Kitty Gang e o Tatuador (YoonMin)

Capítulo Quatorze;

Park Jimin se desligou por alguns longos minutos, não sabia bem o que dizer. Sempre foi uma pessoa muito sincera, mesmo sendo um criminoso, mentir não era um dos seus princípios.

— Bom, a verdade? — indagou acariciando os fios negros de Yoongi.

— Sim, a verdade, apenas a verdade. — comentou mordendo o lábio inferior. — Quero saber onde estou pisando, Jimin.

Park acabou por rir baixinho, focou seu olhar no de Yoongi, e por alguns minutos se sentiu perdido. Nem mesmo ele sabia o que Min era para si.

— Eu não sei. — comentou ainda fazendo carinho nos cabelos alheios.

— Obrigado. — o mais novo sussurrou. — Por dizer a verdade.

— Yoongi, tem muitas coisas sobre mim que é melhor você não saber. — beijou a testa do outro. — Não me faça perguntas, huh? — Park completou.

O tatuador apenas confirmou minimamente, se encaixando ainda mais no abraço alheio, sentindo o perfume forte de Jimin.

— Certo. — sussurrou.

— Eu preciso ir agora, bebê. — Jimin comentou enchendo o rosto do tatuador de beijos. — Não faz essa carinha. — o de cabelos loiros resmungou.

— Vai sumir durante todo o dia, e quer que eu faça que cara? — Min perguntou em um tom chateado, sentando-se em seguida. — Agindo dessa forma nem pareço um ficante.

— Aish, Yoongi. — o mais velho resmungou sentando-se também. — Você não está definido, e vá por mim, isso já é algo bem avançado.

— Tudo bem, me desculpa, a gente nem se conhece, entendo se isso for apenas um lance. — ditou com um meio sorriso.

— Tenho que ir, o assunto começou a ficar meloso demais. — Park levantou e se vestiu.

— Meloso? — olhou-no com uma cara brava. — Quanto exagero.

Park Jimin depositou um selar nos lábios fininhos de Yoongi e saiu.

“Você nem sabe onde está se metendo, garotinho!” Park pensou enquanto descia para o andar onde ficava o estúdio.

— Ah, quem é você? — um dos tatuadores que trabalham com Yoongi perguntou.

— Sou o… — encarou o rapaz.

O mesmo parecia ser mais jovem do que si, cabelos tingidos de vermelho, algumas tatuagens pelo corpo.

— Eu que pergunto, quem é você? — indagou arqueando a sobrancelha.

— Me chamo Jay, trabalho aqui, Min Yoongi é meu chefe.

— Ótimo, você só precisa saber que se tiver algum pensamento impuro pelo seu chefe, eu vou te deixar sem meio de reprodução! — sorriu de um jeitinho fofo, e deus um leve tapinha sobre o ombro de Jay.

— Mas eu sou hétero. — ditou ao ver o mais velho sair.

— O que ele disse pra você? — Yoongi perguntou após ver a cara incrédula do empregado.

— Disse que se eu pensasse em você de outra maneira, ele ia me deixar sem meio de reprodução. — franziu o cenho. — Quem é ele?

Min riu baixinho, não sabia explicar, no entanto, estava se sentindo tão feliz por saber que Jimin sentia ciúmes da sua pessoa.

“Então você realmente gosta de mim!” o tatuador pensou, quase saltitando pelo estúdio.

— Vamos trabalhar, cambada! Ninguém ganha dinheiro de graça. — falou alto batendo palmas. — Quero minha agenda bem cheia hoje. — complementou e foi para a sua sala esterilizar as maquininhas.

Park seguiu diretamente para sua mansão, já havia um bom tempo que não ia lá, no entanto, se queria descobrir quem era o agente da noite anterior, era lá que tinha os equipamentos certos.

— Oi, Taehyung? — indagou.

— Hum? — o de cabelos castanhos resmungou do outro lado da linha.

— Preciso que me encontre na mansão em meia hora, aconteceu algo ontem que me deixou bem intrigado.

Após desligar o celular, ficou um tanto pensativo, se o governo estava novamente atrás do Kitty Gang, ou melhor, de Park Jimin, isso significava somente uma coisa, teria que se mudar de cidade novamente.

09:30 a.m.

Kim ficou apenas fitando o celular em mãos, e se perguntando o que de tão grave aconteceu para deixar Jimin tão agitado.

— O que houve, Tae? — Jungkook perguntou baixinho, servindo um milkshake para o mais velho.

— Ah, meu chefe, ele precisa de mim. — Kim respondeu. — Acho que vou ter que levar para a viagem.

— Aish! — Jeon resmungou fazendo bico.

— Não fica assim, quando eu terminar meu trabalho eu venho te ver novamente. — falou animado.

— Que tal sairmos hoje?! Bom, pode ser um “encontro de casal”. — Jungkook propôs.

— Como assim? — Taehyung indagou confuso.

— Eu levo meu irmão, e meu irmão leva o peguete dele. — deu de ombros. — O meu irmão vive enfurnado dentro de um estúdio de tatuagens, ele precisa se divertir um pouco. — falou animado.

— Gostei da ideia. — se levantou. — Então, depois me manda o horário e endereço. — falou um tanto envergonhado. — Tchau… — antes que o mais velho terminasse de falar, Jeon apenas roubou-lhe um selinho.

— Já disse; A vida é curta, apenas viva.

10:02 a.m.

— Está atrasado. — Jimin resmungou cruzando os braços. — Muito atrasado, onde estava?

— Com um amigo. Aliás, o que de tão importante te fez vir aqui...do nada? — indagou curioso.

— Um agente.

Kim arregalou os olhos rapidamente, ficou boquiaberto, aquela informação era no mínimo muito estranha.

— Como? — coçou a nuca. — Como assim um agente?

— Senta. — apontou para a cadeira na frente do computador. — Olha, lembra do tal CEO que você me falou?

— Lembro.

— Era uma cilada. — suspirou. — O filho da mãe nem era um CEO. Ele era um agente, alguém muito bom.

— Bom? — franziu o cenho. — Bom quanto?

— Capaz de lutar de igual a igual com katana.

Se antes Kim Taehyung não estava entendendo nada, agora muito menos. Jimin era o melhor em katana, e disso ela não tinha dúvidas ao falar.

— Mas só tinha uma pessoa boa suficiente pra lutar assim com você.

— Eu sei, e aí é que está. — mordeu o lábio inferior. — O perfume que esse agente estava usando era muito familiar, eu me lembro dele.

— É só um perfume, Jimin, qualquer um pode ter.

— Sim, sei. Mas o jeito que ele lutou não me era estranho, e pelo número de identificação do mesmo dá pra saber que ele estava na mesma área de treinamento.

— Filho de uma mãe! — Kim esbravejou. — Então só pode ser.

— Sim, eu não tenho nenhuma dúvidas, dessa vez quem está atrás de mim, não é ninguém menos do que Jung Hoseok!

— Por céus. — Taehyung ditou se jogando com tudo sobre a cadeira. — Estamos ferrados?

— Bom, estou sentindo que sim. — sorriu.