Meu Eterno Amor TAEHYUNG & JISOO

Na Era Goryeo

Narradora P.O.V.

Nossa história começa na era da Dinastia Goryeo, na época governada pelo rei Gongyang. O rei tinha um filho chamado Jeonseong. O rapaz era muito bonito, educado, humano, o colírio das garotas do reino, o príncipe herdeiro mais cobiçado de todos os tempos! Ele tinha três irmãs, as princesas: Suknyeong, Jeongshin e Gyeeonghwa, eles eram bastante alegres e unidos, apesar do pouco afeto que recebiam de seus pais.

Ele gostava muito de passear fora do palácio, dizia que estar próximo ao povo, sentir suas necessidades, o fariam se tornar um rei melhor. Seu pai, o rei, era justamente o contrário, um homem amargurado, rude e que só visava seus próprios interesses. Não conhecia o amor, já que todos os seus dois casamentos foram em prol do fortalecimento de Goryeo. A mãe, a rainha, uma mulher fria e sem amor. Casou forçada, como a maioria das mulheres da realeza, atendendo às ordens de seus pais. Vivia com ódio de tudo e de todos, por pura frustração.

Sempre que o príncipe dava seus passeios à cidade, estava junto ao seu fiel escudeiro e empregado do palácio, o Gwan-soo. Eles eram amigos inseparáveis, tinham praticamente a mesma idade. Igualmente bonito, ficavam flertando com as moças, mas nada que passasse dos limites, ou seu pai os mataria!

Em uma bela manhã, num desses passeios, algo chamou sua atenção. Era uma bela moça que caminhava pela rua, sendo importunada por três jovens.

Jovem/1: Vamos lá, gatinha, podemos nos divertir um pouco lá na beira do rio... está fazendo tanto calor! - falou a agarrando pelo braço.

Moça: Me larguem, já falei que não quero! Por favor, não voltem a me tocar!

Jovem/2: Olha... ela é rebelde! Devia nós agradecer por estar te cortejando... quando uma simples filha de sapateiro iria conseguir isso?? - esse, foi logo puxando os seus cabelos, e aproximando suas bocas.

O jovem Jeonseong, assim que assistiu a cena, partiu em defesa da garota, desferindo vários socos nos rapazes, que a princípio revidaram, mas logo o reconheceram e fugiram.

Jeon: A senhorita está bem? - perguntou segurando seu rosto com as mãos.

Moça: Estou sim... obrigada! - falou timidamente, e ainda muito assustada. Não havia reconhecido o príncipe, já que o tinha visto só uma vez, a muitos anos. - O senhor está com um pequeno ferimento na boca. Venha, vou cuidar disso. - abriu um sorriso de agradecimento para ele.

O Jeonseong ficou encantado com a garota, sua beleza, realmente, era única, além de aparentar uma meiguice cativadora. Claro, não perderia a chance de ficar um pouco mais com ela!

Jeon: Adoraria que a senhorita cuidasse de mim... - a lançou um olhar carinhoso.

Quando chegaram a casa da jovem, ela tratou de limpar a ferida do canto da boca do jovem, que a olhava insistentemente.

Jeon: Então a senhorita trabalha aqui com o seu pai?

Moça: Sim, o ajudo com a loja.

Jeon: Que bela coincidência, estou justamente precisando de sapatos! - riu com seu amigo, que a essa altura, já tinha percebido o interesse do príncipe na bela plebéia.

Logo, a jovem foi chamar pelo pai, para que o atendesse.

Gwan: Jeon, o que você vai aprontar?? Que história mais fajuta de sapatos é essa? Só essa moça pra acreditar mesmo! - riu.

Jeon: Amigo, me diga sinceramente, já viu mulher mais linda na vida?

Gwan: Hummmmmm já! Realmente, ela é muito bonita, mas nada demais.

Jeon: Você só pode estar louco! Ela é maravilhosa! Como nunca a tinha visto antes? - falou com brilho nos olhos, como se tivesse encontrado uma mina de diamantes.

Quando o pai da jovem se aproximou, se assustou, e logo fez uma reverência. A filha, não entendeu muito, quando o pai a puxou para que fizesse também.

Moça: Pai, o que está fazendo??

Pai: Me obedeça, Ae-shin! Não está vendo o príncipe herdeiro?

Logo, a moça o encarou com surpresa, se jogando ao chão, o reverenciando.

Jeon: Não há necessidade disso. - falou, e imediatamente a levantou.

Pai: Claro que precisa, vossa alteza! A que devo a honra da vossa presença na minha humilde loja?

Ae-shin: Ele quer encomendar um sapato, pai! - falou sorridente.

Jeon: Um não, vários! Quero que faça um por um, e não precisa ter pressa, voltarei aqui sempre para experimentá-los. - sorriu, olhando para a jovem.

Após tirar todas as medidas, eles ainda tomaram chá com o sapateiro e sua filha. Jeon queria passar o máximo de tempo ali, mas já estava tarde e eles precisavam retornar ao palácio. A jovem os levou à porta, sempre agradecendo pela ajuda com os rapazes que a importunaram, e pelas encomendas dos sapatos.

Ae-shin: Muito obrigada, alteza!

Jeon: Me chame de Jeon, quando estivermos a sós. Seu nome é Ae-shin, correto?

Ae-shin: Sim...

Jeon: Lindo nome! Assim como a dona... - a fuzilou com o olhar. - Voltarei em breve para vê-la...

Ae-shin: ....

Jeon: .....e aos sapatos, também... - riu.