Enquanto ela ia aos portões, um dos guardas estava correndo em sua direção chamando seu nome em voz alta.
"Kahyo-sama! Kahyo-sama!"
"O quê?" Ela se virou rapidamente.
"Um dos prisioneiros! Está morto!"
"Impossível!" Ela bravejou.
"Na cela 324!" Quando o guarda respondeu, Kahyo foi correndo imediatamente ao local.
Kakashi, ainda distante do Castelo Hozuki, estava a caminho do seu destino. Diferentemente de todos os dias, ele andava calmamente, como qualquer outra pessoa. Aqueles campos em que ele andava estavam mesmo floridos pois era primavera, e haviam flores de diversos tipos e diversas sakura. Mas o que mais havia chamado sua atenção foi um arbusto, logo abaixo daquela árvore completamente rosada, que tinha alguns ramos de lavanda. Ele achou bem estranho que uma flor como aquela desse naquele local, mas as condições eram mesmo perfeitas. Ele pensou duas vezes antes de tirar aquele ramo, se realmente compensava para dar para aquela mulher. Para ele, aquilo era uma pergunta séria. Mas talvez ele imaginasse que deixaria muito óbvio para todos que está apaixonado, e no Castelo Hozuki não existe nenhum momento onde eles podem se encontrar sozinhos, à não ser todas as noites. Os prisioneiros estão dormindo e os guardas estão ocupados tomando conta deles durante esse período. E depois de tanto ter repousado debaixo daquela sakura, ele realmente precisou decidir se iria ou não pegar aquela flor e, de última hora, decidiu deixa-la ali. Foi quando ele tomou novamente o rumo em direção ao Castelo Hozuki.
Quando ela chegou na cela depois de percorrer aquele imenso corredor, não só um como os outros três prisioneiros que estavam sendo mantidos ali estavam mortos. Ela abriu a boca e suspirou momentaneamente. "Como-como é que..."
"Kahyo-sama!" Ela se virou ao guarda que estava à suas costas. "Recebemos visita."
Os olhos dela se abriram rapidamente em um momento de surpresa. Foi quando Kakashi apareceu em frente ao corredor. "Kakashi." Ela corou enquanto as palavras saíam da sua boca sem querer. "Eu queria mesmo te receber de uma forma melhor, mas..."
"Houve alguma coisa?" Kakashi perguntava curioso.
"Os nossos prisioneiros estão..." Ela baixou a cabeça e continuou. "Morrendo."
"O quê?" Ele abriu os olhos, aflito. "Como isso aconteceu?"
"Precisamos descobrir." Ela virou o rosto e olhou para ele, com os seus olhos grandes. "E provavelmente vamos precisar da sua ajuda."
Kakashi serrilhou o olhar.
"Voltem ao trabalho!" Kahyo ordenou à todos os guardas que presenciaram o local. "Hiroshi! Alerte o Mujō e venha para o meu escritório com ele!" E nesse momento, todos os outros guardas exceto Hiroshi e Mujō voltaram ao trabalho. "Kakashi, você vem comigo."
Ele a seguia em direção ao escritório, enquanto subia a maior torre que podia ser vista. Subindo a torre, eles continuavam conversando sobre o acontecido. "Kahyo, quando foi que eles morreram?"
"Eu não sei. Eu vi um pouco antes de você chegar."
"É porque... Eu não imagino que tenha sido hoje, ao dia."
"O que quer dizer?"
"O meu olfato é bem apurado. Pelo cheiro deles, foram mortos à noite."
"Hm? No que está pensando?"
"Não podemos confirmar nada, mas... Pelo o que parece, foi alguém dentro desse lugar." Kahyo arregalou os olhos, surpresa.
"É impossível. Todos se empenham com o trabalho aqui."
"Não é essa a questão. O nosso objetivo é o mesmo, mas, para alcançá-la, as pessoas fazem coisas diferentes. Talvez quem matou aqueles caras pensem de uma forma diferente..."
"Não havia sangue. Não acho que foi um jutsu perfurante, como o seu antigo Raikiri. Não foram usadas shuriken ou kunai, então o ninja que o utilizou é altamente habilidoso."
"Tem razão. Mas, de qualquer forma, precisamos fazer uma autópsia nesses corpos. Precisamos de ajuda da Folha."
Kahyo iria voltar a falar, mas Kakashi a impediu quando usou seu Kuchiyose. Da fumaça, apenas Pakkun surgiu.
"Pakkun, preciso que mande isso para a equipe médica de Konoha." O cachorro acenou com a cabeça, mas hesitou por um momento.
"Eu conheço essa mulher de algum lugar." Pakkun continuou.
"Eu sei que conhece. Você se encontrou brevemente com ela no Tobishachimaru. Lembra agora?"
"Ah, eu me lembro. Tudo bem, vou seguir em frente."
"Estamos aguardando aqui."
Kakashi seguiu, enquanto Pakkun seguia para a saída do Castelo, direto para Konoha. Naquela velocidade, não demoraria mais que um dia, já que era um país tão próximo.
Enquanto aquelas mortes eram um mistério sem solução, Kakashi e Kahyo se mantiveram no escritório.
"Isso não faz nenhum sentido... Essa prisão é de segurança máxima! Não tem como..."
"Você dorme todas as noites, certo?" Kakashi a questionou.
"Bom, quase todas. Mas saio antes de amanhecer para ver o Sol."
"Creio que tenha feito o mesmo hoje."
"Sim."
"Então sabemos que, se eles foram atacados por alguém..." Ela o olhava fixamente. "Você é a fraqueza. Certamente ela conhece você ou o poder que um Castelo como esse deve ter. Ou até mesmo Mui, o lorde anterior..."
"Bem, faz sentido..."
"E... Se as veias sanguíneas não estiverem intactas, talvez seja um outro tipo de jutsu..."
"Como... O jutsu de aprisionamento!" Ela bravejou.
"O quê?"
"O jutsu de aprisionamento acaba afetando o corpo do próprio usuário quando ele utiliza o chakra que não pode ser usado. Diferentemente do Jisarenhyou, que precisa de chakra para ser usado, o jutsu de aprisionamento do Mujō, a Prisão Celestial precisa que o chakra não seja utilizado."
"O Naruto sabe disso muito bem. Mas, você está desconfiada do Mujō?"
"Bem... Eu confio nele. Ele ainda é jovem, não faria isso em um castelo como esse no meu controle."
"Entendo." Ele olhou para ela. "Sabe, mudando de assunto... Eu estava sentindo sua falta."
Ela sorriu para ele enquanto eles conversavam.
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O amor de uma Renegada
RomanceQuando menos esperava, Kakashi deveria enfrentar grandes desafios à sua volta. Como Hokage, seu maior dever era proteger sua vila. Mas esse dever deverá ser adiado por consequências do destino, quando o amor o encontra no momento mais inesperado.