Capitulo Vinte e Quatro: Destino ou Coincidência?

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John Miller

Assim que eu vi o olhar de dor da Micaela me senti um idiota, ela tinha o direito de expulsar da casa dela depois do que eu falei, então eu não esperava nada que amanhã eu acordaria sem um lugar para ir dormir, eu estava com tudo tão corrido que nem procurei um apartamento pra mim. Suspirei e estava indo falar com ela para pedir desculpas, mas mudei de ideia e resolvi sair, eu iria para a casa do Jonathan, tenho certeza que lá eu esqueceria das coisas.

Assim que cheguei lá, ele estava dando mais uma de suas festas bem barulhentas, mas assim que ele me viu veio correndo e me puxou.

- John! Você veio!

- Eu vim, Eu tô precisando beber um pouco.

- Veio ao lugar certo - ele piscou e me entregou sua mistura que tinha feito no copo, eu cherei um pouco e fiz uma cara nada boa, mas nem liguei e botei pra dentro, ele ficou surpreso por mim ter virado a bebida - você tá bem?

- Tô cara, se preocupa não - sorri para ele e sai indo para pegar mais bebida, mais acabei esbarrando em alguém que eu segurei para não cair, me surpreendi ao ver a médica do meu pai ali. Olhei para ela confuso, ela me deu o mesmo olhar.

- John né? - ela perguntou.

- Isso, Rose né?

- Exato - ela sorriu - o que faz aqui?

- Jonathan é meu amigo, eu resolvi desestressar também, e você?

- Eu meio que acabei de sair do meu plantão e tenho dois dias de folgas e minha amiga me chamou para vir aqui, eu aceitei, mais ela me deixou de vela - ela sorriu sem graça.

- Que tal a gente sair pra um outro lugar então?

Rose era uma mulher linda, eu tinha na minha cabeça que eu poderia conhecer uma outra pessoa e esquecer a Micaela, tá claro que ela não quer nada comigo, principalmente depois do que eu fiz. Rose me olhou e assentiu, tava na cara que ela não queria ficar ali. Jonathan me viu saindo com ela e abriu a boca chocado, fez um movimento obceno com a pélvis como se tivesse metendo em algo o que fez as pessoas ao redor dele rir, fui rápido em tirar a Rose de lá. Passamos em um mercado comprando um vinho e copos descartáveis, logo depois sentamos no banco da pracinha que tinha ali perto do e abrimos o vinho. Rose riu.

- O que foi? - perguntei.

- Gastamos um dólar por copos descartáveis enquanto podemos tomar no gargalho.

- É a vida - falei e bebi um pouco do vinho barato que compramos - tá quente.

- É uma pena, acho que vamos ficar bêbados rápido.

- Também acho - falei sorrindo vendo ela beber um bom gole e fazer uma careta fofa.

- Coincidência a gente se encontrar né? - ela disse olhando para os carros que passavam na estrada.

- Muita, até diria que foi destino - falei rindo e tomando mais um gole, ela me olhou e balançou a cabeça.

- Esse negócio de destino não existe, amor a primeira vista muito menos - ela disse e me olhou, acho que pela cara que eu fiz ela percebeu que eu não concordava com ela - Você acredita?

- Sim, acredito - falei e sorri desviando meus olhos dela. Micaela e eu éramos a prova disso, ou talvez não, eu poderia estar enganado. Talvez a gente nunca foi feito um para o outro.

- Por que você acredita nisso?

- Eu acredito por que o amor dos meus pais foi basicamente isso, deu certo com eles, queria que desse comigo também.

Destinados A Ficar JuntosOnde histórias criam vida. Descubra agora