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- Jendeukie. - ouço Jisoo sussurrar em meu ouvido enquanto me abraça por trás, me fazendo arrepiar.

- Você está me desconcentrando. - tento focar na panqueca a minha frente.

- Estou? - ela da um beijo em meu ombro. - Desculpe, mas não consigo.

- O que?

- Você. - ela sussurra em minha nuca e eu fecho os olhos, a campainha toca me tirando desse transe a tempo de salvar a panqueca.

- Você está esperando alguém?

- Não. - ela me solta e suspiro.

- Baby?! - pelo tom sei que é Irene. Ela chega na cozinha em questão de segundos e abraça Jisoo, depois me abraça. - Preciso do seu conselho.

- Meu? - Jisoo arqueia a sobrancelha desconfiada.

- Sim, mas se você quiser algo a mais, eu não me importo também. - ela se aproxima de Jisoo, que da um passo para trás, claramente nervosa.

- Uma coisa de cada vez, que tal? - Jisoo puxa uma cadeira para Irene.

- Seulgi quer me reconquistar e eu estou dividida. Não sei se cedo ou não.

- Ela te faz feliz? - pergunto.

- Sim.

- Você está cansada de alguma coisa entre vocês?

- Só das discussões idiotas.

- Quem as começa?

- Eu. - ela diz baixinho.

- Então você pode voltar com ela e conversem, para aparar algumas arestas e se dedique para fazer dar certo. - Jisoo me encara surpresa como se eu não fosse capaz de algo assim.

- Wow! Que psicóloga. - Irene ri - É assim que você faz seu namoro com Lisa dar certo? - Jisoo revira os olhos e pega um morango.

- Bem, eu e Lisa não namoramos, acho que foi tudo um mal entendido e falta de conversa. - encaro Jisoo que está me ignorando e Irene ri.

- Ela é claramente a fim de você, querida. Você é linda, Jennie. - Irene diz com um sorriso caloroso.

- Obrigada - sinto minhas bochechas corarem.

- Me dê um morango. - ela se vira para Jisoo que empurra o prato para ela. - Na boca. - Jisoo revira os olhos e coloca o morango em sua boca.

- Folgada. - elas riem e eu corto a panqueca enquanto observo a cena.

- Vou comprar algo para Seulgi, me desejem sorte. - Irene se levanta e envolve os braços no pescoço de Jisoo - Vou sentir falta de você e dessa boca que faz maravilhas. - Jisoo fica vermelha como um tomate e engasga.

- Boa sorte, baby! - ela diz e acena com a cabeça. Reviro os olhos e vou para meu quarto.

(...)

No domingo de manhã, me levanto e vou me arrastando até o quarto de Jisoo. Entro sem bater e vejo que ela está jogando no celular.

Deito e me aconchego nela, que até agora não parou de jogar, nem ao menos olhou para mim.

- Me dá atenção. - me viro de frente para ela e faço beicinho. Ela ri e bloqueia a tela do celular, jogando ele ao lado do abajur.

- Meu mandu - ela aperta minha bochecha.

- Eu não sou um bolinho de massa! - suspiro e ela continua.

- Você é meu bolinho fofo. - ela sorri e passa o braço em minha cintura - Você dormiu bem?

- Sim, mas acordei sentindo sua falta e vim para cá.

- Você pode vir sempre que quiser. - ela faz carinho na minha bochecha.

- O que nós somos? - digo baixinho e ela me olha surpresa.

- Não sei, acho que a gente precisa conversar sobre isso. - ela diz baixinho. - O que você quer?

- Eu quero você, só você e nada mais além de você. Não quero ninguém te querendo, encostando em você, flertando com você ou algo do tipo. Você é minha, JiChu. - digo enquanto deslizo o dedo em seu braço.

- Possessiva? - ela arqueia a sobrancelha e ri.

- E você? O que quer?

- Quero você longe de Lisa. - ela olha nos meus olhos com aquela intensidade hipnótica.

- Só? - começo a rir.

- Estou falando sério. Eu ODEIO quando vocês estão flertando e se agarrando. - ela revira os olhos.

- JiChu com ciúmes. - cantarolo.

- Sim, eu sou, Jennie. - ela faz menção de se afastar e eu a puxo para mais perto.

- Tudo bem, estamos em um relacionamento sério. Sem flertes, sem gracinha e essas coisas. Estou falando sério, Kim Jisoo. - digo irritada - Eu não quero saber de ninguém se engraçando com você.

- Eu não quero saber de você dando abertura e espaço para ninguém, principalmente com Lisa e vou falar isso para ela. - ela diz e a olho surpresa.

- Mesmo?

- Claro, Jennie, quero todos cientes sobre nós. Dessa maneira, vamos evitar muitas coisas. Em relação aos programas e entrevistas, vamos ter que disfarçar um pouco, mas não me importo com isso. - ela sorri.

- Tudo bem, como você quiser, desde que estejamos bem e juntas e sem mais ninguém nos atrapalhando. - me aconchego mais no seu abraço e acabo caindo no sono enquanto ela fazendo carinho em minhas costas.  

Afinal, o que define o limite?Onde histórias criam vida. Descubra agora