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Vinnie narrando.
Viemos o mais rápido que pudemos ao hospital, quando chegamos fizemos aquela burocracia chata pra cacete. Entrei no quarto da Clara correndo, em minha mente se passava mil possibilidades de coisas ruins que poderiam ter acontecido com ela e o bebê.
- Oi Clara, cheguei! O que aconteceu? - Eu falo desesperado ficando de joelhos ao lado da cama, e ela ri da minha cara e eu a encaro confuso.
- Tá tudo bem! Eu só estava tendo contrações muito intensas aí eu vim pro hospital e pedi pro seu pai te avisar! - Ela fala com um sorriso alegre estampado em seu rosto.
- Tem certeza que tá tudo bem mesmo?
- Tá sim, pode ficar tranquilo futuro titio, seu sobrinho está sã e salvo. - Ela passa o polegar pela minha bochecha.
- Já escolheu o nome? - Coloco a mão na barriga dela.
- Eu estava pensando em "Harry".
- Harry?
- Sim, seu irmão era muito fã de Harry Styles.
- Pensei que ele fosse de Harry Potter. - cenho minha sombrancelhas.
- Ambos. - Ela solta uma risada falha.
- Bom, eu gosto de Harry! - Balanço a cabeça concordando.
- Sabe o que seu irmão fazia quando estávamos sozinhos no hospital? - Ela pergunta e eu nego. - Ele cantava "Adore You" bem alto que fazia ego nós corredores.- Ela fala tão animada que chega a ser contagiante,
- Por que não contaram da relação de vocês pra gente?
- Jordan não quis contar, ele não quis nem oficializar porque sabia que seu fim estava perto. - E de repente a alegria que estava exposta em seu rosto desaparece.
Sei o quanto que Clara sente falta do Jordan, sei que por mais que eles tenham ficado pouco tempo juntos eles criaram um amor intenso entre eles. Toda vez que Clara lembra dos seus momentos com o meu irmão ela sorri, e isso e tão...puro imagina alguém te amar além da vida, imagina você ter morrido e ter uma pessoa te amando intensamente após isso.
Isso chega até ser mágico.
- O compreendo, imagino como deve ter sido difícil pra ele achar o seu amor, momentos antes do ponto final da sua vida. - Agarro a mão dela, e logo seu olho começa a lagrimêjar, uma lágrima solitária escorre pelo seu rosto, ela solta minha e começa enxugar suas lagrimas dando leve apalpadas com os seus dedos na área da olheira.
- Oi, com licença. - Riley entra no quarto chamando nossa atenção. - Vim ver como está a Clara e o bebê. - Ela sorri de canto fechando a porta com delicadeza, ela aparenta estar nervosa.
Riley nunca chegou a conhecer Clara pessoalmente, as vezes quando eu e a Clara estávamos em chamada ela se intrometia. Acho que ela está tão animada quanto eu, com a idéia de termos um sobrinho.
