05: Se Seus Amigos Se Chamam Seungcheol e Mingyu, Corra Imediatamente.

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Sabe, umas das coisas mais aleatórias que aconteceu na minha vida foi a minha amizade com o Seungcheol e Mingyu

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Sabe, umas das coisas mais aleatórias que aconteceu na minha vida foi a minha amizade com o Seungcheol e Mingyu. Tipo, foi algo bem inusitado. Os conheço desde que mudei para Seul e é isto que eu vim contar hoje: Como surgiu a minha amizade com as duas pessoas mais importantes da minha vida.

***

Eu tinha acabado de chegar a Seul. Mamãe tinha conseguido uma casa mais perto do centro da cidade e no bairro que morávamos, por incrível que pareça, não era tão movimentado.
Eu estava brincando com meu bonequinho do Hulk, solitário; fazia uns sons estranhos com a boca, imitando os efeitos sonoros de uma luta, mas parei quando vi um garoto com uma blusa vermelha do Homem de Ferro e uma capa do Batman na minha frente. Desviei o olhar para cima encarando o ser a minha frente e uau.
Ele era lindo. Tinha uma pele um pouco mais bronzeada do que a minha, era tão lindo seu tom de pele, ele tinha aquele cabelo em um tom de marrom escuro, quase preto — o corte era ridículo, não favorecia mesmo. Parecia uma cuia. Horrível! — e os olhos da mesma cor, e eu acho que fiquei meio balançado quando ele sorriu pra mim. Ele me lembrava tanto um cachorrinho, não sei se isso é normal.
— Oi. Meu nome é Kim Mingyu. Qual o seu? — Ele disse ainda com o sorriso no rosto.
— Oi, Mingyu. Sou o Boo Seungkwan. Você pode me chamar só de Seungkwan ou de Boo, ou de Kwan. — Soltei uma risadinha e bati no chão, o convidando para sentar ao meu lado. Não tinha percebido que ele estava com um boneco do Homem de Ferro na mão e na outra do Batman. Isso explica parcialmente a sua roupa.
— Certo, eu vou te chamar de Boonnie. — Olhou pra mim com cara de cachorro sem dono. — Daí você pode me chamar de Gyu ou… ou Minnie. — Terminou extremamente agitado. Um fofo.
—  Ok então, Minnie. Qual a sua idade?
—  Eu tenho dez. E você, Boonnie?
— Tenho quase dez. Faço aniversário dia 16 deste mês. E você?
— Dia seis de abril. Mas diz aí, vai ter festa no seu aniversário?
— Não sei. Mamãe quer fazer uma, mas não ainda não é certeza. Ah, você quer entrar, Minnie? Aí eu te apresento minha mamãe e te mostro meus brinquedos pra gente brincar. Você quer?
— Eu quero. Mas antes eu tenho que pedir a minha mãe, e você vem comigo pra eu poder te apresentar ela.
Levantei e fui logo atrás do menino e tudo fez sentido quando ele entrou na casa a frente. Obviamente ele não moraria tão longe pra andar assim na rua e ainda mais sozinho.
Lembro de entrar naquela casa e sentir o cheirinho bom que vinha do incenso de lavanda e ver o quanto a casa era moderna e grande, e bonita. Até hoje aquela casa me faz sentir um riquinho só por já ter usado a piscina e a banheira de hidromassagem que tem no banheiro.
Assim que entrei na cozinha e vi aquela mulher de cabelos longos e pretos,  com um vestido vermelho rodado, quando ela me viu junto a Mingyu abriu um sorriso tão lindo e tão parecido com o do garoto ao meu lado, eu fiquei encantado. Nossa sério, a mãe de Mingyu é a própria afrodite de tão linda, tá explicado a beleza exuberante dele.
— Oh, quem é essa gracinha? — Se aproximou e abaixou um pouco o corpo em minha direção sorrindo. Me senti ainda mais envergonhada do que já estava quando ela apertou minhas bochechas e sussurrou que eu era fofo.
— Sou o Seungkwan. — Gaguejei como um idiota.
— Mamãe, eu posso brincar com o Boonnie na casa dele? É a casa da frente.
Ela endireitou a postura e sorriu mais ainda e olhou pra gente com uma cara estranha. Naquela época eu não sabia e nem entendia, no entanto, agora eu sei o que é um olhar sugestivo, ela sempre faz isso quando fico abraçado por tempo demais com o Gyu ou quando eu vou dormir na casa deles e durmo com o ele. Em minha defesa, nem eu e nem o Mingyu sabemos dormir sem abraçar algo, resultando nos dois totalmente agarrados enquanto dormem. (Eu juro que é só isso).
— Boonnie, é? — Soltou um risinho.
— Mãe! — Exclamou Mingyu, envergonhado.
— Mas por que Boonnie?
— Ah, é porque meu nome é Boo Seungkwan. É meio que um apelido.
— Tudo bem meninos, podem brincar. E Kwan, da próxima vez peça a sua mãe pra deixar você brincar aqui. Ela é um amor e você é um fofo.
— A conhece?
— Conheci hoje mais cedo no caminho de volta do supermercado. Conversamos um pouco e eu até disse para virem jantar aqui um dia desse. Bom, a proposta está de pé.
— Entendi… até outro dia, Senhora Kim. — Acenei sorrindo e andei até o outro lado da rua com Mingyu, olhei para os dois lados opostos para ver se não vinha nenhum carro ou moto antes, claro. Mamãe me ensinou isso já faz muito tempo.
— Mas então, qual é a da tua roupa?  
— O quê…? Ah, é em homenagem ao Tony e o Bruce. Gostou?
— Achei estranho, mas até que gostei. — Rimos cúmplices.
Entramos em casa e gritei por minha mãe que respondeu logo em seguida, dizendo que estava no quintal. Puxei a mão do meu novo amigo até a cozinha, abrindo a porta que dava para o quintal.
— Mamãe. — Chamei baixinho.
— O que foi, meu anjo? Pode falar... Ah, Olá! — Minha mãe se virou e pereceu perceber só agora o altão do meu lado. Mingyu se curvou e respondeu de volta.
— Eu sou o Mingyu e eu queria saber… se eu posso brincar com o Boon… Seungkwan aqui. — Acho que naquela época o Gyu estava tão nervoso que ele apertou minha mão um pouco forte demais e estava tão vermelho. A blusa dele do Tony (que eu sei que ele ainda tem) perdia para sua vermelhidão.
— Claro que pode, meu amor. Podem ir pra sala brincar, depois eu levo um lanchinho. — Minha mãe sorriu e olhou pra nossas mãos juntas. — Fico feliz que meu bebê tenha feito um amiguinho tão rápido. Cuide bem dele, sim?!
— Oh, Mãe! — Repreendi, tão, mas tão envergonhado. Como sempre, mamãe me fazendo passar vergonha na frente dos outros.
— Eu vou, sim, Senhora Boo.
Puxei Mingyu pra dentro de casa e fui buscar mais brinquedos no meu quarto. Brincamos muito naquele dia até se acabar. Foi incrível!
Depois daquele dia viramos amigos mesmo. Meio que só vivíamos na casa do outro, quando eu não estava na casa de Mingyu, ele estava na minha.
Só que um ano depois ele foi embora. Ele voltou para Anyang.
Eu chorei tanto. Juro por Deus que eu chorei muito e todos os dias com saudades dele e chorei mais ainda quando perdi contato.
Entenda que Kim Mingyu foi um amigo muito importante pra mim e  o único que era verdadeiro e compreensivo comigo. Porém no ano em que ele foi embora — Ele foi embora nas férias. Olha que legal, nos conhecemos nas férias e ele me deixou nas férias também. Muito bom! — eu conheci o Seungcheol. Ele estava se mudando naquele ano para o bairro vizinho e por muita coincidência a gente se conheceu.

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