Que rei és tu
Que não tem domínio de teu próprio peito,
Escravo de teus desejos
Regido pelo inconsciente?
Que curva-se ante sentimentos
Mostrando-se pequeno feito um menino.
Que da sacada observa a vida dançar
E a cantarolar cantigas sobre o tempo.
O direito divino caira em teu berço
Como a âncora de um Galeão em uma baía qualquer,
Deixando-o perdido, imerso
De tanto poder.
Desejo-te vida longa
Tão extensa quanto o mar
E que tuas lembranças te abandonem
Tornando-o menos mortal,
Pois não cabe a ti ser como eu.
Sou apenas mais um
Dentre muitos,
Mas não sou rei
A está bênção não fui designado;
Graças a Deus.