coração acelerava, comecei a suar frio, meu punhos estavam cerrados e meus dentes rangendo... Mary precisa de mim, enquanto isso eu não consigo pensar na porcaria de um plano estúpido para tirá-la de lá

-- Malfoy, ta tudo bem? -- Gregory interrompe

Como eu ja havia chegado a sala comunal?

-- Minha namorada está presa com Você-Sabe-Quem, eu não consigo pensar em nada para salva-la e sinto que tem algo de errado com ela... Estou bem -- falo rápido em um tom irônico. Eu não tinha paciência para perguntas idiotas

Olho ao redor e meus olhos encontram os de Oliver, encostado perto da parede

-- O que ele faz aqui? -- digo sem nem conseguir me mover, eu odeio Oliver, não seria tão ruim descontar isso nele agora

-- Mary é minha melhor amiga, vou ajudá-la -- ele diz tentando me confrontar

Quem ele pensa que é? Um jogador bosta de quadribol? Patético

-- Dá pra focar na Mary? -- Beth diz segurando na capa de Oliver

Ficamos a noite inteira falando sobre o plano, que no fim não seria muito difícil, sobrevoaremos a mansão, eu desço e faço um feitiço de névoa, pego Mary e saio. Bom, pelo menos todos nós estávamos esperançosos.

Eu estava voltando para o meu quarto quando sinto uma dor, se espalhando pelo meu corpo. Era semelhante a que senti no dia em que Sofie jogou a maldição em Mary...

Fui o mais rápido possível para meu dormitório, fiquei tentando falar com Mary até o amanhecer... Não tive resultados bons. No máximo consegui sentir a dor dela por cinco ou dez segundos, logo eu era ejetado para fora de sua mente. Como se eu fosse um parasita...

*** pov Mary King ***

Acordei em uma espécie de subsolo, eu estava deitada no chão de cimento, mas logo me levanto. Olho para minhas mãos e vejo correntes

Ouço passos vindo em minha direção, os sons ecoavam pelo lugar. Eu sentia como se qualquer mísero barulho fosse um instrumento de tortura

-- Ele está se esforçando -- Valdemort disse com uma voz calma -- Ele acha que a telepatia de vocês é um efeito da ... Profecia

-- Draco -- tentei falar, mas só consegui susurrar

-- A telepatia de vocês não é um efeito da Conecção, minha querida. Não seja tão idiota ao ponto de pensar que uma Profecia lhe traria coisas boas. Elas não trazem -- Valdemort parecia irritado -- Você tem um dom, e ele será muito bem utilizado por mim quando eu desejar

-- Eu... não vou... te ajudar -- digo com todas as minhas forças

-- Não enquanto for boa... Mas quando eu retirar cada sentimento bom de você, cada memória boa, vou te induzir a me ajudar... Você será perfeita -- ele ri ao terminar sua frase -- Um defeito da Maldição Imperius é que quando a pessoa quer muito resistir, ela pode. Mas quando ela não tem pelo quê lutar ela não resiste... Eu vou ser seu novo parasita... Quando você me for útil eu te chamarei... Mas vamos logo com isso, seus amigos vem te ajudar e você precisa estar pronta até lá

Valdemort inclinou sua varinha, a colocando em meu coração... Eu senti uma dor muito forte. Não era como se ele estivesse usando o "cruciatus" em mim... Era como se ele estivesse retirando algo meu... Eu gritei, mas quanto mais eu fazia, mais forte a dor ficava... Senti cada poro de meu corpo doer... 

A varinha de Valdemort estava brilhando, uma luz azul, como se esta luz estivesse saindo de mim e indo direto para ele...

Entendi o que ele estava fazendo... Ele estava tirando minha essência, ele estava retirando cada sentimento meu... me tornando uma rocha, sem nada por dentro...

Tentei resistir, tentei pensar em meus melhores momentos... Pensei em Draco... Lembrei do sorriso dele, lembrei de nossas conversas, nossos beijos... Mas tudo parecia estar se desfragmentando...

Eu gritei, pela última vez. A varinha de Valdemort se afastou de meu coração, ele pareceu resistir... O chão começou a tremer... As correntes se soltaram... Valdemort apenas se afastou

Eu apenas fechei meus olhos... Ouvi ele sussurrando algo, mas eu não entendi o que...

Apenas apaguei novamente...