Quando menos esperava, Kakashi deveria enfrentar grandes desafios à sua volta. Como Hokage, seu maior dever era proteger sua vila. Mas esse dever deverá ser adiado por consequências do destino, quando o amor o encontra no momento mais inesperado.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Era março. Não fazia algumas semanas que a primavera havia finalmente chegado, e ela trouxe consigo algumas lembranças de algumas semanas atrás.
Kakashi se lembrava da carta que havia recebido de Kahyo há uma semana. Por algum motivo, a chegada da primavera era extremamente importante para ele naquele momento. Mas será que ele havia mesmo entendido seu significado? Como shinobi, Kakashi entendia o que era importante para ele. Realmente, aquela carta era guardada com um extremo valor físico e sentimental. Ele tinha mesmo muito carinho por ela. Por mais que ele não quisesse aceitar, depois de muitas cartas trocadas, de muitas visitas e de muitas conversas, ele estava quase se apaixonando por ela. Todos aqueles boatos espalhados, apesar de serem um pouco exagerados, não eram mentira no entanto. Kakashi estava mesmo apavorado com a chegada do amor no seu coração que havia sido conquistado novamente. Não só por interesses amorosos, mas laços de verdade. Amizades que não havia dado valor e que imaginava que tinha perdido. Era isso que faltava. Mas, o amor... Aquela sede carnal era o que faltava. Digamos, não que faltasse, mas era o que ele ainda não tinha conquistado. E conseguiu. Mesmo que não fosse uma conquista dele, agora ele tinha, praticamente, alguém que pudesse se apaixonar e amar perdidamente para que pudesse se relacionar. Depois de tantas vezes ler Icha-Icha Paradise, isso era mesmo maravilhoso pela perspectiva dele. Mas isso não seria tão fácil.
Como Kahyo é uma nukenin que trabalha para as cinco grandes nações, ela e Kakashi nunca poderiam ficar juntos. A não ser que ele abrisse uma exceção, que é ceder o cargo de Sexta sombra do Fogo. Ele não faria isso de algum modo se quer. Para Obito, aquele era o real sonho, e se alguém tivesse que fazer isso por ele, seria Kakashi naquele momento. Por causa disso, ele sempre se questionava se o que ele queria era algo realmente certo, separando o que desejava com o que realmente era a conduta que lhe foi dada para que fosse seguida.
Ele desejava vê-la, depois de algum tempo. Apesar de serem meios úteis de comunicação, elas nunca são suficientes. Ele apenas a visitou de modo formal algumas vezes, mas nunca para colocar o papo em dia e o relacionamento no lugar. E que disse que o Hokage tem tempo para isso? Tanto quanto a senhora do Castelo Hozuki. Eles não haviam tempo para modos informais, relacionamentos, namoro, casamento. Naquele ritmo, provavelmente eles sempre seriam aquelas paixões que nunca saem do lugar. Então naquele mesmo momento, enquanto Kakashi estava deitado debaixo de uma árvore de bordo, ele segurava uma fotografia dela. Não havia ninguém a não ser ele no local; o amor entre eles devia ser sigiloso, mesmo que ainda não estivesse ocorrendo nada entre os dois. Aquela mesma foto que ele segurava foi tirada no dia do embarque do Tobishachimaru, quando ela era a última passageira a subir naquele enorme dirigível. Estava um pouco apressada, com os cabelos esvoaçantes e o batom vermelho reforçado, segurando a bainha do longo vestido, enquanto olhava pelos ombros o homem que a segurou: Hatake Kakashi. Corada, aquele momento foi exatamente quando ela se levantou e embarcou no dirigível. Ele estava certo de que sentia saudade dela, mas quando poderia vê-la novamente?
Foi quando ele se levantou dali e caminhou para casa. Curiosamente planejou uma rota um pouco mais diferenciada, passando pela floricultura Yamanaka e sentindo o cheiro de algumas flores por ali. O seu olfato era muito apurado, mas apenas um cheiro estava ali para ele naquele momento. Lavanda. O aroma que lhe traz doces lembranças dos momentos em que esteve com ela. E era realmente muito bom. Ele parou por um momento, e se pegou pensando se deveria levar algumas para casa. Talvez elas servissem para que ele nunca que esquecesse dela. O problema era que Ino tinha realmente uma desconfiança entre o relacionamento entre Kakashi e Kahyo. Por causa de Shikamaru ser o próprio conselheiro, Kakashi sempre era muito cauteloso com o que fazia. Estar apaixonado por alguém era realmente uma missão difícil para alguém que nunca sentiu algum interesse romântico, mas ainda mais difícil era esconder todos esses sentimentos. Ele podia até mesmo ficar corado quando se lembrava dela, e fatos como esse eram muito difíceis de esconder.
Antes disso, houve aquela fatídica noite onde ele sonhou com ela. Mas muito além disso, foi um dos melhores sonhos que ele poderia ter tido. Ele se sentia feliz. Ele estava junto com seu time 7. Minato, Obito e Rin estavam lá. Mas, com enfatização no Obito. No dia em que ele se tornou hokage, no dia da queda do Tobischamaru, Kakashi realmente sonhou em ter sua família de volta. Não era sobre Kahyo, mas era sobre seus antigos amigos. Ela apareceu por poucos momentos, porque realmente havia mudado o seu coração e sua perspectiva sobre a realidade. Não importava o quão bonita ela fosse, ela o fez mudar. Ele considerava muito isso, porque o auxiliou a se tornar um bom hokage, pensando na perspectiva de todos. Não que o fizesse, mas apenas lhe deu a enfatização do que era importante. Mas a mulher que ela se tornou depois daquele dia foi o que havia lhe dado mais admiração pelo Sexto Hokage. Ela havia voltado as origens, e toda a revolta e a tristeza do seu passado, toda a sua dor, foi amenizada por causa dele. Ela estava feliz. Ele estava feliz. Eles estavam felizes. E não importava o quão bonitos eles fossem, a felicidade que existia ali era o tal que realmente tornava a sua essência mais bonita.
