(seis)

521 69 332
                                    

– Lily –


Dorcas parou o carro na frente da minha casa.

Como eu não era uma fantasma que podia simplesmente aparecer nos lugares, eu ainda dependia de carros e caronas.

Peguei o meu suposto projetor e saí do carro, me dirigindo para o porta-malas, onde estava o meu teclado.

As duas vieram atrás de mim, para me ajudar.

– Eu só queria dizer, mais uma vez, que vocês arrasaram muito – Lene disse.

Sorri.

Dorcas concordou com a cabeça.

– Obrigada – murmurei. – Eu fico muito aliviada agora que vocês também sabem dessa maluquice toda.

Elas riram.

– Realmente, é uma maluquice – disse Dorcas.

Lene deu de ombros.

– É uma boa maluquice.

Assenti.

– Tem sido ótimo – murmurei.

Lene sorriu.

– É bom te ver feliz assim.

Sorri.

– Valeu, Lene.

Elas me ajudaram a colocar minhas coisas perto da porta da minha casa. Não era muito pesado, mas eu não conseguiria carregar tudo sozinha.

A desvantagem de ser a única viva na banda era ter que fazer esse tipo de coisa sozinha. Os meninos estavam ficando melhores em encostar e levantar objetos, mas eu não confiaria meu teclado a eles. O medo de que ele se espatifasse no chão era maior do que a minha confiança na habilidade deles.

– Obrigada, gente – murmurei. – Eu consigo guardar a partir daqui. Vocês querem entrar?

– Não, Lils – Dorcas respondeu. – Acho que quero ir pra casa descansar.

Assenti.

– Estávamos pensando em sair amanhã – murmurou Lene. – Vamos? Ainda não decidimos se queremos ir para um bar, ou uma festa...

– Poderíamos ir pro Slytherin – sugeriu Dorcas. – Lily pode convidar Amos.

Lene riu.

Franzi o nariz e cruzei os braços.

– Acho que vou ficar em casa – respondi.

Lene suspirou.

– É sexta-feira, Lily! – ela exclamou. – Vamos sair!

Dei risada.

– Eu combinei com James que iriamos assistir Star Wars – dei de ombros. – Ele não viu nenhum dos filmes novos. Eu quero ver a reação dele com aquela bagunça.

Ambas se entreolharam e Lene mordeu o lábio.

– Amiga, você está apaixonada por um fantasma? – Lene perguntou.

Arregalei os olhos.

– O que? – perguntei.

– Você quer ficar em casa, numa sexta-feira, assistindo filmes com ele...

Revirei os olhos.

– Nós somos amigos! – protestei. – Eu só estou mostrando para ele alguns filmes!

The Edge of GreatOnde histórias criam vida. Descubra agora