O festival

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Era de manhã enquanto Kakashi se preparava para ir ao trabalho

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Era de manhã enquanto Kakashi se preparava para ir ao trabalho. Logo depois de tomar um banho frio, ele olhava para o espelho. Havia colocado um pequeno ramo de lavanda ali, sobre o armário. Toda vez que o via, se lembrava dela imediatamente. Talvez fosse para nunca se esquecer.

Naquele mesmo dia iria acontecer um evento em Kusagakure, quando era primavera. Um festival especial iria acontecer com a união dos cinco kages. Kahyo, a senhora do Castelo Hozuki, não poderia comparecer no evento no entanto. Apenas Mujō, um auxiliar jovem que surgiu do clã especial de Kusagakure, poderia ocupar seu espaço. No entanto, aquele era o seu dever.

Com um passado obscuro, Kahyo agora poderia entender o seu valor. Todas as visitas que Kakashi lhe fez, todas as cartas que ele lhe enviou, lhe trouxeram lembranças de tempos que ela nunca mais iria vivenciar. A vida boa em poucos anos que teve, por momentos tranquilos, quando fingia que não era uma ninja. Era como se voltasse às origens, e isso era realmente muito bom. Ela era verdadeira com ele, e ele com ela. Ele poderia chorar, se abrir, ser carinhoso, amar, ficar apaixonado por ela. Isso não era diferente com ela. No entanto, eles ainda não eram tão íntimos. E, apesar de serem livres para se apaixonar, ainda não tinham nem se beijado alguma vez. Como senhora do Castelo Hozuki, todos os tipos de relacionamentos deveriam ser mantidos em segredo. Mas, se manter como estava, era realmente muito bom.

Em Kusagakure iria pela primeira vez acontecer um festival de primavera. Em uma decisão com os líderes dos cinco grandes países shinobi, todos concordaram em tornar Kusagakure no Sato como sede do festival. Era uma boa decisão em um país com paisagens bem exageradas, naturais no entanto. Isso era o essencial. Mas o local que quebrava o clima (que estava um pouco afastado do centro) era o Castelo Hozuki, que se encontrava afastado do local. Era um grande castelo, onde os prisioneiros eram mantidos e onde Kahyo sempre poderia repensar pelos seus atos. Mas, naquela manhã ao nascer do Sol, ela só se lembrava dele. Ela estava no telhado com um dos braços sobre o joelho, vendo aquela luz que ainda jazia suavemente aparecer por entre as nuvens, quando Mujō, seu assistente, logo apareceu.

"Kahyo-sama."

Ela arregalou os olhos e virou um pouco o rosto para trás, em direção à ele. "Hã? Mujō?" Agora ela começou em um tom mais grave. "Não imaginei que estaria aqui. Ainda é muito cedo. Você realmente se empenha para conseguir pegar a liderança desse lugar daqui a alguns anos."

"Ah, é o meu trabalho. Mas eu me perguntaria o que estaria fazendo tão cedo por aqui."

"Então você nunca percebeu. Eu sempre venho aqui em todas as manhãs. Gosto de usar o amanhecer do Sol para colocar meus pensamentos em dia." Ela se virou para o Sol e colocou uma mão na frente de seus olhos, como uma proteção à visão. O céu estava colorido de tons avermelhados e rosados. Realmente, um clima desse grau não acontecia naquele lugar há bastante tempo.

Mujō foi para o telhado e se sentou perto de Kahyo. Ainda jovem, para ele ela era sua mestra. Ela o ensinava como deveria cuidar corretamente daquele lugar, e era algo que estava realmente funcionando. "Me pergunto se estaria pensando no Sexto Hokage." Foi quando ela arregalou os olhos com a sua fala, e corou imediatamente. "Você sempre pensa nele. Porque você mantém uma conexão tão forte com ele, Kahyo-sama?"

"Bem..." Ela se virou um pouco para ele. "Mujō, o Kakashi é muito importante para mim. Não diga isso para absolutamente ninguém daqui de dentro."

"Apenas isto?" Mujō virou-se com olhos curiosos.

"Nossa relação é secreta, Mujō." Ela desceu do telhado. "Além de você, ninguém mais sabe que eu me relaciono com ele. Quero que permaneça desta forma." Ele acenou com a cabeça.

"Kahyo-sama... Posso lhe fazer mais uma pergunta?" Ele desceu do telhado. Quando ele começou a falar, ela já não havia se virado. Mas ainda estava escutando enquanto estava parada, deixando seu cabelo encaracolado ser levado pelo vento. "Os cinco kages não fariam um festival hoje aqui em Kusagakure?"

"Sim."

"Porque não tira um minuto do seu tempo para ir ver Kakashi-san?" Mujō cruzou os braços. "Eu tenho a Prisão de fogo celestial. Não precisa se preocupar enquanto não estiver no controle."

"Eu até gostaria. Mas não posso fazer isso. Em nenhum momento um dos cinco me deram permissão para sair daqui. E, além disso..." Mujō balançou um pouco a cabeça para o lado. "Eu tenho uma visita informal do Sexto marcada para hoje." Ela representou um sorriso no rosto.

"Hã? O Rokudaime, em um dia como hoje?"

"Não precisa ficar tão assustado, será uma visita rápida. E além disso, nós apenas vamos conversar um pouco." Ela se virou para ele neste momento. "Porque está com essa cara?"

"É realmente muito difícil ele marcar encontros informais. Porque ele faria isso logo em um dia como hoje?"

"Esse é o modo de como o amor funciona, Mujō." Ela falava sorrindo e rindo na calmaria.

"O amor?"

"Mesmo depois de algum tempo, nós não paramos de manter contato. Para ser sincera, eu passo a gostar dele a cada dia mais."

"Kahyo-sama... Nunca imaginei ouvir isso vindo de alguém como você. Para nós você parece ser tão-" Quando ele havia sido interrompido pela fala da mulher.

"-Fria?" Ela se virou com os olhos azuis acinzentados, para terminar a conversa com seu auxiliar. "Todos nós parecemos ser alguém que acabamos por não ser. Alguma hora, alguém sempre aparece para fazê-lo descobrir quem realmente é." Ela colocou a mão na cintura e continuou. "Então não se preocupe com isso."

O amor de uma RenegadaOnde histórias criam vida. Descubra agora