Carrego nas costas o peso das decisões que foram atribuídas a mim. Ombros curvados, obra medíocre da gravidade física e incômodo mental que assolam meu corpo, impondo-se a todo custo, qualquer vontade de reerguição. Como um animal de carga, vagueio sem pestanejar. Os antolhos do mundo me protegem e contribuem para que não enxergue o que deixei para trás.
Ser humano ou não, pouco importa, pois há tempos a racionalidade fincada visceralmente em minha mente, tornou-se questionável ou nem sequer tenha existido.
Ah as escolhas.
Nunca será de bom grado lidar com escolhas erradas, as consequências são egoístas, apossam-se apenas dos que tem poder de veto.
Aos que desejam ser poderosos, tomem para si o meu poder, usá-lo em demasia tirou-me o prazer e trouxe frustração ao meu coração, errar é humano; decidir errar, talvez, pertença somente a mim.