12. Nostálgica melodia

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- Acorda! Vamos chegar atrasados! - gritou Sophia sacudindo seu mestre.

Lucius grunhiu algo incompreensível e se virou para o lado, cobrindo a cabeça com o lençol.

Sophia bufou irritada.

- Eu não quero perder a chegada das armaduras! - protestou ela sacudindo-o novamente – Vai ter um monte de gente e não quero ficar atrás!

- Me deixa em paz, peste! - gritou ele jogando um travesseiro nela, do qual a menina desviou-se sem muita dificuldade. Ele realmente estava com sono, se não conseguia acertar um travesseiro nela.

- Eu não tenho culpa se o senhor ficou namorando até mais tarde ontem! - ela pegou o travesseiro que ele jogou nela e começou a bater nele – Então levanta logo!

O dia anterior tinha sido o início das festividades pelos dez anos da vinda de Athena, mas seria aquele dia em que as maiores comemorações aconteceriam. Cavaleiros e amazonas do mundo inteiro se reuniriam ali, uma oportunidade única para conhecer grandes nomes entre os defensores. Corria um boato que o antigo cavaleiro de Áries, Kiki, viria ao Santuário depois de anos de ausência. Sophia soubera que ele podia dizer qual seria sua constelação protetora apenas pela vibração de seu cosmo. Todavia, a pessoa mais aguardada era Cassandra de Taça, a amazona reclusa que podia mostrar o futuro de qualquer um que olhasse dentro da taça de sua armadura. E a menina queria chegar cedo para vê-los em primeira mão, mas seu mestre escolhera logo aquele dia para bancar o preguiçoso.

Teria que tomar uma atitude mais enérgica.

Sophia colocou o travesseiro de lado, se levantou e olhou para seu mestre, em sua cama baixa, todo coberto como uma lagarta num bulbo. Sorriu perversamente. Deu dois passos para trás e pulou, com o cotovelo nas costas dele. Pego de surpresa, Lucius gritou de dor, antes de atirar a menina com fúria do outro lado do quarto. Sophia bateu dolorosamente na parede e caiu no chão.

- Você tá louca, peste?! - gritou ele sentando-se na cama.

No chão, Sophia sorriu, ainda que a dor fosse grande. Valera totalmente à pena.

Sentado na cama, Lucius massageou as têmporas.

- O sol acabou de nascer, Sophia. - reclamou com os olhos fechados – As festividades vão demorar pelo mesmo duas horas para começar.

Sophia se sentou no chão onde caíra, sem nenhuma sequela do ataque do mestre. Lucius já batera bem mais forte nela por muito menos.

- Eu quero estar lá! - exclamou, decidida – Quero ver os cavaleiros e amazonas chegando! E as armaduras também!

Lucius a encarou por um momento.

- Por que não vai sozinha e me deixa dormir? - resmungou.

- Porque o senhor é meu mestre e tem que me apresentar os cavaleiros e amazonas legais! Eles não vão me dar ouvidos se eu estiver sozinha! - ela cruzou os braços – E do jeito que as pessoas se surpreendem ao saberem que senhor é meu mestre, talvez nem acreditem se eu falar! - havia um tom de reprovação na fala dela.

- Interesseira. - acusou ele.

- Preguiçoso! - devolveu a menina.

Se encararam por um segundo e então sorriram um para o outro.

- Se vou ser acordado tão cedo, quero meu café pronto quando sair do banheiro. - falou ele jogando as cobertas para o lado e se levantando.

- Quem é o interesseiro agora? - questionou ela se levantando também.

A Égide de AthenaOnde histórias criam vida. Descubra agora