Isolde Elysian nasceu em uma realidade caótica no mundo Feérico. Além de Hybern e Prythian, em um continente afastado do mundo humano, o terror cai para os habitantes daquele mundo e todos viviam em medo e dor. Criada paga sobreviver na pior realida...
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𝐈𝐬𝐨𝐥𝐝𝐞 nunca admitiu para sua mãe, mas ela odiava as roupas que usavam. Era mais fácil para correr com elas, claro, mas ainda sim às vezes elas chegavam a machucar sua pele. Ela nunca imaginou que no futuro usaria vestidos que deixariam sua mãe envergonhada de olhar. E Isolde odiou ainda mais.
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ISOLDE ELYSIAN
Todos partiram para a corte de Thesan naquele dia, planejando sobre o que Kallias havia dito ontem, "Sobre Hybern". Claro, o submundo não tinha a acalmado mesmo quando ainda estava presente para observar. Todos queriam agradar Hybern, esse conhecimento não fugia de minha mente. Mas nunca soube o motivo até ouvir deles mesmo usando a audição que mesmo os Feéricos ali possuíam.
Viviane, a mulher de ontem, decidiu que eu seria uma convidada dela durante o tempo ali e na própria corte crepuscular. Kallias pareceu insatisfeito, mas não rebateu a decisão da parceira. Beron não parava de argumentar sobre o quão difícil foi me capturar por eu ser uma bruxa e que deveria ser incendiada junto com toda minha terra natal. Ainda estou confusa se Beron é só um filho da puta qualquer, ou se sua paranóia é algo bom... Pelo menos ele mantinha controle de sua corte e conseguiu previnir ataques. Isso era o suficiente, acredito.
— O que acha?
Morrigan, ainda que da corte noturna, não saiu de perto de Viviane em todo tempo que estive ali — e acredito que ainda antes. E claro, onde a loira estava em seus momentos de folga, ela arrastaria a Grã-Senhora de sua corte junto (que eu descobri ser a famosa Quebradora da Maldição, Feyre Archeron).
O vestido que ela me colocou era deslumbrante para qualquer um em sã consciência, mas eu nunca fui fã de vestidos. Passei a mão pelo tecido vermelho, largo na saia mas quase como uma segunda pele na parte da cima. Não haviam decotes nele e me lembravam os vestidos das cortes do meu lado do oceano.
— É lindo, obrigada. — Digo, sorrindo para ela através do espelho. Era verdade que ele era bonito, mas a falta de menção se gostei ou não nunca passaria despercebida por alguém como Mor (apelido pelo qual ela insistiu que eu a chamasse).
— Você disse que vinha de outras terras, não? — Perguntou a Grã Senhora, com total curiosidade.
— Hn. — Aceno positivamente, me virando para olhar ela cara a cara. Feyre não parecia se importar com o que tinha naquelas terras, e sua curiosidade era seu único motivo para perguntar sobre. Talvez ela não tenha viajado muito?
— Como era? — Continuou. — Quero dizer... Nunca ouvi falar sobre uma terceira terra que não seja Hybern ou seus aliados mais próximos.
Debato comigo mesmo se devia contar como minha casa era, se deveria ser sincera ou não. Meu sorriso desapareceu tão rápido quando surgiu durante nossas conversas anteriores no quarto de Morrigan na corte Outonal. Notei que todos da corte noturna odiavam Beron e seus filhos, assim como Morrigan parecia ser menos bem vinda que qualquer outro de sua corte (e das outras também).
