Capitulo 21

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Naquele momento Rimena arregalou seus olhos que já estavam marejados com o que acabará de ouvir, a mesma levantou-se do chão completamente atordoada e zonza, começou  a virar-se  para todos os lados da sala, enquanto as palavras de Rhodolfo  ecoavam em sua cabeça sem parar , no que acabou  por se  deparar com Constância Maria no topo da escadaria, e isto a fez cessar seus passos, tomando a atenção da mesma.

     Naquele momento lágrimas já escorriam por sua face, pois uma dor profunda tomou conta de si. Aquelas palavras haviam acordado dores enterradas, remexido em feridas jamais sarradas e cicatrizes fáceis de se romper. Vestígios de  de um passado pérfido, ao qual ela desejava apagar de sua história.
         __ O que está a acontecer aqui?__ indagou Constância descendo às escadas como se não tivesse escutado absolutamente nada, O que era mentira.
       
Alguns minutos depois a mesma estava no piso térreo, a poucos passos de Rimena que nada conseguia dizer se não chorar, Rhodolfo por sua vez continuava caído ao chão, olhando tudo ao seu redor de forma embaçada e turva.
       __  A senhora escutou muito bem o que Rodolfo acaba de dizer...simplesmente eu não posso crer que isso seja verdade e…
       __ Pelo amor de Deus Rimena. __ Esbravejou Constância Maria gesticulando .__ Não vê que seu irmão está bêbado... o que ele disse em relação a seu filho, é fruto de delírios provocados pelo álcool...ele disse que você teve uma filha, mas nos duas sabemos muito bem, que você teve um menino naquela noite , e você viu o corpo daquela criança depois de acordar do desmaio devido ao parto,  e era um menino. Voce enterrou seu filho e pode ve-lo no caixão pela última vez.

Constância Maria suspirou, e de seguida aproximou-se de Rimena colocando a mão lentamente ao lado direito de seu rosto. Rapidamente criou um semblante de dor  ao mesmo momento em que limpava às lágrimas que escorriam no rosto de sua filha.

    __  Agora me diga Rimena__ Continuou com feição de serenidade. __  como acha que essa criança possa estar viva e eu sua mãe que tanto à amo esteja escondendo seu próprio filho de você?….como?

Naquele instante, Rimena suspirou demonstrando conformismo com a situação, bem como com o queacabará de ouvir, pois para ela, o que sua mãe estava a dizer fazia todo o sentido, em sua cabeça aquilo erá o óbvio.

     __ A senhora têm razão.__ Afirmou Rimena. __  seria impossível  que meu filho estivesse vivo e por algum momento eu desejei que isso fosse verdade. __ Exclamou fungando o nariz e de seguida continuou. __ A dor dessa perda continua sendo e sempre será irreparável.
      __ Minha filha querida,  você precisa entender de uma vez por todas que seu filho está... está morto e enterrado. E os mortos não voltam jamais para vida...querida, você superar essa dor, essa perda tão dolorosa.
     __ Isso jamais irá acontecer mamãe...essa é uma ferida aberta que por mais que o tempo passe e passe, jamais irá se cicatrizar...comigo carregarei essa dor até ao fim de meus dias, e levarei para de baixo da terra em meu túmulo.

                                  * * *

Enquanto isso na fazenda dos Azarova, Pedro havia sido colocado no sofá, e o mesmo permanecia desacordado e completamente repleto de sangue e ferimentos . Naquele  momento,  Eva com os olhos marejados, limpava o sangue no canto da boca Pedro com um lenço umedecido e branco, enquanto aguardava a resposta de de Zilda, que aquela altura estava em uma ligação telefônica, com o médico da família.
     __O Doutor botelho está a caminho da Fazenda, senhora. __ Exclamou Zilda repousando o telefone.
     __ Espero que ele não demore…ele têm que salvar meu filho.
     __ Mas quem será que fez essa barbaridade com o senhor Pedro. __ comentou Zilda.
     __ Isso agora pouco importa Zilda __ Afirmou atordoada.___  somente quero que meu menino fique bom…saber quem foi que fez isso,  não mudará nada agora.

Eva voltou a tomar a atenção de Pedro, e de imediato lágrimas escorreram de seus olhos, pois, a mesma temia que pior acontecesse.
                     Pedro era um de seus tesouros e combustíveis de sua vida, tal como Daniel e José Alfredo, e se algo de ruim os acontecesse sma um deles, séria  como se uma parte de si estivesse a ser arrancada ou morta, deixando um enorme vazio sem substituição.

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