- Vai sair? – Jaebum estava sentado na minha cama, me encarando.
Eu havia acabado de sair do banho. Coloquei a roupa dentro do banheiro para que Jaebum não me visse sem camisa no quarto. Ele havia prometido que não entraria no banheiro enquanto eu tomasse banho, mas ainda assim eu desconfiava, afinal, eu não conhecia ele bem o suficiente.
- Sim. – Falei checando meu reflexo no espelho grande da parede do meu quarto.
- E eu? – Ele levantou uma sobrancelha.
O olhei de canto de olho e cerrei os olhos.
- Vai... ficar em casa? – Falei parecendo óbvio. – Não pode sair comigo.
- Mas por que não? – Ele não fazia pirraça, mas não parava de fazer perguntas de forma séria.
- Jaebum. – O olhei. – Você não existe. As pessoas iriam achar no mínimo perturbador eu falar com o inexistente durante o rolê.
Ele revirou os olhos.
- Acho que vou colocar outra camisa. – Falei inclinando a cabeça para a direita enquanto me observava no espelho. – É, vou trocar.
Fui até a cômoda para pegar uma camisa diferente e optei por uma branca e larga, bem do meu "estilo". Me virei e lá estava Jaebum com as mãos nos olhos.
- Não precisa ir no banheiro para trocar de camisa. – Disse sorrindo. – Eu já te vi sem antes.
Senti minhas bochechas queimarem.
- Não espie! – Ordenei.
- Sem problemas. – Deu um sorriso de lado.
Levantei a camisa rapidamente e coloquei a outra mais rápido ainda. Não sei como eu consegui ser tão rápido... talvez eu fosse movido pelo medo.
- Pronto. – Ajeitei as mangas. – Pode destampar os olhos.
Ele fez o mesmo e travou seu olhar em mim.
- Estou bonito? – Ri dando algumas voltinhas para ele observar melhor.
Ele concordou lentamente com a cabeça.
- Ficará ainda melhor com isso. – Ele se levantou da cama e enfiou a mão no bolso.
O olhei desconfiado.
- Tome, é um presente que eu deveria ter entregue quando te pedi desculpas. – JB tirou do bolso uma pulseira de prata.
- Ah, não, JB.... não posso aceitar isso... – Falei negando com a cabeça. – É algo seu.
Ele deu de ombros.
- Olhe para os meus braços. – Ele puxou as mangas e revelou os braços cheios de pulseiras. – Essa é só mais uma.
Nisso, ele pegou meu pulso direito e prendeu a pulseira lá.
- Combinou com você. – Ele fez um carinho rápido na minha mão.
Eu estava me sentindo bem. Estava com minha camisa larga, minha bermuda da adidas, os típicos all-stars cano médio e agora com uma pulseira que ganhei de presente. Meu cabelo ainda estava um pouco molhado, mas era só o bagunçar que tudo ficava bem.
Meu celular vibrou.
" Estamos aqui na frente, paranorman. " – Bambam.
Ri. Era incrível como meu próprio amigo me zoava por ter problemas, o mundo estava insano de verdade.
- Até mais tarde, JB! – Guardei o celular no bolso e dei um tchauzinho para o mesmo.
Caminhei até para fora do meu quarto, andei pelo corredor e quando cheguei a escada, o garoto brotou na minha frente. Aquilo com certeza me mataria algum dia.
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Perdido.
RomanceYoungjae era um garoto comum, por mais que precisasse tomar remédio controlado todos os dias. Tinha seus melhores amigos e vivia bem apenas com sua mãe. Em um belo dia alguém decide aparecer para importunar sua vida, até então, calma. Da onde ele vi...