𝑻𝒉𝒆 𝑷𝒓𝒐𝒑𝒉𝒆𝒄𝒚 ~ 𝑫𝒓𝒂𝒄𝒐 𝑴𝒂𝒍𝒇𝒐𝒚

Atos falhos

*** pov Draco Malfoy ***

Bosta. Se fosse para definir estes últimos 6 dias (desde que tive a conversa inutil com minha mãe na Floresta) esta seria a palavra ideal... Tirando o fato de que Parkinson e Dafne estão brigadas (logo elas não me seguem mais por todo canto) nada de bom aconteceu. Eu sabia que Mary fazia falta, mas não imaginava tanta... Seu sorriso alegre e sua voz levemente aguda porém doce foram abafadas pelas imagens grotescas de sua pele pálida e seu corpo caído sobre o chão, eu continuava a vê-la assim cada vez que fechava os olhos... Não sei o que me enlouquecerá primeiro: a falta de Mary ou minhas visões dela morta. Tudo isso era realmente uma bosta

As coisas em Hogwarts começavam a ficar diferentes, era possível ouvir milhares de murmurinhos por toda escola, e entre eles um nome sempre estava lá: "Você-Sabe-Quem"

Acho extremamente patético eles pensarem que se citarem o nome de Valdemort eles serão mortos ou algo do tipo. Pensando bem, nem vai ser tão ruim destruir esta escola

-- Vai ao passeio de trem? -- a voz encatarrada de Zabini ecoa

Neste momento eu e ele estamos na biblioteca terminando de fazer um trabalho sobre DCAT (que já é insuportável de se fazer sozinho, quem dirá com Blásio me enchendo o saco)

-- Sei lá -- digo indiferente, terminando de escrever meu nome com uma pena no pergaminho manchado

Eu sabia que os professores de Hogwarts queriam o máximo de alunos longe enquanto pensavam em algo a se fazer em relação a situação que começava a se propagar do Lord

Já era tarde, então apenas me levanto da cadeira e saio. Não perdi meu tempo indo falar nada com Blásio, não era necessário já que não temos muitos assuntos a não ser os papos de merda dele

Sigo até meu dormitório, que estava vazio, então apenas me jogo em minha cama e coloco meu travesseiro sobre meu rosto

Ainda eram 19 horas, mas eu apago depois de um tempo...

(...)

-- Malfoy -- uma voz masculina anasalada me faz despertar

Abro os olhos. O dia aparentemente não estava com sol e a pouca luminosidade que entrava pelas janelas fechadas eram abafadas pelas cortinas

Olho para o relógio na cabeceira da cama que já marcava 16 horas... "Como dormi tanto? Eu fui dormir cedo ontem" -- pergunto a mim mesmo internamente

Vicente me cutucava no ombro

-- Não viu que eu já acordei porra? -- pergunto me levantando rápido e me dirigindo ao armário em busca de alguma roupa melhor do que a que eu estava

-- Desculpa... O trem vai sair daqui uma hora, eu acho -- ele diz recuando -- Sabe algo de Mary?

Sua voz agora buscava aprovação. Ridículo. Eu não estava de bom humor e ele me faz perguntas que eu definitivamente não tenho respostas

-- Se eu soubesse não acha que ela já estaria aqui comigo filha da puta? -- digo ríspido pegando uma blusa preta e uma calça preta do antigo armário

-- Sabe aparatar? -- ele continuava a dizer

-- Não sou um bocó, óbvio que sei -- digo saindo do quarto e batendo a porta antes que Vicente pudesse ter outra oportunidade de tagarelar mais alguma coisa insignificante

Tomo um banho gelado e desço para o salão que estava cheio

Blásio e Pansy estavam sentados sobre a mesa da Sonserina. Pego uma maçã verde que estava na ponta, perto de uma fruteira