02 | O SINISTRO

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A PRIMEIRA semana de Savannah em Hogwarts estava bem longe de ser tudo aquilo que ela imaginou, foram mais de dezoito vezes em que sentiu falta de Uagadou

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A PRIMEIRA semana de Savannah em Hogwarts estava bem longe de ser tudo aquilo que ela imaginou, foram mais de dezoito vezes em que sentiu falta de Uagadou. Não que odiasse totalmente Hogwarts, apenas a maneira que algumas pessoas faziam questão de falar dela. Apesar de já ter diminuído bastante todos os palpites errôneos sobre ela estar ajudado Sirius, Savannah ainda se sentia meio oprimida quando andava pelos corredores. Passava maior parte do seu tempo na biblioteca estudando sobre as antigas famílias, já que em Uagadou não havia muita coisa sobre os Blacks e nem das outras coisas que estavam ligadas a ela. De fato, evitar pessoas era seu maior dom. Ela conseguia se esconder por brechas pequenas, corredores e até atrás das estatuas. Apesar de ter sido dedurada várias das vezes por Pirraça. Entretanto, Savannah ainda não havia feito muitas amizades — já que a maioria dos estudantes estavam interessados em sua ligação com Sirius — o que facilitava bastante a menina querer se esconder.

Então quando estava descendo para a sua primeira aula do dia que seria Adivinhação, Savannah estava ocupada demais com os próprios pensamentos — relembrando cada palavra do que estudara na noite passada — e segurando seus livros de uma maneira totalmente banal. Ela correu os olhos avulsos pelo corredor cheio, e acabou por derrubar seus livros quando uma pessoa passou ao seu lado. O garoto lhe olhou com o típico ar de desdém que ela já deveria estar acostumada e falou.

— Esses olhos bizarros, não funcionam, não? — esganiçou Malfoy, franzindo o nariz em uma expressão ridiculamente feia.

Quando Savannah se preparou para retrucar, o garoto já havia dado as costas e seguia o caminho em direção a aula.

— Não ligue para ele não. É um idiota. — Hermione disse calmamente, aparecendo ao lado dela.

Ao mesmo tempo em que o garoto ruivo que estava com a menina abaixou e pegou os livros que Malfoy havia derrubado.

— É, ele é um babaca. — comentou Rony, entregando os livros na mão de Savannah.

— Ah, obrigada. — agradeceu meio constrangida — Mas, talvez ele tenha razão. Meus olhos bizarros não devem funcionar corretamente

— Algo ser diferente não significa que é bizarro. — disse Harry, que vinha logo atrás dos dois amigos. Ele parou olhando para os olhos de cores divergentes de Savannah por alguns segundos, depois se virou para os outros dois — Vamos nos atrasar.

— Adivinhação, também, né? — Hermione perguntou a ela, ao mesmo tempo em que os quatro davam passos para a aula. 

Savannah concordou com a cabeça, se sentindo atordoada com aquilo, pois havia sido a primeira vez em sete dias que Harry havia se dirigido a ela totalmente — e ela se obrigou ao impulso de querer dizer a ele mais uma vez que não estava ali para o matar, nem nada parecido. Mas, por fim, ignorou novamente e continuou andando ao lado de Hermione. Assim que eles chegaram, o alçapão já estava aberto e a escada prateada totalmente visível aos olhos deles. Os quatro subiram em completo silêncio, chegando na sala mais esquisita que já haviam tido aulas. Era a segunda aula de Savannah naquela sala, e estava perfeitamente igual a outra vez. O calor era sufocante, e a lareira estava acesa mais uma vez.

HARRY POTTER, and the girl who knew too much (em breve)Onde histórias criam vida. Descubra agora