Capítulo 18 | Amor proibido

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Depois daquele momento de tensão, Pedro nada respondeu,  se não  subir para seu quarto pocesso de raiva. Eva por sua vez pediu perdão a José Alfredo por tê-lo acusado de roubo e este aceitou sem revidar, o que ocasionou um longo abraço.

       Enquanto este abraço acontecia José Alfredo tinha seus olhos depositados em Daniel, assim como sua mente, entretanto, Daniel  naquele momento estava de braços cruzados exalando arrependimento na feição de seu rosto. inevitavelmente o mesmo trocava olhares com José Alfredo, no que acabou por se lembrar das palavras do mesmo no Rio pedindo que acreditasse em sua inocência , bem como no beijo que ele acreditava ter sido movido pelo medo e ganância.
         ___ Me perdoe meu amor. ___ Disse Eva se desvencilhando do abraço.
          ___ Já passou e tudo está esclarecido. ___ Respondeu José Alfredo forçando um sorriso.
        
Eva por sua vez virou-se para trás tomando a atenção de Daniel que observava tudo atentamente.
          ___ Meu filho. Acho que deve um pedido de desculpas ao seu padrasto.
          ___ A senhora têm razão minha mãe. ___ Afirmou se aproximando. __ Lhe devo um pedido de desculpas José Alfredo, fui movido pela raiva e sinceramente eu espero que possas me perdoar.

José Alfredo deu dois passos em direção do mesmo, e de seguida estendeu sua mão.
        ___ Mesmo que quisesse, eu jamais conseguiria odiar você muito menos me zangar. Em seu lugar teria feito o mesmo, afinal de contas todas às provas apontavam para mim como culpado.

Daniel suspirou.
       ___ Eu lhe agradeço por isso.___ afirmou Daniel apertando a mão estendida em tom sussurrante.

     Naquele momento ambos depositaram seus olhos às  mãos entrelaçadas, devido ao  misto de sentimentos que havia  tomado conta de seus corpos. Alguns segundos depois  eles se  olharam com intuito de buscar respostas que explicassem aquilo,  porém e em seus olhos encontraram  brilho, o brilho da paixão.  O mundo ao redor desapareceu por completo, ficando a parecer que eram somente eles naquele lugar.
      ___ Acho que vou subir para meu quarto. __ murmurou Daniel puxando sua mão. O mesmo tinha sua respiração acelerada e ofegante.
      ___ Que bom que tudo ficou bem.___ Disse Eva sorrindo. Ao que fez  que Daniel, forçar um falso sorriso em sua direção.

                                    * * *

Algum tempo depois Daniel estava deitado em sua cama, o mesmo  olhava o lustre   embutido ao teto, porém  sua mente viajava em um turbilhão de pensamentos ligados  a José Alfredo, que aquela altura estava na sala pensando em Daniel complemente distante de tudo o que Eva falava.

                   Algumas semanas depois.

O tempo passou deixando mudanças na vida de todos. Rimema cada vez mais se via ligada a pequena Ritinha, ao mesmo momento em que começava a sentir sentimentos profundos  por Roberto, com isso Heitor havia ido embora e estava prestes a entrar com o pedido de divórcio, o que só aumentava a preocupação de Constância Maria, que temia a todo custo por  um escândalo envolvendo sua família.

         O entardecer daquele dia estava lindo com o céu azul repleto e  algumas nuvens esbranquiçadas  a acompanhar, bem como com os feiches de luz alaranjada do sol. Naquele belo dia, Rimema estava sentada na grama do jardim de sua casa, brincando com a pequena Ritinha que tinha em suas mãos uma boneca e um boneco. Elas davam belas gargalhadas, e sem sombra de dúvidas a alegria naquele lugar era real. Depois de anos de amargura, Rimena sorria em verdade, pois havia encontrado um novo sentido para sua vida.
      ___ Vamos fazer um casamento para eles. ___ Disse Ritinha se referindo aos bonecos em suas mãos.
    
A distância Roberto cortava espinhos das rosas, até que parou sua actividade para prestar atenção  em Rimena e Ritinha a alguns metros de distância.
     ___ Como você quer que seja o casamento, meu bem?__ perguntou Rimena sorrindo.
     ___ Com um bolo enormeeee!…cheio de convidados e muitas flores, assim como imagino o seu casamento com meu pai.
Naquele momento Rimena arregalou seus olhos com o que acabará de ouvir.
     ___ O que foi que você disse Ritinha?
     ___ Meu pai gosta de você e você gosta dele também…o certo não é vocês casarem?
     ___ Ritinha…
     ___ Às vezes acho que os adultos são tão complicados. ___ Respondeu e de seguida pegou nas mãos de Rimena.__ A senhora quer ser minha mãe?… meu maior sonho é ter uma mãe, assim que nem a senhora.

Rapidamente os olhos de Rimena ficaram marejados, e do canto de seu olho esquerdo escorreu um pingo de lágrima. Naquele momento Ritinha começou a limpar as lágrimas que escorriam com a ponta do polegar, e de seguida perguntou.

         ___ A senhora está chorando…está triste?
        ___ Nem todas às lágrimas são de tristeza minha princesa,  algumas são de alegria e felicidade.
       ___ E as suas são de quê?
       ___ Alegria...porquê sempre sonhei em ser mãe de uma menina…assim  como você.
       ___ Então quer ser minha mãe?__perguntou Ritinha  sorrindo com entusiasmo.
       ___  Isso é tudo o que mais quero na vida. ___ Afirmou e de seguida abraçou Rimena. Roberto a distância ficou emocionado, ao mesmo tempo em que esbanjava um vasto sorriso.

                                   * * *
A distância Constância Maria observava a cena ao lado de Antônia, quando disse.
       ___ Rimena esta apegada demais a essa bastarda , e eu temo que ela descubra toda à verdade.
       ___ O que fará senhora?___ perguntou Antônia.
       ___ Colocar meu plano em prática. __ afirmou tomando a atenção de Antônia.__ Roberto deverá ser preso e em consequência essa menina será levada para um orfanato ou abrigo de menores.
        ___ Precisará de um plano perfeito para mandar esse homem para trás das grades.
        ___ Já sei quem irá me ajudar nisso.
        ___ De quen fala?
        ___ Heitor…tenho certeza que há de me ajudar a mandar esse jardineiro para a cadeia.
        ___ Não sei não senhora, tenho dúvidas em relação a isso, uma vez que ele pretende pedir o divórcio a sua filha.
       ___ Heitor é louco por Rimena…e duvido que siga adiante com este despautério. No que depender de mim, Rimena e Heitor jamais irão divorciar-se por culpa desse jardineiro e a bastarda da filha dele.

                                 * * *
A noite chegou acompanhada pela madrugada.        No casarão dos Azarova José Alfredo sem camisa e em seu quarto, olhava o horizonte pela janela enquanto Eva dormia profundamente na cama atrás de si. José estava perturbado  e confuso em relação a seus sentimentos por Daniel, e para ele tudo aquilo era extranho e extremamente novo. A lembrança dos lábios de Daniel grudados aos dele dominava sua mente, bem como o aroma de seu perfume, e calor.
       __ O que está a acontecer comigo?__ perguntou-se em tom sussurrante com feição de apreensividade .__ Me recuso a sentir isso…mas sinto a necessidade de voltar a toca-lo, e tê-lo em meus braços novamente.

José Alfredo virou-se para trás e lá estava Eva dormindo serenamente.
      __ Eva é tão doce e bondosa.___ Afirmou olhando-à com devoção.___ Porquê senhor, porquê deixou que meu coração caisse neste  sentimento proibido. Eu sei que não posso me deixar levar por meus instintos, mas…mas eu quero me entregar a isso, eu quero e desejo meu enteado.
                                     * * *

De robe, Daniel estava em seu quarto sentado na penteadeira, o mesmo alisava os fios de seus cabelos com o pente,  enquanto olhava seu reflexo ao espelho , quando naquele momento três toques seguidos em sua porta, tiraram sua atenção. 
        ___ Quem será está hora?__ Questionou-se.__ Com certeza deve ser mamãe querendo dar um beijo de boa noite. __ completou levantando do acento.
   
Em passos lentos ele foi se aproximando a porta, e ao chegar a mesma, colocou a mão na maçaneta e de seguida girou-a. Ao abrir a porta Daniel arregalou seus olhos, seu coração aumentou a intensidade dos batimentos no que fez com que sua respiração acelerasse.
         ___ José Alfredo. O que faz aqui a essa hora?__ Questionou ao vê-lo sem camisa e descalço.

Sem responder José Alfredo adentrou ao quarto, e de seguida fechou a porta impurando com seu calcanhar . Assustado Daniel começou a dar passos lentos para trás sem desviar seu olhar de José, que a essa altura seguia seus passos na mesma intensidade. De forma rápida e brusca, José acabou puxando Daniel pelo braço juntando seus corpos.
          ___ O que pensa que está fazendo.__ Reclamou Daniel.
          ___ Sei que me deseja, quanto eu o desejo. Juro que tentei lutar contra esse sentimento…mas foi mas forte que eu.
         ___ José...
         ___ Não diga nada…apenas me beija.

Antes que Daniel respondesse  alguma coisa,José Alfredo invadiu a boca do mesmo com sua língua, e diferente do que aconteceu no Rio, Daniel entregou-se sem exitar.













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