SAVANNAH NUNCA achou que algum dia abandonaria Uagadou, afinal normalmente os bruxos começam em uma escola e terminam nela até seus dezessete anos. Savy achou que também seguiria esse mesmo padrão, já que tinha começado nela. Ela nunca parou para pensar muito nas outras escolas de magia que existiam pelo mundo, gostava de estudar na Uagadou e amava o edifício que era esculpido em uma montanha, que ficava envolta de uma neblina que parecia sempre flutuar no ar.
Quando Savannah completou seus 11 anos — na mesma noite em que fora dormir ela recebeu um mensageiro do sonho avisando que ela havia entrado para a escola. Quando ela acordou havia uma pedra inscrita em sua mão, com seu nome e endereço. Ela nunca conheceu seu pai, apesar de ter algumas lembranças dele e de ter diversas fotos que sua mãe deixara — Savannah de fato não fazia muita questão disso, já que ele a deserdara. Mas, por incrível que pareça quando chegou aos seus ouvidos que Sirius Black havia fugido de Askaban ( vulgo o que era para ser a melhor prisão de bruxo de todo o mundo ) Savannah sentiu uma vontade incomensurável de conhecer o único parente vivo de sua família que restava. Antes de sua mãe morrer, ela ouviu histórias sobre Sirius — todas as aventuras que eles viveram em Hogwarts — e apesar de Savannah também não se lembrar muito dele, alguma coisa em seu coração parecia lhe pedir para o conhecer. Mesmo que todos os bruxos existentes achassem que ele era um seguidor fiel de aquele-que-não-deve-ser-nomeado, coisa que Savannah duvidava bastante.
Todavia, o diretor da Escola de Magia Uagadou conversou com o diretor de Hogwarts, que mais tarde Savannah descobriu chamar Dumbledore ( outro bruxo bastante poderoso ). Ela nunca fora muito fã das coisas que aconteciam no mundo bruxo, normalmente acabava descobrindo as fofocas pela boca dos colegas. Outras vezes pelo Profeta diário, que acreditem ou não, também havia na África.
Agora ela estava ali no famoso Castelo de Hogwarts, o qual lhe deixou boquiaberta com toda aquela estrutura. Seu terceiro ano letivo acabava de se iniciar, ela provavelmente se sentiria mais desconfortável do que já estava se sentindo, já que todos ali já se conheciam e ela seria a intrusa por assim dizer.
Em uma mão ela puxava sua mala, tentando subir os enormes degraus da escadaria do Castelo. Uma parte de seu subconsciente estava meramente distraído, pois Savannah continuava pensando no que de fato estava fazendo ali — o medo da rejeição começou a crescer em seu peito de uma maneira descomunal. Não que em sua antiga escola fosse popular ou alguma coisa do tipo, a verdade era que lá pelo menos ela tinha um ou dois amigos a qual sempre podia contar. Agora estava sozinha, como sempre fora. Não havia mãe, pai, nem ninguém conhecido para que pudesse lhe fazer se sentir menos indesejada. Não tinha nada ao que se apegar, tirando o fato de seu suposto tio estar sendo procurado.
Savannah empurrou a mala com um pouco mais de força, estava indo para o último degrau, já conseguia ouvir a conversação de algumas pessoas um pouco afastado dali. Então com sua mão esquerda Savannah forçou a mala para o último degrau, só que seus cálculos foram supostamente feitos errados já que sua concentração estava totalmente perdida em seus próprios pensamentos. Metade da mala fora apoiada sobre o degrau, mas no instante em que ela soltou a mão achando que sua bagagem estava totalmente apoiada — a parte de trás da mala, mais especificamente a pesada — tombou para trás, para cima de si.
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HARRY POTTER, and the girl who knew too much (em breve)
FanfictionA GAROTA QUE SABIA DEMAIS | A verdade é algo peculiar. Você pode tentar escondê-la, mas ela sempre acaba voltando à tona. Fazemos de uma mentira a nossa verdade, para sobreviver. Tentamos esquecer. Até não ser mais possível. Não conhecemos nem metad...