Após Chat Noir apresentar um pouco de seu esconderijo, ele sentiu uma ardência em seu braço direito. Era o que lhe faltava, acabou se machucando para salvar a sua parceira.
A expressão no rosto do gatinho foi para uma expressão de dor e Ladybug estranhou.
— O que ouve? - Ela foi até ele procurando algum machucado. E encontrou, um enorme caco de vidro.
— Precisamos estancar o sangue limpar isso para não infeccionar. - Ladybug passou os dedos no ferimento e o gatinho gemeu de dor. — Talvez tenha que dar ponto.
— Que merda Ladybug, que merda. - Chat lamentou e apontou com a cabeça para Ladybug. — Ali tem alguns medicamentos...coisas para me ajudar. Pegue - as e faça o que puder para não infeccionar.
— Eu???
— É, você. Você já deve ter sofrido muitos acidentes que teve que dar pontos ou alguma coisa assim.
A joaninha assentiu e foi até a bancada cheia de suprimentos e Chat a seguiu, devagar, sem hesitar.
— Sente - se. - Ela mandou. E ele se sentou na bancada com um pouco de dificuldade.
A azulada começou a observar os materiais que nunca tinha visto e muito menos usado na vida. Eram materiais para profissionais,coisa que ela não era,mas daria um jeito de fazer aquele ferimento não infeccionar. Ela era uma estilista, sabia muito sobre agulha.
Chat Noir mordia os lábios intensamente, tentando abafar o grito que queria soltar.
Ele queria arrumar alguma maneira de tentar se distrair para não colocar sua mente na dor. Tentando afastar aquilo, ele perguntou:— Para que queria tanto a garrafa de vinho e o dinheiro? - Ladybug se virou para ele.
— Quantas vezes vou ter que lhe dizer que minha vida não é de seu interesse? - ele suspirou. Era incrível como a azulada conseguia deixar a conversa tão pesada e difícil.
— Se eu vou lhe dar o MEU dinheiro, você pelo menos tem me dizer pra que quer ele.
Ladybug bufou e foi na direção do gato, passando algodão na sua ferida. Ele gemeu de dor novamente.
— Estou com muitas dividas. Dívidas que não consigo pagar. Eu não tenho nem dinheiro para comer, manter o aluguel de minha pequena casa, então...como vou pagar dívidas? Como?
Chat Noir se entristeceu pela situação da heroína de Paris. Todos devem achar que a vida de um super herói é a das melhores,mas embaixo da máscara existe outra pessoa, a qual ninguém liga para ela, ninguém sabe o seu outro lado dela. Ninguém sabe se essa pessoa passa dificuldades ou não, se ela é feliz..ou não. É tudo secreto. É tudo sigiloso.
— Roubar não é a solução e você sabe disso.
— Chat eu sei!! - Sua voz tava entristecida — eu sei que fui impulsiva, eu sei que poderia ter sido pega, eu sei que é errado o que eu fiz, eu sei disso tudo!! É difícil eu admitir que preciso de ajuda, mas eu estava apavorada.
— A vida não é fácil para ninguém Ladybug.
Por 5 segundos houve silêncio. Ladybug pegou outro utensílio para tirar o caco de vidro e voltou a atenção para ele.
— Ladybug...eu já fui akumatizado? - A mulher gelou no mesmo momento. Parou de se mover, deixando sua mão com o utensílio no ar.
— C-c-como? - Ela gaguejou e logo depois engoliu seco.
— Fui ou não?
— Foi, já foi. - ela falou de forma fria.
— Como??? Me conte, eu preciso saber.
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aquarelável ~ miraculous ✓ - revisando.
Novela Juvenil°MIRACULOUS° - +14 (revisando) Após 5 anos do desaparecimento de seu parceiro, Chat Noir e de seu amigo pelo qual tinha uma paixão avassaladora, Adrien; Marinette muda totalmente. Se muda para Paris e deixa tudo de lado. Ela só não sabia que depois...