Desejo Proibido

Capitulo 26 | Um traidor em casa

Enquanto o momento de  revelações de Daniel acontecia, Constância Maria em seu casarão, estava com uma jara de água, em frente a cama de Rodolfo, que por sua vez dormia profundamente, depois da noite de bebedeira no dancing. A mesma não exitou em jogar a jara por cima de seu filho , e assim o fez, no que acabou por lhe despertar aos sobre saltos, pois o susto foi extremo.

      __ A senhora está louca?__ Indagou aos berros   pulando da cama.
      __ O único louco aqui é você.
      __  A senhora me molhou inteiro.__ Exclamou indignado enquanto analisava o seu, e o estado da cama.
      __ Deveria ter feito pior, depois do que você fez na noite passada. Seu irresponsável.
      __ Eu?
      __ Você sim.
      __ Não me lembro de nada.
      __ Típico dos bêbados…aprontam e no fim colocam a culpa na bebida.
    
Rhodolfo pós se à  coçar a nuca tentando recordar de tudo o que havia feito na noite anterior, porém sua memória estava confusa, e com vários  flash's baralhados de seus passos desde o dancing até ao momento em que chegou à casa.

       __ Mamãe eu não consigo me lembrar de nada.__ Disse tomando a atenção da mesma.
       __ Deixe que eu lhe ajudo. __ Exclamou Constância exalando raiva.
       __ Você contou para sua irmã o conteúdo de uma conversa minha com Antônia…agora lembrou?

Rhodolfo sentou-se na borda da cama,  e naquele momento sua mente começou a clarificar, vindo acompanhada de culpa e medo, pois ob mesmo havia provocado um problema enorme para sua mãe, a quem tanto temia.

        __ Eu…__ Tentou argumentar, porém Constância logo lhe cortou a falá.
        __ Você têm ideia do estrago que pode ter provocado…o que você quer Rhodolfo? que sua irmã saia em busca dessa criança bastarda e essa história que tanto sofri para manter enterrada, caia ba boca desse povo?
       __ Mamãe eu…
      
Constância Maria rapidamente mandou-lhe calar a boca, e de imediato apertou seu queixo  com toda a força de sua mão.

       __ Não quero ouvir nada que saía de sua boca.__ Esbravejou. __  tentei concertar a burrada que você fez, mas sinto que Rimena não acreditou em nada do que eu disse, portanto você dirá para ela que tudo o que disse não passou de um delírio seu provocado pela bebida. E para seu próprio bem, acho bom você convencê-la disso. Pois eu não vou permitir que filha minha seja mal falada, e o nome de nossa família seja jogado na sarjeta. Já basta a vergonha do filho da estupida da Minha irmã  Eva.

Aquela altura Rhodolfo lacrimejava, e sem saída o mesmo sussurrou que faria o que sua mãe estava a ordenar, no que fez com que Constância Maria sorrisse e de seguida começasse a acariciar a face de Rodolfo com carinho.
           __ Tudo o que faço é por nossa família meu filho.
          __ Sim…mamãe.
          __ Que bom que entende meu filho. Pois acho que você nao gostaria de perder todos esses luxos e a mesada que lhe dou… procurar um emprego, e nos dois sabemos que você não sabe fazer nada...Eu sou tudo o que você  têm Rodolfo. Você concorda comigo?

Com expressão de pânico Rodolfo respondeu.

         __ A senhora é tudo o que tenho.

A  feição de esforço estava evidente  em suas palavras, até porquê o mesmo estava praticamente a ser obrigado a proferi-las.

         __ Bom saber que nos entendemos. __ Afirmou Constância enquanto tirava à mão do rosto de seu filho. __ Rimena saiu cedo e não disse para onde estava à  ir, assim que ela voltar acho bom que tenhas essa conversa com ela.
       __ Sim mamãe. __ Respondeu.
       __ Ótimo, agora vou a casa do prefeito da cidade , soube que   Heitor está em casa de seus pais e eu preciso falar com ele…tenho que impedir esse divórcio a qualquer custo, pois isso seria um escândalo para nossa família. E agora você vê, o quanto sofro para manter a nossa família unida e no topo.__ concluiu simultâneo cansaço.

Rodolfo nada respondeu, a feição em seu rosto aquela altura era um misto de conformismo e pavor, Constância Maria por sua vez  sorriu ao entender a reacção de seu filho, em outra óptica, e  de seguida saiu porta fora do quarto, convicta de que o certo estava a ser feito.