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Já estava mais que bêbada nesse momento.

Minha bela companhia da noite estava em beijos com um cara bem gostoso. O cara deu o primeiro passo e a louca já foi atacando.

Eu estava na pista , dançando com uma menina que eu encontrei na fila do banheiro.

Ela é uma morena com um brilho muito viciante , juro que se fosse lésbica eu pegaria.

O clima estava muito bom , uma bebida na mão , suando na testa por conta do número de pessoas num espaço um pouco pequeno.

Eu só queria saber porquê a minha mãe só me trancava em casa. Porquê ela não gostava que ninguém me visse após a morte do meu pai.

Porquê ela me negava como filha dela?

E o meu pai? Na verdade nem sei se é mesmo meu pai porque eu já não sinto mais isso.

Eu já caí várias vezes na depressão mas eles nunca notaram e nunca estiveram lá para mim.

Tanto o meu pai como a minha mãe.

Um tiro ecoa pelo local e eu me abaixo como todos ali o fazem.

A minha parceira me olha assustada mas eu só tento me controlar para não entrar em pânico.

De repente começam a ser escurados mais tiros e várias garrafas sendo partidas.

Meu Deus.

Onde está Luzia?

Procuro minha amiga com os olhos e encontro ela no canto com o moço também abaixados.

As pessoas começam a ficar agitadas e eu pego na mão da menina que tava dançando comigo.

Enquanto tiros são escutados eu ando de fininho até Luzia.

— Vem aqui.

Luzia diz me puxando para um beco de trás do canto onde ela e o moço estavam.

Nesse momento meu coração já ta batendo descontroladamente e minha cabeça está em mil.

— Cuidado.

O moço diz puxando a garota que tava segurando a minha mão evitando que ela leve um tiro.

— Temos que sair daqui o mais rápido possível.

Digo apreensiva e nervosa.

Minhas mãos estavam suando e meu pé também. Minha boca estava mais seca que o deserto.

— Sigam.

O rapaz que estava com Luzia diz.

Ele entra por vários becos da boate que eu nem sabia que existia. E parece que ele já sabia de cor.

— Só mais 2 minutos.

Ele diz olhando para o relógio parecendo impaciente.

— Para morrermos?

Pergunto e ele me encara com um ar aborrecido.

— Que? Nem conheço você.

Eu digo e reviro os olhos bufando.

— Ele é da FBI amiga.

Luzia diz e eu solto um ar que nem sabia que tava segurando.

— Obrigada Deus.

Digo e ele ri.

Como é engraçado né? Você tá quase morrendo e o desgraçado ri.

— Vamos.

Ele diz e saímos por uma porta dando na parte da trás da boate.

O vento bate na minha cara e ainda bem que antes de sair eu peguei o meu casaco.

Uma van preta e com os vidros fumados encosta. O rapaz abre a porta as pressas e nós entramos rápido.

— O mais rápido que der.

Ele diz e o senhor sentado à frente avança com o carro.

Por conta da bebida e do cansaço , as minhas pálpebras começam a ficar pesadas e me entrego ao sono.

A Regra Do JogoOnde histórias criam vida. Descubra agora