MFB 06

8 3 0
                                    

— Meu Deus, Be! Ficas uma Deusa com ambos! — Jungkook disse e eu ri.

— Eu ia dizer que não era para tanto, mas é mesmo. Ficam me mesmo bem. — arranquei risadas de nós dois. — Mas qual devo levar?

— Pelo que me disseram, vão haver várias festas durante o ano. Por isso, acho que deves levar o preto. O rosa é demasiado chique e realça demais o teu corpo para uma primeira festa. — ele disse e eu sorri.

Aquilo seria algo que Jisoo diria. Eu estava feliz por ter Jungkook.

— Sabes....és o melhor. — sorri de lado e lhe dei um abraço.

— Nossa, me tratando bem?! Milagre. — Ele brincou e riu.

— Não te queixes muito, ein. — ri. — vou me arranjar, podes te trocar aí. — ele assentiu e eu me dirigi para o banheiro.

Jungkook, não se cansava de protestar pela minha demora. Na verdade, eu nem estava demorando tanto, a culpa era da música que me distraía do meu objetivo principal: me arrumar.

Mas, ao final de cerca de 45 minutos eu estava pronta, a maquiagem era simples, mas dava um toque especial no look. Por fim, para o calçado levei uns botins pretos.

Posso jurar que quando sai do quarto vi Jungkook babando enquanto olhava para mim.

— Estás linda, Be! — ele disse sorrindo.

— Não estás nada mal também. — Ri, a roupa dele era mais simples, homens como Jungkook só pegam em uma camisa branca, calças jeans e uma jaqueta de couro, e pronto. Estavam arrumados para ir para a balada. Eu não criticava, cada um se arranja como quer, e admiro que até lhe ficou bem.

Algum tempo depois, saímos do quarto e fomos para a sala onde já se encontravam os meus dois irmãos e a minha mãe.

Eles nos olharam como se estivéssemos em um filme, indo para o baile de formatura. Eu só consegui rir da cena, que estragou todo o clima, mas arrancou risos de todos, ao perceberem a situação em que se encontravam.

Admito que gostei quando Jin não tirou os olhos de mim, nem se quer piscou. Minha auto estima, que estava alta, já que estava arrumada, subiu ainda mais.

Esta noite ia prometer.

— Tenham cuidado! — Foi a última coisa que ouvi minha mãe dizer antes de entrar no carro de Jin, que nos ia levar até lá.

A viagem não foi muito longa, já que eu vivia no centro da cidade, então a maior parte das coisas ficava perto de lá.

Além disso, a conversa animada que estávamos a ter ajudava a deixar tudo passar mais rápido.

A entrada já estava com algumas pessoas com copos na mão e outras pessoas que se pegavam. Era o ambiente típico de uma festa, que no caso me agradou, porque, sim, eu finalmente estava na festa de boas vindas dos do último ano.

Quando entramos vimos várias pessoas a dançar, balões que formavam a palavra "Bem vindos!", outras pessoas conversavam, ou tentavam, enquanto comiam alguns aperitivos, outras pessoas estavam já dentro da piscina e nós estávamos parados observando tudo. Se os humanos explodissem de felicidade, eu já não existia.

— Vamos nos divertir! — disse pegando na mão de Jungkook e correndo entre a multidão.

— Ei! Becky! Espera! — ouvi Jin, mas ignorei.

— Rebelde. — disse Jungkook e eu ri.

— O que vamos beber hoje? — disse quando chegamos à mesa das bebidas alcoólicas. Devido à grande variedade e à minha inexperiência perguntar a Jeon era a melhor opção.

— Que tal um pouco de tudo? — ele sorriu maliciosamente e juntou vários tipos de bebidas em dois copos, entregando um a mim.

— Becky, não vais beber! — ouvi Jin. Mal o vi peguei no copo e entornei na minha boca, fazendo com que bebesse a mistura de bebidas de uma só vez.

Aquilo era horrível, o que arrancou uma cara de nojo. Apesar do sabor, a ardência da bebida descendo a minha garganta trouxe uma sensação boa.

— Becky! Vou contar a mãe!

— Não não vais. — Fiz um biquinho e me aproximei dele. — Diverte te Jinnie. — Toquei com o meu dedo na ponta do seu nariz e virei costas.

Caminhei até à pista de dança e fiz as danças mais malucas com Jungkook, que alinhava em todas.

— Segundo round? — Jeon perguntou e eu não demorei em concordar.

Depois de mais um round de bebidas vimos que já quase ninguém dançava, pois a maior parte das pessoas se encontrava lá fora numa roda gigante.

No entanto, consegui ver Jin e Hoseok, que se pareciam divertir.

A minha curiosidade e a de Jungkook fez com quem nos dirigíssemos à roda e em menos de um segundo estávamos jogando um jogo. Sinceramente, eu nem sabia como é que isso tinha acontecido. Talvez fosse pelo álcool ou talvez fosse porque todos me empurram para o meio da roda.

— Muito bem, parece que temos a primeira escolhida. Senta-te ali. — a garota apontou para a cadeira que estava ao meu lado e assim o fiz, apesar de estar confusa e a bebida começando a fazer efeito.

Uma venda foi colocada nos meus olhos e pude ouvir os gritos dos garotos que se encontravam na roda. Admito. Fiquei com medo do que iria acontecer a seguir.

— Então, quantos garotos temos? — depois da pergunta ela começou a contar e acabou quando chegou aos 14. — Ótimo número, garota! — sabia que ela se estava a dirigir a mim, pois, em seguida, bagunçou meu cabelo.

— Quem beber esta garrafa primeiro, tem direito ao nosso brinde! — e novamente gritos e palmas se fizeram ouvir. As minhas mãos suavam e eu me comecei a sentir desconfortável. Tinha um pressentimento de que eu seria o brinde e porque raio Jungkook não me ajudava a sair dali?! Talvez tivesse ido ao banheiro ou a bebida já nem o deixava pensar.

Alguns minutos se passaram até que eu ouvi a frase que me deixou ainda mais ansiosa.

— Parece que já temos um vencedor! — Sem dúvida eu queria sair dali, não queria que ninguém fizesse nada comigo.

Nada corre bem, quando uma garota está vendada numa cadeira, no centro de uma roda cheia de garotos e garotas consumidos pelo álcool.

Ao sentir uma mão na minha cintura, eu percebi que o pesadelo tinha começado.

Primeiro foi deixado lá um carinho e quando eu estava prestes a protestar a sua mão tapou a minha boca, não de um jeito brusco, mas de um jeito sedutor.

Noutras circunstâncias eu me sentiria excitada, talvez, mas ali não.

Apesar do imenso cheiro a álcool, eu pude sentir um cheiro familiar, eu acho, porém não o conseguia reconhecer já que era abafado pelos diversos cheiros do local.

O seu rosto aproximou-se do meu pescoço e cada vez mais eu me sentia desconfortável, mas o álcool me deixava com mais vontade de ceder.

Tomei coragem e gritei para tentar que eles percebessem o meu desconforto, porém com todo o ruído quase ninguém ouviu.

— Ei! Pirralha não vale protestar. Foste a escolhida! — Uma voz de uma garota fez se ouvir no meio de todos os gritos de euforia.

Pelos vistos, foi inútil.

Em menos de dois segundos, uma fita estava na minha boca. Parecia que estava sendo raptada e tudo isto por causa de um jogo e álcool.

Um beijo foi deixado no meu pescoço e, do nada, deixei de sentir a presença à minha frente, toda a multidão se calou e o meu braço foi puxado até algum lugar.

Provavelmente, um quarto do andar de cima, pois de lá não se ouvia a música tão alta como antes.

Tirar a venda era a única forma de eu encarar a realidade. Ou eu estava com um anjo da guarda que me salvou. Ou eu estava com um tarado que me vai levar para cama contra a minha vontade.

Espero que seja a primeira.

- 29/10/2020 -

—————————————

My Favourite Brother Onde histórias criam vida. Descubra agora