Prefácio

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Depois de Aedion ter expulsado Lysandra da sua tenda nua, com a magia esgotada e na neve, ela percebeu que o general nunca a viu como uma igual e na primeira vez em que foi contrariado, Aedion lhe disse coisas terríveis e que ele sabia o quanto magoariam Lysandra, porém a metamorfa tinha esperado que com o tempo o general percebesse que ela estava fazendo tudo aquilo pela sua rainha e sua amiga.

Lysandra jamais se desculparia por ser leal a Aelin, sua rainha e amiga, ela devia a vida a outra, sua e a de Evangeline também. Aelin pagou por sua liberdade e da menina, ela poupou sua vida quando teve a chance de matar a metamorfa e dera a amiga um título de nobreza. Lysandra não mudaria nada que fez por Aelin e se Aedion não queria entender ou aceitar isso por ela tudo bem.

Ela mal tinha conseguiu encontrar a tenda na qual estava dormindo, graças a bondade de Ravi e Sol de Suria que cedeu uma à ela, quando Ren entrou com roupas e uma sopa.

- Desculpe... Eu não quis incomodar, mas pensei que devia estar faminta e com frio.

O Lorde baixou o olhar percebendo as penas nuas, expostas e os pés descalços de Lysandra e chingou Aedion mentalmente por tratar a lady daquela forma.

-  Obrigada Ren, é muito gentil da sua parte. Eu só... Estou exausta e preciso dormir para recuperar a magia para lutar amanhã. - Lysandra não queria ser ingrata, mas não tinha condições de conversar com ninguém naquele momento.

- Claro, mas coma primeiro. Vai precisar de toda a força que tiver amanhã, se é que algum de nós vai sobreviver a isso. 

- Obrigada Ren, você é um bom amigo. Jamais me esquecerei disso.

O rapaz acenou com a cabeça e se retirou da tenda deixando a metamorfa sozinha com seus pensamentos. Mesmo com a exaustão que a dominava ela não pode deixar de pensar em como poderia ter sido se Aedion não a tivesse atacado dessa forma, ela poderia tê-lo perdoado pela forma como ele falou com ela na praia, poderia tê-lo perdoado por ter jogado o seu passado sua cara de forma tão cruel, mas o invés de ele pedir perdão depois de eles quase terem morrido ela a humilhou, responsabilizou a metaforma pelos próprios erros, ele não se incomodou nem em ajudar a amiga vendo a exaustão dela se não fosse por Ansel ela teria ficado nua na frente de todos se dependesse de Aedion. Deixar que ela saísse na neve daquela forma... Ele não trataria nenhum de seus soldados daquela forma, mas não se importava com Lysandra. 

Foi tão fácil para ela aceitar se passar por Aelin e ter os filhos de Aedion, por mais que não fosse como ela, pois Lysandra sabia que queria que fosse ele, não seria um sacríficio tão grande a se fazer pela sua amiga, sua rainha. Ela esperava que depois pudessem contar a Aedion e que ele ia aceitar por poder ficar com ela e ainda ajudar Aelin a cuidar de Terrasen, mas a reação do general foi completamente diferente.

A verdade é que Aedion não a via como um parceira, como uma igual. Ele era apenas mais um homem encantado com aquele corpo e não com a força de Lysandra. Aquela seria a última noite na qual a metamorfa pensaria no general, que a linhagem fosse para o inferno. Isso se eles todos sobrevivessem ao dia de amanhã.

Ela comeu e se vestiu, sentia o corpo mais quente conforme se cobria e dormiu antes de a última lágrima secar para se recuperar, para morrer lutando por Terrasen, lutando pelo lar que poderia ter tido, lutando por Evangeline e, acima de tudo, lutando por Aelin.

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Esse é o nosso prefácio para contextualizar a história pessoal. No primeiro cápitulo começaremos a desenvolver tudo.

Espero que gostem e vejo vocês na semana que vem ;)

A História de Lysandra e FenrysOnde histórias criam vida. Descubra agora