A Pior Confissão do Mundo

Próxima parada: Cardíaca

Aviso!!

Esse cap contém cenas não recomendadas para menores de 18 anos!

As imagens no final também possuem conteúdo maduro.

Boa leitura

Midoriya entregou uma caixa de lenços para Bakugou, que começou a limpar o rosto. Eles ficaram em silencio por um tempo, por incrível que pareça, não foi um silencio estranho e desconfortável, era como se eles precisassem desse momento para colocar os pensamentos em ordem.

Ambos encaravam a televisão, mas não prestavam atenção no filme, era muita coisa para processar. Depois de um tempo eles começaram a comer os salgadinhos e jogar conversa fora evitando totalmente o assunto, até que Midoriya resolveu tirar o elefante do quarto.

– Então, eu estava pensando e acho que seria uma boa começar fazendo uma lista de coisas que você precisa melhorar – Bakugou suspirou, ele tinha uma boa noção de que precisaria virar praticamente uma nova pessoa.

– Melhor nem gastar papel com isso, eu sei que preciso mudar tudo em mim – Ele suspirou, encarando Midoriya, que riu. O maldito estava rindo da cara dele.

– Kacchan, eu gosto de você, é claro que você não precisa mudar tudo, só uma coisinha aqui e ali – Izuku lançou um sorriso ladino, era a primeira vez que Bakugou o via sendo tão atrevido e seu coração achou que era o sinal de largada de outra maratona.

– O que você gosta em mim? – Ele perguntou com a mais inocente curiosidade.

– Ah... Eu gosto do seu jeito explosivo, de como você é determinado, daquele seu sorriso atrevido, da sua inteligência, do seu peitoral, da sua bunda, de como você ficou quando eu te beijei, ah, várias coisas, muitas mesmo – Midoriya tinha um sorriso bobo no rosto enquanto olhava para Bakugou, que nem sabia que estava corado.

– Que pervertido... – Ele acabou por falar sem perceber, o que fez Midoriya rir novamente, sem negar a acusação – E porque você gosta de mim? Quer dizer, com todo o bullying.

Dessa vez foi o esverdeado que corou, ele passou uma mão pelo cabelo, bagunçando os cachos – Não sei... acho que não precisa de uma razão para gostar de alguém, eu só gosto, sabe? Sempre gostei – Ele disse, fazendo Bakugou corar ainda mais.

– E o que eu preciso mudar se você gosta tanto de mim assim? – E foi assim, como se tivesse recebido um balde de água fria no rosto, que o sorriso de Midoriya morreu.

– Que tal começarmos com o seu egocentrismo? É bem difícil de aturar – Bakugou não se deixou abalar, olhou sério para Midoriya, como se sua vida dependesse disso e concordou.

– Certo, continue, ainda tem mais né? – Midoriya suspirou e começou a enumerar os problemas nos dedos.

– É, tipo quando você me diminui ou xinga sem nenhuma necessidade, falando sério mesmo, lembra daquele dia no fundamental quando você disse que seria melhor se eu apenas me suicidasse? Isso não é coisa que se fale pra ninguém. Ah, mas eu não ligo quando você me chama de Deku, nerd ou sei lá o que mais, você fica fofo. Só pense melhor antes de sair ofendendo as pessoas por aí.

– Uh, isso eu consigo fazer, já 'tô fazendo aliás – E Midoriya tinha percebido, não sabia se Bakugou implodiria por ficar muito tempo sem surtar com ele, mas estava gostando do momento então resolveu só aproveitar – O que mais?