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Acordo com o barulho de um monte de aparelhos.

Meu corpo todo está dolorido , nem abri os olhos mas já sinto a clareza na minha cara.

Abro os meus olhos devagar e dou de cara com um ecrã grande na minha cara. Que parece estar me gravando.

Olho para os lados e vários fios estão conectados em mim.

Os aparelhos não param de apresentar vários números e letras.

Eu não sou tão boa em matemática então não é hoje que eu vou decifrar isso daí.

Estou num quarto de cor todo branco e vários aparelhos.

Estou com um vestido do hospital.

Meu Deus onde vim parar?

— Ela acordou.

Uma voz fina carregada de seriedade soa pelo espaço.

Olho para os lados tentando saber de quem é a voz , mas não vejo nada além de aparelhos.

Meu Deus!

Agora tou escutando vozes. Só me faltava essa.

Fecho os olhos e rezo por dentro para Deus me acordar desse pesadelo.

De repente um toque leve no meu braço me faz quase pular da cama.

Os aparelhos começam a apitar rapidamente.

— Calma , calma. Abra os olhos.

Abro os olhos devagar e vejo uma senhora com um ar simpático sorrindo para mim.

Conforme vou me acalmando os aparelhos também param de apitar loucamente.

Eu olho novamente para a senhora linda que está a minha frente.

Chutaria que é modelo.

Ela é alta , tem uns olhos de boneca , é ruiva e tem um corpo bem lindo.

— Eu sou Jessica. Sou sua doutora particular.
—Vou fazer algumas perguntas para você. Não se exalte e nem se precipite. Se você colaborar não vai ter problemas.

Ela diz calmamente e eu assinto com a cabeça.

— Eu farei as perguntas e a sala tem um insensor de quando você estiver falando a verdade a sala ficará verde e se estiver mentindo ficará vermelha.

Eu assinto novamente mas dessa vez minha testa já está suada.

— Mas pra quê isso tudo? Eu só quero ver as minhas amigas. Eu só fui para uma boate e nada demais. Não matei , não vendi drogas e nem fiz nada de errado.

— Se acalme. Vamos conversar com calma.

Ela diz e eu tento me controlar para não surtar.

— Bem. Onde você mora?

— Agora moro com a minha amiga. Luzia.

Digo e a sala fica toda verde.

— Ótimo. O que aconteceu a sua mãe?

Olho pensativa em buscar palavras curtas para definir de uma vez o que aconteceu. Na verdade minha cabeça tava um baralho.

— Eu não sei. Desde que o meu pai foi para uma outra cidade , ela mudou por completo. Ela já não era aquela mãe carinhosa , amorosa. Ela passou de uma mãe para uma drogada sem caráter.

Digo e a sala fica toda verde.

Depois dessa minha cor favorita é verde.

— Hum , bem. Quantos anos você tinha quando seu pai se foi?

A Regra Do JogoOnde histórias criam vida. Descubra agora