- stealing to live

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~" Tudo que amo sempre teve a tendência de ser tomado de mim.”
-Rhysand, acotar.

                                            • º ° º •

Marinette acordou em meio aos vários cobertores que a esquentavam. Estava desorientada até e já aparentava estar anoitecendo quando levantou a sua coluna e a esticou. Coçou os seus olhos que estavam com a vista embaçada e encontrou Adrien, com um avental rosa, fofo preso ao corpo e uma frigideira em suas mãos.

O loiro estava com a roupa ainda  molhada, com a mesma roupa que veio para a casa de Marinette. Estava fazendo macarrão instantâneo com orégano,era o que tinha de comida na casa da azulada. Enquanto ela dormia,o modelo vinha ver como ela estava a cada 10 minutos e cada visita era um sorriso diferente; "ela é tão bonita" era o que ele pensava.

Marinette, surpresa, levantou rápidamente de sua cama e franziu a testa. Não se lembrava de tanta coisa,mas era o suficiente para saber que ele estava ali para ajudar. Ela se lembrava que estava muito doente e ele veio até sua porta, batia sem cessar,mas ela não tinha forças pra nem sequer atende - lo. Foi quando as chamadas de Adrien cessaram e ela implorou para que ele escutasse o barulho de um copo que ela derrubou propositalmente e ele escutou, só não entendeu como ele conseguiu entrar sem as chaves. Ele cuidou dela e estava arrependido de te - la deixado,a levou para o banho e ela confessou que precisava dele e ele também confessou ao ponto de fazer a mestiça extinguir o seu orgulho naquele requisito,mas depois não se lembrou de mais nada, até naquele momento.

— Hey - ele largou a frigideira na escrivaninha de Marinette e  fez seus braços de apoio para ela não cair. — está se sentindo melhor? Não é melhor você ficar deitada? - o loiro perguntou

— Não,eu estou com fome. - a azulada falou com a voz baixa e trêmula. Ela olhou para o corpo do loiro, encontrando roupas molhadas e velho avental rosa de sua mãe. Sem sorriso. — Parece que o cozinheiro estava na cozinha. — Era pra ser engraçado,mas Marinette sequer sorriu para se tornar engraçado. Adrien forçou o sorriso,mas não adiantou e ele teve uma expressão um pouco triste no lugar.

— É,eu estava cozinhando.

O silêncio desconfortável reinou sobre o quarto da azulada e ela não se sentiu desconfortável, apenas Adrien que ficou com uma bela cara de cu.

Marinette caminhou até um baú que ficava ao lado de sua cama e o abriu, pegando uma grande blusa velha, entregando para Adrien que sorriu.

— Seu pai não vai se incomodar? - Ele perguntou

— Ele não vai se incomodar, está morto. - Marinette falou como se não tivesse diferença, fria,como sempre. Adrien arregalou os olhos e ficou muito triste por dentro,ele amava o tio Tom.

— Nossa,eu sinto muito mesmo. Eu não sabia.

— Eu sei, você estava muito ocupado vivendo a sua vida de modelo. - Marinette caminhou até a cozinha e Adrien pegou a frigideira que tinha deixado encima da escrivaninha. Ele estava um pouco chateado,por Marinette,por Tom,por ele mesmo,porque não esteve presente nem no velório, apoiando Marinette quando ela mais precisou.

Os passos da moça eram silêncios,quase não podia se escutar. Já se passava das 6 horas da tarde, o sol praticamente já havia sumido,o céu se tornando um alaranjado,quase escuro e um frio intenso que fazia em Paris.

Marinette se aconchegou na sua pequena mesa e sentiu um calafrio percorrer sua pele. Adrien observou a azulada, tirou o avental rosa e colocou  a blusa que ela havia entregado para ele.

O molho de tomate que estava na frigideira já aparentava estar frio. O miojo também, já parecia estar mais frio, fazendo o loiro se apressar, pegando a comida e colocando em um prato para Marinette comer. Ele despejou todo o alimento no prato e empurrando para o outro lado da mesa;na direção da mestiça.

aquarelável ~ miraculous ✓ - revisando.Onde histórias criam vida. Descubra agora