Adeus, Amor.

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Jeon P.O.V.

Corri o mais rápido que pude! Quando cheguei à praça, que ficava fora do palácio, uma multidão estava assistindo, eu não conseguia ver nada. Saí empurrando, batendo nas pessoas, para que me deixassem passar, mas estava com muita dificuldade, eram muitas! Como se dispõem a vir assistir um espetáculo de horror desse!!

Quando, enfim, consegui chegar à frente, vi a pior cena da minha vida, minha Ae-shin, o amor da minha vida, pendurada naquela corda, já sem vida... - naquele exato minuto, minha vida se foi, junto com a dela. Todo sentido de viver, se foi, naquele momento. Ao seu lado, estava meu querido amigo, meu melhor amigo, também morto! - entrei em desespero! Subi no palanque e me agarrei ao corpo dela, ao meu bebê... enquanto todos me olhavam atônitos. Eu não queria acreditar que meus pais tinham feito tamanha barbaridade! Os seus familiares estavam igualmente desesperados, sem saber, sequer, o motivo da execução. E após muito choro e desespero, puderam velar seus corpos. Eu não sai de perto deles nem um só minuto, até serem sepultados, os três: o meu amor, meu filho e meu amigo.

Jeon: Gwan, obrigada por sua amizade! Obrigada por tudo! Me desculpe por ter te metido em tudo isso... eu nunca vou me perdoar! Eu que deveria estar no seu lugar!! - abracei meu amigo, pela última vez. - Filho, o papai te ama muito, mesmo sem ter te visto! Queria muito ter te segurando no colo... ter te ensinado a falar, andar... queria muito meu bebê... - tenho certeza que o meu choro poderia ser ouvido a quilômetros. - Ae-shin, amor, meu amor... eu te amo profundamente! Não sei se consigo mais ir adiante sem você! - eu beijava a sua boca repetidamente. Mesmo a vendo ali morta, a minha mente se recusava a acreditar. - Eu nunca vou te esquecer... eu vou te encontrar novamente, amor! Vou te encontrar de novo, e de novo, e de novo... até a gente ser muito feliz!! - falava essas palavras em meio a muito choro.

Eu não queria largar seu corpo para que fosse sepultado, não queria deixá-la ir. Queria ficar, eternamente, abraçado a ela e ao meu filho.

Assim que voltei ao palácio, corri enfurecido para falar com o rei, estava totalmente fora de mim! Naquele momento, a minha única vontade, era matá-lo. A ordem de execução só pode vir dele! Ele é o único com poder pra isso! Ou seja, ELE é o responsável! Não me importo se me matarem, estarão me fazendo um favor!

Quando me aproximei do salão principal, fui impedido de entrar. Alguns guardas me escoltaram até meus aposentos, por ordem da rainha, dizendo que eu precisava descansar e esfriar a cabeça. Eu relutei, claro! Muito! Mas me apagaram, com um soco.

Ao acordar, já no meu quarto, vejo a mulher com quem me casei, fazendo carinho no meu rosto e chorando. Me afastei do seu toque, claro! Desde que casamos, nunca a toquei! Ela sempre dizia estar apaixonada, que esse foi o melhor "negócio" que os pais fizeram, mas eu não sinto absolutamente nada. Aliás, pena, muita pena por ela estar presa a alguém que não a ama.

Fiquei vários dias trancado, até as refeições, que eu não comia, eram servidas lá. Entrei num estado de depressão profundo. As lembranças deles estavam comigo a todo momento, como fantasmas. Juro que até ouvi choro de criança no meu quarto à noite! Tristeza e saudade me consumiam, me matavam lentamente. A rainha, tentou de tudo, e até propôs um novo casamento, e dessa vez, eu escolheria! Seria hilário, se não fosse trágico! A única mulher que eu sempre escolheria, era a minha Ae-shin. Eu tinha nojo dos meus próprios pais. Nem sequer conseguia olhar nos olhos. Nossas "conversas", quando algum deles ia me ver, sempre eram monólogos.


Narradora P.O.V.

E então, a vida do príncipe herdeiro, que era tão promissora, acabou de uma maneira inesperada. Nada de guerras, ou qualquer ato heróico. Quando não suportou mais a dor, tirou a própria vida, também enforcado em seu quarto.

Tempo presente...

Jisoo P.O.V.

Oi, me chamo Ji-soo, tenho 23 anos, e faço faculdade de cinema. Tenho uma irmã mais velha, a Han-na. Nós nos damos relativamente bem... mas temos temperamentos completamente diferentes! Eu, na verdade, acho ela uma sonsa nata! - risos - Mas tenho que suportar, não é mesmo? Como minha mãe sempre diz "É sua irmã!!!".

Meus pais também, são completamente diferentes! Minha mãe é uma general, quando o meu papaizinho... ownnnnnn é o meu amor!! Tão carinhoso e dedicado! Não que ela não seja dedicada, claro! Mas ela às vezes me assusta!! - risos.

Meu pai é dono de um conglomerado hoteleiro aqui em Seul. Sim, temos muuuuita grana! Temos uma vida bastante confortável. Mas muito dinheiro assim, às vezes nos traz coisas ruins, acredite! Quer um exemplo? A minha irmã está sendo praticamente forçada a casar para fortalecer os laços comerciais entre duas empresas. Antiquado, não é mesmo? Mas enfim... Hoje mesmo, ela terá seu primeiro encontro com seu "namorado". A data do casamento ainda não foi definida, mas querem que eles já se conheçam, e quem sabe criem laços afetivos, o que ajudaria muito no processo.

Ha-na: Ahh Ji-soo, vamos comigo! Eu vou ficar muito sem graça lá, sozinha! - me suplicava.

Ji-soo: Você só pode estar doida? - ri. - Eu vou ficar de vela lá, com seu namorado?? Não me peça pra prestar a esse papel, né? - eu ria muito, por toda a situação. Tive até um pouco de pena dela.

Ha-na: Definitivamente, você não gosta de mim... - fez um bico e sussurrou.

Ji-soo: Esse é seu primeiro encontro. Prometo que no próximo, eu vou! - ela fez uma cara feia, ainda não satisfeita. - Relaxe, criatura!! Não consegui ver fotos dele na internet, não sei porque, mas já me disseram que ele é bem bonito.

Ha-na: Também não achei nenhuma foto na internet... a mamãe disse que eles são bem reservados mesmo. Acho que é medo de sequestro, sei lá...

Ji-soo: Então, vá colocar sua roupa mais bonita, e ARRASE!

Meu Eterno Amor TAEHYUNG & JISOOOnde histórias criam vida. Descubra agora