entre marlboros, morangos e whiskys baratos

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Olá, olá, alguém lendo isso? Hehe

Bem, aqui estou eu novamente, com mais uma atualização, e esta, eu confesso ser a qual eu estou mais ansiosa para postar. Por isso, não vou betar ela, me desculpem :( mas eu realmente tô muito ansiosaaaaaa

E esta é bem maior do que as outras, tendo 5k de palavras e eu escrevi ela em um dia. O que eu considero uma otima vitoria!

Eu aconselho vocês a lerem esse capítulo ao som de Shiver da Lucy rose, eu escrevi esse capítulo inteiro ouvindo ela, e com certeza, foi o mais melancólico que eu já escrevi. Eu quase chorei escrevendo ksksks

Espero imensamente que gostem, já que estamos na reta final desse fic :(

Enfim, acho que direi mais algumas coisinhas no final, se eu não dizer, releva eu sou meio esquecida.

Boa leitura~

[...]

Eu estou cansado de trabalhar, e me diga, isto é uma novidade? Oras, claro que não.

Eu reclamo de muita coisa nessa vida, e provavelmente isso já ficou explicitamente claro de que, eu sou um velho rabugento que sequer tem quarenta anos mais tem o mal humor de uma pessoa que está beirando essa idade. Na verdade, eu até mesmo tenho um pressentimento de que essas pessoas podem ser um pouco mais otimistas e animadas que eu; e talvez eu esteja certo, já que, novamente estou me lamentando sobre ter que aturar mais um dia cansativo de trabalho.

As coisas não costumam ir muito bem quando a questão tem haver comigo, acho que isso também já ficou bastante explícito diante de meus devaneios e pensamentos melancólicos e bagunçados. Meu Yoongi de alguns anos atrás era alguém muito esperançoso, ao contrário do que possa parecer comigo agora, pois ele sempre procurava uma felicidade enorme como uma fonte infinita ou algo assim, mas acabava sempre se deparando com algo momentâneo que sem que se desse conta escapava de suas mãos sem que sequer desse conta de dar adeus.

Eu nunca tive um momento para despedidas, eu nunca disse tchau muito menos disse que voltaria, porque minha vida nunca funcionava diante das coisas que eu gostaria que acontecesse ou o que eu ao menos tentava planejar. Minha vida nunca girou em torno de boas memórias ou bons sentimentos, na verdade, ela sempre fora uma imensa bagunça que eu nunca consegui arrumar e em um momento que eu não lembro, simplesmente a deixei do jeito que estava e parei de tentar.

Um dia eu tentei muito, juro que tentei, mas no outro, tudo parecia simplesmente dar errado, e então, eu desisti.

Por isso eu carrego esse sentimento de desesperança, e antes o que era uma vontade incansável de me trazer felicidade, apenas tornou-se uma grande melancólica que eu descontava nos cigarros. Ou que eu tentava esquecer tomando remédios para dormir, bebendo muito até simplesmente apagar e tentar esquecer durante algumas horas a negação que eu me tornei.

Antes eu tentei ser tudo o que meus pais achavam que eu não conseguiria ser, escrevi poemas e vendi por um preço miserável para pessoas que eu sequer sabia que se interessariam por palavras doidas escritas por um garoto qualquer de dezesseis anos. Mas eu me sentia feliz de alguma forma, de uma forma que eu desconheço a muito tempo.

Não beijei muitas bocas, e nunca me envolvi em sentimentos profundos, porque para mim, mesmo que muitas vezes sentisse uma necessidade sem igual de me sentir perdidamente apaixonado, de sentir até mesmo a dor que o amor pode trazer, deixava isso de lado escrevendo. Me afogando em sentimentos que eu conhecia e tentando explorar com as poucas referências que eu tinha em outros.

Eu bebi, nossa, eu bebi muito. Mas eu usei aquilo como uma forma de mostrar que eu estava aproveitando os poucos momentos bons que eu tinha antes de entrar em minha casa, e fingir que tudo ao meu redor era apenas um pesadelo ruim. Que eu iria acordar em algum momento e que tudo seria diferente: mas não era.

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